OS MATERIAIS DO CÍRCULO CARMESIM
Série do Kharisma
SHOUD 2: “Kharisma 2” –
Apresentando ADAMUS SAINT-GERMAIN,
canalizado por Geoffrey Hoppe
Eu
Sou o que Sou, encantado com a música decente. [Ele está se referindo ao vídeo
com a interpretação de Nicola Benedetti, ao violino, da música Quatro
Estações: Verão, de Vivaldi.] [Risadas e aplausos] E por estar aqui com
cada um e todos vocês. Eu Sou Adamus of Sovereign Domain.
Vamos
respirar bem fundo e, antes de qualquer coisa neste encontro, vamos reduzir as
luzes da plateia e sentir as energias. Simplesmente, sentir as energias da
sala, de si mesmos, da beleza deste encontro, as energias de cada um de vocês
que está acompanhando online. Sintam por um instante.
[Pausa
longa]
Respirem
bem fundo e sintam todas as camadas da energia, tudo que está acontecendo na
sala.
[Pausa]
Agora,
algumas coisas importantes, enquanto prosseguimos com este encontro.
Primeiro,
os próximos 90 minutos serão como uma distração, um divertimento e, talvez,
algumas palavras de inspiração. Mas, mais que tudo, esta reunião, para cada um
de vocês, é um momento reservado para si, um momento em que vocês apenas
respiram fundo e relaxam no caminho para a iluminação. Ah!
É tão
difícil aí fora no mundo cotidiano, tanto barulho e caos, tanta coisa passando
pela mente. Então, vocês vêm pra cá, e a verdadeira razão para este encontro
não é ouvir algo profundo. Hoje vocês não vão ouvir nada novo tampouco. Hum. É.
Ah, sei
que muitos são viciados em algo “novo”. É. [Algumas risadas] Vocês vêm pra cá,
perguntando: “Qual é a novidade? Quais são as últimas? E agora?” Não. Não tem
nada novo. Tudo já foi dito, se não por mim ou por Tobias, por outros. Não tem
nada novo, porque vocês já chegaram lá. Já chegaram lá. Só estão vivenciando
como foi chegar lá.
E eu me
defronto com aqueles que são viciados em algo “novo”. Às vezes, fico querendo
perguntar a eles, em primeiro lugar, por que precisam do novo, se nem mesmo
integraram ou compreenderam o velho. Ah. Mas eles medem o conteúdo espiritual,
o que ouvem dos professores de espiritualidade com base nisso: “É novo?” Não.
Nada disso é. Nada disso mesmo.
O
incrível é que está tudo aí. Olho pra vocês sem ver o humano limitado, mas o
humano que já está iluminado, o humano que não está mais buscando nem
procurando, o humano que não precisa de algo novo a cada dia pra se manter no
caminho espiritual. Vejo o humano que já chegou lá.
E,
talvez, apenas talvez, pelos próximos 90 minutos, neste espaço seguro, nesta
linda energia, vocês consigam perceber isso, vocês consigam sentir isso.
O
que Está na Sala
Por
falar em sentimentos, a sala está repleta de sentimentos. Não apenas
sentimentos doces e agradáveis, como alguns gostam de ter. Há muito caos aqui.
Claro, por causa do Mercúrio retrógrado. Ah, não que isso faça diferença. É só
uma boa desculpa para o caos. O caos adicional. Sim. Embora tenha certa
influência. É Yom Kippur, o Dia da Expiação. Humm. Junto com Mercúrio
retrógrado, vocês têm um coquetel poderoso.
Qual é
o sentimento na sala? Há muita confusão. Há muita tristeza. Há muito “Que
diabos é essa merda?”. [Risadas] Muita coisa assim rolando na sala. “Do que se
trata tudo isso? Quando vai fazer sentido pra mim? Quando a jornada vai
terminar?”
E tem
muita felicidade. Muita alegria na sala, alegria por estarmos aqui juntos neste
grupo incrível. Estou bem aqui, não ali. [Adamus ri; alguns na plateia estavam
olhando para o monitor.] Humanos e suas televisões. É, sim. Bem aqui. [Risadas]
Há muita alegria e felicidade na sala. Tem muita esperança na sala. Ah! Muito
deste Kharisma. Ah! Tchá-tchá! Muito Kharisma.
Vejam,
o engraçado é que se trata do Kharisma de vocês. Ele está aí. Espero que deixem
que ele se manifeste. Vocês deixam às vezes, mas quase sempre ele é suprimido.
É... Olá, Edith.
EDITH:
Olá, querido Adamus.
ADAMUS:
Hum. [Ele beija a mão dela.] Senti saudades.
EDITH:
Idem.
ADAMUS:
É, idem. Ótimo. [Algumas risadas]
Uma
tremenda quantidade de Kharisma. Sabem como o Kharisma funciona? Bem assim. Uma
tremenda quantidade de Kharisma na sala. A questão é... [Ele para.] Aqui. Não
ali. Aquele não sou eu. [Ele aponta para a tela.] Aquele não sou eu. [Adamus ri
e outros também.] Jean, não coloque na tela. Não, não, não. Sinto muito.
Cheguem suas cadeiras mais pra perto. Venham pra cá. Sentem-se aí. Mas, não,
não, não, não.
Percebem
como é desconcertante estar aqui com cada um e todos vocês, e mesmo aqueles que
estão bem na minha frente ficam olhando pra lá?! [Risadas] Acho que é um
indicativo da natureza da não realidade. A realidade está bem aqui. A realidade
está bem diante de vocês, a realidade de vocês. O que vocês fazem? Vocês olham
pra tela da TV hipnotizados. [Mais risadas] Obrigado. Por favor, se aproximem,
vejam todo o espetáculo aqui e não fiquem olhando praquela maldita tela. [Mais
risadas]
Certo.
Ah! Viram como isso reuniu um pouco mais a energia? Vamos voltar a passar na
tela um instante pra fazer um teste. Tudo bem. Vejam, vocês não conseguem evitar!
Vocês olham pra lá. [Risadas] Vocês olham! Agora parem de mostrar na tela.
Isso, ótimo. Bem melhor. [Mais risadas]
Não é
fácil ser um Mestre Ascenso. [Risadas]
Assim,
meus caros amigos – whhrr, bem aqui – o sentimento na sala. A lição
do Mestre aqui: não há um sentimento singular na sala. Podem esquecer. Vocês
tentam ter sentimentos exclusivos. Vocês tentam forçar o sentimento a ser
assim: “Quero pensar na paz, na felicidade e na alegria.” Puff! Não! Tem tudo isso, mas
tem um monte de porcaria também. Um monte de outras coisas.
O
Mestre entende que tudo acontece de uma vez, muitas camadas e muitos níveis;
não tenta filtrar o lixo. E tem lixo aqui. Não só de vocês, mas vindo deste
planeta, vindo de outros lugares, vindo de todo lado – um monte de lixo. O
Mestre não foge disso. O Mestre não se distrai indo para uma não realidade. O
Mestre entende que todas essas coisas estão acontecendo.
É uma
tamanha liberação e um tamanho alívio! Quando vocês percebem que não precisam
encher esta sala com pó de fada – pode ter pó de fada, pode ter
dejetos de celeiro. [Risadas] Pode ter falta, nada, pode ter tudo – e
está tudo aí. E nada disso está aí. Essa é a beleza de ser um Mestre. Vocês não
se limitam mais a um ou dois sentimentos ou pensamentos.
Parte
do problema de vocês, e a razão pela qual tendem a fugir dos próprios
pensamentos, é porque, quando os pensamentos são lineares, o que não é natural,
e vocês focam apenas um ou dois deles, tipo “estou infeliz hoje” e tentam fugir
desse pensamento, e tentam mudá-lo mentalmente – o que não funciona; já
sabem disso, não funciona –, o que realmente acontece é que vocês bloqueiam
todas as outras coisas que estão acontecendo.
Nesta
sala, há muitas coisas. Nesta sala, está o seu Eu manifestado. Mas vocês não
percebem isso, porque os pensamentos e os sentimentos são muito estreitos.
Nesta sala, está aquele você começando esta jornada grandiosa na Terra, na
encarnação física. Digo, como em milhões de anos atrás. Ele está aqui. Nesta
sala, está o seu Kharisma grandioso e também o seu eu embotado e entediante.
Está tudo... sinto muito. Está... Só uma pessoa riu aqui. [Outros riem.] Está
tudo aqui.
E o
verdadeiro Mestre nunca se prende, particularmente, a nenhum sentimento,
pensamento, emoção ou experiência. Está tudo acontecendo o tempo inteiro. O
verdadeiro Mestre pode vivenciar isso tudo.
Tenho
aqui uma espécie de analogia. O humano típico é como uma enorme floresta, com
milhões e talvez bilhões de árvores. Árvores lindas de todos os tamanhos,
formas e idades. Uma linda floresta. Mas o que acontece é que o humano se
concentra numa árvore, e faz o máximo que pode com essa árvore. Tenta torná-la
maior, mais forte e mais bonita. Foca a saúde dessa única árvore. E integra
tudo que tenha a ver com ela.
É o
brilhantismo da jornada humana – a capacidade de realmente ficar numa
consciência tão limitada.
O fato
é que existem muitas árvores, e não só árvores como pássaros, flores na grama,
água, céu e tudo mais. Está tudo aí. Tudo aí.
É por
isso que vocês não vão ouvir nada novo hoje. Vocês já ouviram, mas não
necessariamente quiseram acreditar nisso. Está tudo aí. É uma das coisas que
vamos fazer, e a pergunta que vem à sua mente no momento é: “Então, como chego
lá?” Ah! Vamos falar sobre isso hoje e depois veremos se vocês realmente querem
fazer, se estão prontos pra isso. Certo. Vamos respirar bem fundo.
O
Mestre sente diversas coisas e não tenta filtrá-las. Essa é uma das coisas que
o inconsciente tenta fazer. Tenta sempre filtrar as coisas e manter-se em
determinado foco. De jeito nenhum. Está tudo aí, tudo, e isso é que é bonito.
Daí,
vocês pulam de um sentimento a outro, uma percepção sensorial a outra, sem medo
de se aterem a um ou a outro, sem medo de perderem alguma coisa. Vocês passam
de um a outro – o bom, o ruim, tudo isso –, porque isso não fica mais
grudado em vocês. Certo. Então, sintam o ruim, o triste, como também o alegre,
o bom, e tudo mais, entre um [extremo] e outro.
Fiquem
nesse estado de mestria, ahhh! Parem – alguns de vocês estão pensando
demais agora. Uôô! Eh, tudo bem.
O estado
de mestria é muito libertador, porque vocês podem vivenciar tudo. E, não só de
forma linear. Não só uma coisa de cada vez. Imaginem um instante ser capaz de
vivenciar tudo isso simultaneamente. Ah! Isso é que é incrível, um tanto
difícil para a mente imaginar, mas é simultaneamente. Vocês vivenciam tudo de
uma vez. É incrível. Hum.
Humor
de Adamus
Assim,
a pergunta hoje é: como está meu humor hoje? Como está meu humor? Bem, eu disse
a Cauldre mais cedo que depende de vocês. Como está meu humor?
Bem,
estou meio puto. [Algumas risadas] E vocês perguntam: “Será que um Mestre
Ascenso pode ficar com determinado humor, pode ficar puto?” Certamente, porque
não me atenho a isso. Não sou realmente afetado por isso. Apenas vivencio isso.
Gosto de vivenciar estar meio puto de vez em quando. É divertido.
Imaginem
– imaginem-se vivenciando a raiva. Quanto tempo faz desde que ficaram realmente
com raiva? [Ele
suspira.] Mas
vocês dizem: “Oh, pessoas ‘nova era’ não fazem isso.” Bom, heh, sim, podem
fazer. É incrível.
O
engraçado é que, ao vivenciar raiva enquanto Mestres, vocês não se prendem a
ela. Vocês só vivenciam isso, se divertem, deixam a raiva sair. Vocês dizem: “E
se eu magoar alguém?” Bem, provavelmente, a pessoa mereceu e... [Risadas] É uma
meia verdade. [Adamus ri.] É. O carma ruim da pessoa calhou de estar no caminho
de vocês naquele dia. [Mais risadas] Ela estava procurando.
Mas o
provável é que vocês não façam isso realmente com as pessoas. Bem,
psiquicamente, sim, o que é, de fato, talvez pior do que se fosse literalmente.
Talvez fosse melhor fazerem isso literalmente. Entendam, às vezes, quando vocês
enviam pra alguém toda essa energia psíquica de raiva – diante da pessoa vocês
são simpáticos, mas por trás... “aquele filho da mãe... ergh!” [Ele gesticula um
estrangulamento; algumas risadas] –, isso tem mais impacto do que ser
desagradável falando na cara dela.
Mas,
enfim, tudo bem ficar zangado. Tudo bem ficar meio puto. Um Mestre Ascenso pode
fazer isso. É. Temos nossos dias, porque, ao mesmo tempo em que estou meio puto
– vou explicar daqui a pouco –, estou realmente orgulhoso de vocês. É.
Alguns... Cadê a salva de palmas aqui? [A plateia aplaude e vibra.] Ao mesmo
tempo, eu não quero saber. Não importa. [Algumas risadas] Ao mesmo tempo, estou
numa corrida com outros Mestres Ascensos. [Risadas] É verdade. É bem verdade.
Ah, eu conto já, já.
Mas o
incrível é que não é singular. Não é assim tipo sou um Mestre Ascenso chato.
Quando falamos sobre iluminação antes, alguns tiveram esta percepção mental:
“Ah, parece tão chato. Nada pra fazer.” Ah, não, tudo pra fazer. Puto e
contente, tudo ao mesmo tempo. Não importa e estar competindo com outros
Mestres Ascensos, tudo ao mesmo tempo. É lindo, é incrível, é uma riqueza ser
capaz de fazer todas essas coisas.
Por que
estou puto? Porque vocês querem que eu esteja. [Algumas risadas] Ninguém
acreditou. [Adamus ri.] Não, é sério. Verdade. Tudo bem. Vou dizer, mesmo que
vocês tenham me pedido o contrário. [Mais risadas]
Vocês
se lembram, recentemente, quando disseram, de um jeito ou de outro: “Adamus,
preciso de um bom chute na bunda. Adamus, estou realmente cansado de mim
mesmo.” – sim, também estou [Risadas] – “E quero, sim, algumas
mudanças. Estou cansado de ficar repetindo as mesmas coisas infinitamente.”?
Lembram-se? Vocês disseram isso, de um jeito ou de outro. Sim, é. Então, estou
aqui em resposta a isso. Estou aqui pra provocar vocês, irritá-los, deixá-los
meio putos, tirá-los da mente um pouquinho. Por quê? Bem, porque, repito, como
eu digo, nos nossos 90 minutos sagrados juntos, não tem nada a ver com o que
está acontecendo aqui ou ali.
Estão
conseguindo ver bem? [Ele está falando com o pessoal que está sentado na área
da entrada.] Ótimo. Não vamos perder nada... [mostrando a tela em branco]
Pelos
próximos 90 minutos, deixem ir as defesas e permitam que a iluminação natural
aconteça. É. É por isso que eu digo que vocês não vão realmente ouvir nada novo
nem importante nem talvez engraçado, à medida que prosseguimos hoje. [Algumas
risadas]
Então,
é, puto, um pouco. Puto, porque vocês têm todas as ferramentas. Isso já foi
dito, se não por mim, por alguém. Vocês têm tudo, mas continuam pensando que
vão ouvir algo novo. Não vão. Acabou. É isso.
Então,
estou meio puto por gastar tanto tempo. Heh! Entreguei meu coração a vocês.
[Alguns “Awws” e algumas risadas quando Adamus finge estar triste.] Eu contei a
vocês os segredos dos segredos. Andei pelo mundo com vocês, e o que vocês
fazem? Vocês vêm pra cá, comem, assistem à televisão [Várias risadas] e
perguntam: “Qual a novidade? O que ele vai trazer de novidade este mês?”
[Risadas]
E, com
certeza, tem sempre alguém nas redes sociais que... Graças a Deus, não temos
isso no Clube dos Mestres Ascensos – sim, uma única risada – no Clube dos
Mestres Ascensos... Adoro ela. [Algumas risadas] Alguém, invariavelmente, entra
nas redes sociais e diz: “Adamus não disse nada novo hoje. [Risadas] Já ouvi
tudo isso.” É como, bem, então, por que você é tão idiota? [Mais risadas] Como,
então, a sua vida é tão desgraçada, se ouviu isso antes? Digo, em outras
palavras, vocês...
LINDA:
Ohhhh. [Risadas]
ADAMUS:
Ela não é uma graça? [Adamus ri.] Em outras palavras... Adorei o chapéu. É.
[Ele está se referindo ao traje alemão da Linda por causa da Oktoberfest.] Em
outras palavras... Onde estávamos? [Alguém diz: “Puto.”] Puto. Sim, sim. Um
Mestre Ascenso puto.
Alguém
entra na Internet e avalia, como se tivesse o direito de me avaliar entre todas as
pessoas, todos os Mestres Ascensos! “É, foi a mesma coisa de sempre hoje.” Isso
mesmo! Veja pelo meu ponto de vista – é a mesma coisa hoje. Nós nos
reunimos e é a mesma coisa.
Então,
estou meio puto, só um pouco, mas me divertindo muito por isso. [Risadas]
Vejam, estou puto, mas ainda assim escrevo livros. Um deles vai sair em breve.
Estou competindo com Cauldre, na verdade. Era pra ele estar escrevendo um livro
chamado Ato de Consciência. Está atrasado mais de um ano na editora.
Huh! Nesse ínterim, estou escrevendo um livro, na velocidade da luz, chamado Memórias
de um Mestre. O meu vai estar pronto no fim deste ano. Cauldre? Linda? Cadê
o de vocês?
LINDA:
No fim de outubro! [Adamus ri.]
ADAMUS:
Então, eu me divirto. É uma forma de voltar. Não preciso passar por todo ciclo
de nascimento. Só uso o Cauldre ou, às vezes, vou até alguns de vocês, e
escrevo livros, viajo pelo mundo, conto piadas sem graça e distraio vocês um
pouquinho. Distraio vocês pra que possam respirar fundo e deixar o verdadeiro
vocês, o vocês realizado,
se manifestar. Esse é o verdadeiro vocês. O vocês realizado.
Humor?
Ah, estou satisfeito. Estou contente. Satisfeito e contente, porque há pouco
mais de 9.600 Mestres Ascensos nas outras esferas. Não são muitos. Não são
muitos, se considerarmos todas as bilhões de encarnações que já aconteceram
neste planeta, se considerarmos todas as entidades, de todas as outras esferas.
São apenas 9.600. Na verdade, é um grupo de elite muito pequeno.
Mestres
Ascensos
Agora,
isto é fato. É fato de Adamus, mas é um fato. [Algumas risadas] Dos mais de
9.600, ensinei, guiei ou fui Mestre de 852 desses. [A plateia faz “uau” e
algumas pessoas aplaudem.] Uau! Fico impressionado comigo. [Adamus ri.] Merece
um “uau”, sim. Na verdade, ganhei uma cadeira com meu nome – em ouro, é
claro – no Clube dos Mestres Ascensos. E, quando entro na sala, todos param.
Ficam em silêncio e fazem um “uau!” bem grande. [Risadas enquanto ele demonstra
a pomposidade da coisa andando pelo corredor entre as cadeiras.] Uau. E eu olho
pra Buda... [Mais risadas quando ele fica apontando pra ele mesmo.] E...
Buda
não tinha senso de humor, mas agora tem. E isso é fato. Não estou inventando.
Mas Buda... ele fez um ótimo trabalho. Ele fez um ótimo trabalho, mas eu tive
problemas com os 100.000 anos num cristal. E vou me sair bem na semana que vem.
[Ele está se referindo ao workshop num resort dos Cristais
Swarovski.] Na verdade, vou explodir alguns cristais. [Risadas] Saí do meu
cristal e não foi um grande negócio.
Buda
está preso numa estátua. Um homenzinho gordo sentado lá em milhões, milhões e
milhões de altares e estantes mundo afora. E quantos seres iluminados ascensos
Buda conseguiu? Não muitos. Por quê? Porque estão sempre venerando Buda e
estátuas. Eu não permito. É por isso que vocês não veem uma imagem de Saint
Germain. [Algumas risadas] Embora pensando nisso, não é tão... [Risadas] Um carinha
preso num cristal! [Mais risadas] Aperte o botão e ele quebra! [Mais risadas]
Sério,
não permito. Eu vou atormentá-los antes de permitir que me venerem. Eu expulso
vocês daqui antes que isso aconteça. E Buda nunca quis que fosse assim, mas
aconteceu.
Então,
bem, ele recebeu o crédito por cerca de 100 seres iluminados que ensinava. Mas
eles ficaram presos. Ficaram presos em Budaville, se entendem o que quero
dizer. [Algumas risadas] É em algum ponto entre o despertar e a mestria. E
estão presos lá. Não há muito que ele possa fazer.
Reparem
que ninguém realmente canaliza Buda. Já se perguntaram por quê? É. Não se ouviu
falar de um canalizador de Buda. Não, não. Pensem nisso. Sintam isso. Eu darei
a resposta depois.
Depois
tem Quan Yin – a linda dama. Saímos juntos algumas vezes... [Risadas]
Verdade. Saímos. Quando estávamos na forma humana.
Quan
Yin está aqui pra ensinar a compaixão àqueles que precisam ouvir sobre isso. E
muitos precisam. Compaixão por si mesmos, compaixão pelos outros – permitir
aceitar as coisas como elas são. Essa é a verdadeira definição de compaixão.
Não tem a ver com sentir-se mal por alguém. Isso é ruim, porque vocês
transformam energia psíquica em: “Oh, eu me sinto mal pelo pobre mendigo na
rua.” Isso não é compaixão. Isso é o seu conjunto de limitações sento imposto
ou projetado nele.
Bom,
ela ensina muito sobre compaixão, mas geralmente os seres que estão nessa
consciência realmente não estão prontos para a iluminação. Estão no caminho,
mas não estão prontos. Então, não há muitos que ela tenha ensinado que sejam
agora seres ascensos.
Depois,
tem Jesus – whew,
bpt!! [encenando a
crucificação; risadas] Não chegaria muito longe assim. Ele não costuma atrair
muitos que estejam realmente interessados na iluminação. Estão interessados no
sofrimento. Estão interessados em ter alguém que morra por seus pecados. Não
faz muito sentido, mas essa é a consciência que está envolvida.
Agora,
tem Jesus – aquele que é venerado, aquele que foi posto na cruz, aquele que vai
salvar todo mundo – e tem Yeshua. Tem Yeshua, que é o verdadeiro ser
que viveu há 2.000 e poucos anos. Era, poderia se dizer, uma consciência
coletiva, uma combinação de muitos seres que juntaram sua energia no que
chamariam de Standard, de Yeshua, que foi realmente um Mestre. Yeshua, que
ficava zangado. Yeshua, que fazia sexo. Yeshua, que questionava por que estava
aqui, como, de certa forma, vocês questionam por que estão aqui. Yeshua, que
veio plantar a semente da consciência crística – que significa a consciência
cristal ou de Cristo – neste planeta.
Não são
muitos os que realmente se lembram de Yeshua, mas ele foi o professor da
maioria de vocês, assim como meu. Ele foi o professor de vocês. Então, pode-se
dizer que alguns no Clube dos Mestres Ascensos tiveram o verdadeiro Yeshua como
guia, como professor, como Mestre.
Para
muitos de vocês, foram ambos: Yeshua, há milhares de anos, e eu, agora.
Será que estou me comparando a Yeshua? Claro. [Risadas] Por que não? É
território sagrado? Porque, de fato, vocês, eu, nós somos e éramos Yeshua.
Éramos aquela semente de consciência crística que veio a este planeta. Agora,
vocês voltaram para manifestar a consciência crística que vocês implantaram.
Vocês voltaram para manifestar o que sempre foram, o que sempre, sempre foram.
Não é nada novo. É quem vocês realmente são.
Assim,
meus queridos amigos, recebo o crédito por 852 que foram meus estudantes, que
ensinei no passado. Agora estou ensinando um grupo bem grande. Pode-se dizer
que, de fato, antes de vir para os Shaumbra, ensinei, guiei, como queiram
chamar, trabalhei com aproximadamente 52.000 seres nas Escolas de Mistério no
passado. Não foram realmente muitos. Não muitos. Desses, 852 – whooshhh! – subiram para as
esferas dos Mestres Ascensos. “Mestre Ascenso” significa apenas que se pode
fazer qualquer coisa que quiser, sempre que quiser, como quiser. É bem legal.
É, sim, sim. [Alguns aplausos e algumas risadas] Sim. É, pessoal. Mas não é
novidade. Vocês já sabiam disso. [Adamus ri.]
Assim,
meus queridos amigos, agora, estou trabalhando com um grupo relativamente
grande, porque podemos fazer coisas como falar pela Internet. Podemos nos
reunir; podemos viajar pelo mundo de um jeito que nunca pudemos. Então, esses
852, pra onde vão? Quando? Ah! Esse é o papo no Clube dos Mestres Ascensos, onde
tenho minha cadeira exclusiva, como eu disse, com meu nome gravado em ouro.
[Algumas risadas]
Então,
a pergunta volta pra vocês, pra cada um e todos vocês. Essa coisa de
iluminação, realização, não é nova. Tem a ver com manifestar, com
permitir. Não tem mais a ver com tentar entender algo de fora. Vocês vão ter
problemas se fizerem isso.
É se
permitir vivenciar e sentir tudo. Não mais apenas aquela única árvore na
floresta. Mas tudo que vocês são.
Sei que
vocês têm um desejo sincero de fazer isso. Mas também sei que vocês têm um medo
intenso. Sei que vocês têm preocupações intensas com relação a isso.
Não
estou aqui, na verdade, pra guiá-los para a iluminação. Não há realmente nada
que eu possa ensinar a vocês, nada mesmo. No final, a iluminação tem a ver com
se permitir manifestá-la. Não vem daqui. [Ele aponta pra mente.] Vocês não vão
alcançá-la a partir daqui, dizendo: “Vou manifestá-la. Vou manifestá-la. Vou
manifestá-la.” Não funciona. A manifestação vem ao se permitir, vem ao se
relaxar.
Ah,
sim. Ouvi Cauldre dizer isso no início da semana... Vejam, usei esta frase:
“Relaxem no caminho para a iluminação.” Parem de levá-la tão a sério. Parem de
trabalhar pra isso. Relaxem no caminho. Relaxem. Ah, simplesmente sintam essa
palavra. Ah! “Relaxem. Eu não preciso trabalhar pra isso. Não preciso pensar
nisso. Simplesmente, relaxo.”
Tanto é
que essa palavra foi usada pelo quarterback da NFL favorito do caro
Cauldre, que, tendo uma temporada relativamente ruim até então, sentiu as
projeções que eu estava enviando. Eu disse: “Relaxe, Aaron Rodgers. Relaxe.”
[Algumas risadas] E ele falou pra todo mundo, para os fãs, e os últimos jogos
têm sido excelentes. Então, relaxem. Relaxem no caminho para a iluminação.
Uma
Pergunta
Então,
agora, é hora para uma conversinha. Linda com o microfone, por favor. Vou fazer
uma pergunta – uma pergunta que parece óbvia, mas que não
é – e vou fazer... Vamos ter um medidor de makyo aqui.
[Algumas risadas] Sim, sim. Vamos ter um medidor humano de makyo.
Caraca, venha ser o medidor de makyo. [Algumas risadas e aplausos] Isso.
Por favor, bem-vindo, Caraca [Marty], o medidor humano de makyo!
[Aplausos da plateia] Sim, é.
Agora,
por eu amar e honrar, verdadeiramente, cada um de vocês, não caberá a mim
julgar se as declarações ou respostas às minhas perguntas são makyo. Ele
vai assumir a culpa. [Risadas] E, dependendo do nível de makyo, como
você indicará isso pra nós? [Caraca põe as mãos na garganta como se estivesse
se esganando; risadas] Certo. Isso é para o makyo grave. Tudo bem. Para
um makyo moderado, como será? [Ele põe o dedo na frente da boca como se
impedisse uma risada; risadas] Certo, está bem. Ótimo. E se for um makyo
levinho? [Ele coça o pescoço; mais risadas] Tudo bem, ótimo. Excelente.
E, como
sabem, isso não foi ensaiado, é algo totalmente inesperado, acontecendo no
momento. E por isso é tão especial. [Caraca mostra a mão como se pedisse
dinheiro pro Adamus; a plateia ri.] Então, é, é. Claro. Claro. Deixe-me ver
essa mão. Spttt!
[Adamus finge cuspir na mão dele; mais risadas.] Tudo bem.
A
pergunta é... Respirem bem fundo. A pergunta é: Por que vocês estão aqui? Estão
aqui pra tornar sua vida humana um pouco melhor ou estão aqui pra ter uma
verdadeira transformação e iluminação? E, antes que respondam, o senhor medidor
de makyo estará bem aqui. Antes de responderem a essa pergunta,
considerem também seus pensamentos e suas ações. Não o que vocês pensam que
gostariam de acreditar, mas o que vocês realmente estão fazendo na vida.
A
pergunta, novamente. Vocês estão aqui – aqui neste estágio da vida, aqui neste
encontro, aqui no planeta – pra ter uma vida humana melhor ou pra ter a
verdadeira transformação e iluminação? Bom, vamos caminhar em gelo fino aqui.
Bem fino.
E faço
esta pergunta por uma boa razão. Em parte, porque, bem, muito francamente,
alguns ficam se perguntando se querem estar aqui. Vocês se perguntam com
profundidade. Alguns chegam até a dizer: “Ah, me leve à noite quando eu estiver
dormindo.” Porque tem uma coisa estranha com relação à morte. Vocês não se
importam de ser levados à noite enquanto estão dormindo. Vocês só não querem
sentir dor. Certo? É. E, se não sentíssemos dor, esta plateia teria metade do
tamanho que tem agora! [Risadas] Vocês só não querem a dor. Vocês dizem: “Oh,
Deus! Não quero... Aghhh! Não
quero morrer assim! Não quero morrer com ‘fraude’ nas calças.” E...
LINDA:
Com o quê?!
ADAMUS:
A degradação da vida humana – não ser capaz de cuidar de...
LINDA:
Fraude? Você quer dizer fralda?
ADAMUS:
Isso! Não ser capaz de cuidar de si mesmo. Então, vocês não querem essa
degradação. Vocês não querem sentir dor. Do contrário, provavelmente, vocês já
teriam ido embora, pensando: “Oh, vou tentar mais uma vez. Recomeçar de novo.
Vou voltar.” Sinto muito. Não funciona assim.
Então,
a pergunta, repetindo: Vocês estão aqui pra ter uma vida humana melhor ou estão
aqui pra ter a transformação e iluminação? Hum. Linda, com o microfone. Caraca,
prepare o medidor de makyo. Vamos deixá-los responder e, depois, eu
venho e pergunto pra você...
MULHER
SHAUMBRA 1: Ah, não.
ADAMUS:
Ah, sim. Ahhh, sim! [Algumas risadas, enquanto ela reluta em pegar o
microfone.] A propósito, esse é o epítome da grande distração. Com tudo isso
acontecendo, você se distrai. Qualquer um de vocês que for receber o microfone
está, na verdade, se permitindo absorver muita coisa. Certo. Responda, por
favor, e levante-se.
MULHER
SHAUMBRA 1: A primeira coisa que me vem é que o caminho ou a jornada para a
iluminação...
ADAMUS:
Pode esperar um pouquinho? Vamos fazer uma leitura agora mesmo. [Risadas;
Caraca coloca o dedo na frente da boca, indicando makyo moderado.] Sim,
sim. Vamos recomeçar. Resposta simples.
MULHER
SHAUMBRA 1: De certa forma, vejo como sendo a mesma coisa.
ADAMUS:
Ah.
MULHER
SHAUMBRA 1: É o que acho.
ADAMUS:
Tudo bem. Você vê ambas as respostas como sendo a mesma coisa. Tudo bem,
excelente. Excelente. Não me peça pra avaliar, mas...
MULHER
SHAUMBRA 1: Isso, e a primeira coisa que eu ia... Eu só ia explicar um pouco
mais.
ADAMUS:
Claro, claro.
MULHER
SHAUMBRA 1: Mas o resultado final é que vejo ambas como sendo a mesma coisa.
ADAMUS:
Sim, sim. Mas posso dizer uma coisa pra você? Que bom que ele é o cara mau; não
eu desta vez. Você... você achava isso, no início, mas depois você se desviou.
Você faz assim na vida. Você sabe disso. Você tem sentimentos maravilhosos, mas
daí você pensa na coisa, fica processando na mente, e então todo o Kharisma vai
embora, porque você não permanece com o que sentiu originalmente. É isso.
Ótimo. Obrigado.
E como
está o meu makyo?
CARACA:
Humm. [Ele dá um sorrisão e levanta os dois polegares; risadas]
ADAMUS:
Adoro ser um Mestre Ascenso! [Mais risadas] Ótimo. Tudo bem.
LINDA:
Mais?
ADAMUS:
Oh, mais?! Mal começamos. Sim, sim?
MULHER
SHAUMBRA 2: Eu estou realmente, de verdade, 100.000% pronta.
ADAMUS:
Para o quê?
MULHER
SHAUMBRA 2: Para a mestria ascensa.
ADAMUS:
Oh, certo. Mestria ascens...
MULHER
SHAUMBRA 2: Certo?
ADAMUS:
Tá, tá.
MULHER
SHAUMBRA 2: Pra me iluminar. Estou pronta. E é por isso que estou aqui.
ADAMUS:
E você morrerá pra isso?
MULHER
SHAUMBRA 2: Não! Não quero morrer pra isso! Quero ficar aqui e fazer isso.
Digo, morrerei, eventualmente, mas quero estar aqui e fazer isso enquanto
humana.
ADAMUS:
Mas digamos que fosse... que você tivesse que morrer pra isso. Você morreria?
MULHER
SHAUMBRA 2: Claro!
ADAMUS:
Oh, certo.
MULHER
SHAUMBRA 2: É!
ADAMUS:
Tudo bem. Makyo? [Caraca levanta um polegar.] Eh, certo. Ótimo, ótimo.
Obrigado. Obrigado.
MULHER
SHAUMBRA 2: Isso. Eu até sentiria um bocado de dor.
ADAMUS:
Tudo bem.
MULHER
SHAUMBRA 2: Não preciso que seja à noite...
ADAMUS:
Certo.
MULHER
SHAUMBRA 2: Obrigada. [Algumas risadas]
ADAMUS:
Próximo. Vamos pegar pessoas novas. Alguns novatos – ah, sim. Que nunca
estiveram aqui. Sim, senhor?
HOMEM
SHAUMBRA 1: Pra mim, é... Eu realmente sinto ambas as coisas.
ADAMUS:
Certo.
HOMEM
SHAUMBRA 1: Como se fosse os dois lados da mesma moeda.
ADAMUS:
Certo, certo. Mas que lado da moeda vem primeiro?
HOMEM
SHAUMBRA 1: Oh. Até recentemente eu estava mais no caminho da iluminação. Mas
agora estou realmente pronto pra ter uma experiência humana completa enquanto
ser iluminado.
ADAMUS:
Certo.
HOMEM
SHAUMBRA 1: E curtir a abundância, a paixão e a experiência – a diversidade de
experiências, possíveis a um ser humano, coisa que eu não teria do outro lado.
ADAMUS:
Certo. Medidor de makyo? [Caraca levanta o polegar.]
ADAMUS:
Sim, sim. Não vou concordar com ele agora. Acho que você está... [Muitas
risadas quando o Caraca mostra o dedo do meio pro Adamus.] Acho que ele
subornou você!
Acho
que você realmente acredita nisso, mas suas ações não provam isso. Não que eu
esteja espionando você, mas sinto isso. Você diz isso e soa nobre, de certa
forma. Na realidade, você soa quase como um intelectual, já que noutra vida
você foi um filósofo, mais ou menos. Mas suas ações na vida cotidiana, neste momento,
não demonstram isso.
HOMEM
SHAUMBRA 1: Então, como você acha que está a coisa?
ADAMUS:
[olhando pro chão] Hum, estou pensando; não [me distraí]. Depende totalmente de
você. Talvez hoje isso mude, possivelmente. E, se não se importa que eu fale...
HOMEM
SHAUMBRA 1: Tá.
ADAMUS:
Vejo um conflito, porque, por um lado, você é nobre, é profundo, veja bem, ao
falar: “Trata-se da iluminação, mas vou curtir a vida.” Não é assim, de fato.
Você está preso no modo de sobrevivência. Você está preso na identidade. Você
está preso naquela coisa de: “Quem sou eu e como eu faço pra me tornar mais eu
mesmo?” Você diz que faz pelos outros: “Estou me destacando entre as massas.”
Mas você está tentando fazer por si mesmo.
HOMEM
SHAUMBRA 1: Ham-hamm.
ADAMUS:
Então, sim, é um comprimido difícil de engolir, mas...
HOMEM
SHAUMBRA 1: É, sim, eu entendo.
ADAMUS:
Sim, sim. Ótimo. E, em parte, é por isso que você está aqui.
HOMEM
SHAUMBRA 1: Oh, que bom.
ADAMUS:
Mas hoje você pode mudar muito isso. Então, ótimo. Obrigado.
HOMEM
SHAUMBRA 1: Maravilha.
ADAMUS:
Excelente. E agradeço por me deixar ser tão honesto.
HOMEM
SHAUMBRA 1: Claro.
ADAMUS:
Obrigado. Ah! Você diz claro, mas poucos realmente permitem isso.
LINDA:
Próximo?
ADAMUS:
É como se dissessem: “Adamus, me diga, o quanto sou especial?” [Algumas
risadas] Depois de falar o quanto sou especial, vamos falar de vocês! [Risadas]
Próximo. Obrigado. Sim?
LINDA:
Ele pediu os novatos.
ADAMUS:
Você parece surpresa. Você sabia. Você sabia antes mesmo de vir pra cá hoje que
receberia o microfone. Então, por favor, levante-se. Sim. Então, que tal?
MULHER
SHAUMBRA 3: Acredito que tenha a ver com a iluminação e a transformação.
ADAMUS:
Certo. Só isso?
MULHER
SHAUMBRA 3: Só.
ADAMUS:
Certo. O que faz com que acredite nisso?
MULHER
SHAUMBRA 3: Um sentimento profundo. Um amor dentro de mim...
ADAMUS:
Certo.
MULHER
SHAUMBRA 3: ... que não dá pra desconsiderar.
ADAMUS:
Tudo bem. Podemos ver o medidor humano de makyo? E o medidor de makyo
diz... [Caraca coça o pescoço, indicando um makyo levinho.] É, mais ou
menos. Concordo. Concordo com isso. E, repito, como o cavalheiro de antes, sei
que você acredita nisso. Você acredita nisso. Mas posso ser realmente honesto?
[Alguém faz: “Uh-oh!”]
LINDA:
Diga que não! [Risadas]
ADAMUS:
Fuja, fuja!
LINDA:
Diga não!
ADAMUS:
Você diz isso, mas por que tem um tremendo conflito dentro de você, então? Por
quê? [Ela pensa e suspira; Adamus também suspira.] Por que você sente que está
sendo dilacerada, às vezes?
MULHER
SHAUMBRA 3: Às vezes, sinto que preciso desistir da minha família, e isso
não...
ADAMUS:
É. Posso lhe contar uma coisa? A sua família é uma desculpa. É uma distração.
Você está usando ela, de certa forma. E, sendo muito franco, eles não estão
impedindo você. Não estão. Você acredita que tem que ter essa absoluta
dedicação à iluminação, e é assim há muitas existências. E você luta pela sua
iluminação, de certo modo. Mas você também luta, igualmente, pela não
iluminação. Daí, acontece esse conflito tremendo que você sabe que está
começando a afetá-la física e mentalmente, mas é com o físico que estou
preocupado. Você vai liberar isso hoje. Você vai deixar ir todo esse conflito.
Está bem?
MULHER
SHAUMBRA 3: Está bem.
ADAMUS:
Certo. Então, a primeira coisa é respirar fundo e parar de dizer pra si mesma
que você está aqui para a iluminação. Pare de se enganar. Não importa. Vai
acontecer de qualquer jeito. Certo? [Ela concorda com a cabeça.] Ótimo.
MULHER
SHAUMBRA 3: [sussurrando] Certo.
ADAMUS:
Obrigado. Próximo. [Risadas porque a próxima pessoa ficou chocada em receber o
microfone.]
Vejam
bem, vou contar um segredo. Vocês tentam se esconder, esconder sua energia,
colocar energeticamente uma coberta sobre si mesmos, mas, quando entram por
aquela porta, essa coberta, de certa forma, cai. Então, não dá pra se esconder.
Alguns vêm aqui e dizem: “Oh, vou guardar minhas energias.” É assim, ohhhhh!
[Algumas risadas] Linda pode detectá-las. Então, sua resposta, senhor.
HOMEM
SHAUMBRA 2: Iluminação, transformação e, depois, uma vida sensual.
ADAMUS:
Como está se saindo?
HOMEM
SHAUMBRA 2: Muito bem.
ADAMUS:
Medidor humano de makyo? [Caraca gesticula como se dissesse mais ou
menos.] Sério? Vamos conversar. Vamos conversar. [Risadas quando Adamus vai até
o Caraca pra conversarem em particular, viram-se de costas e ficam gesticulando.]
Certo. Ótimo. Eu precisava fazer uns ajustes... [Caraca coloca as mãos na
garganta e se joga no chão; muitas risadas] Sabem como é, às vezes, os
aparelhos eletrônicos e outros dispositivos de medição precisam de
consertinhos. [Risadas] Deve ser por causa do Mercúrio retrógrado.
Quanto
tempo você acha que está nesse caminho espiritual?
HOMEM
SHAUMBRA 2: Desde de 15 de agosto de 2009.
ADAMUS:
Pensei que você fosse dizer “há dois mil anos”, e eu ia dizer que era quase
isso, mas não exatamente; tem um pouco mais de tempo. Mas quando foi essa data?
HOMEM
SHAUMBRA 2: Foi em 15 de agosto de 2009.
ADAMUS:
Em 15 de agosto de 2009. Sim, bom, é bem mais tempo que isso. E vou ser
brutalmente honesto. Adoro ser brutalmente honesto. Quanto tempo mais? Quanto
tempo mais? Digo, o que você está esperando? Assumindo que não há informações
novas. Bufff! Acabei
de arrancar isso de todos vocês. Não há nada novo. Então, você pode dizer:
“Bem, tenho que esperar que este canal venha junto pra acertar tudo.” Não. Vai
ser sempre a mesma velha porcaria, independentemente do canal. [Adamus ri.] E
depois não fuja de mim, indo pra outro canalizador. Ah, não, não, não, não,
não. [O shaumbra ri.] Porque, veja bem, vão todos dizer a mesma coisa, só que
de jeitos diferentes. Então, quanto tempo mais vai levar?
HOMEM
SHAUMBRA 2: Na verdade, já está feito. Digo...
ADAMUS:
Medidor humano de makyo?
CARACA:
[aprovando com a cabeça] Sim.
ADAMUS:
Sério? Mesmo?
CARACA:
Ele está falando a verdade.
ADAMUS:
Falando... Sério?!
CARACA:
Ele não acredita, mas está falando a verdade.
ADAMUS:
Oh! [Risadas, inclusive de Adamus]
ADAMUS:
Ele não acredita, mas está falando a verdade. Tudo bem. De fato, eu acredito.
Sinto esse compromisso, a paixão e tudo mais, mas isso não acaba. Continua
indefinidamente. Essa é uma das razões pelas quais você está aqui: ser
confrontado com isso de que “não há mais nada; é só isso”. Digo, é o... momento
não é a palavra certa... mas é a manifestação. Você está pronto pra isso?
HOMEM
SHAUMBRA 2: Sim.
ADAMUS:
Espero que sim, porque estou tentando aumentar meu número. Tenho 852! [Muitas
risadas] Eu disse lá que voltaria hoje talvez com 853, e pode ser você. Sim.
Uma das
coisas referentes à manifestação da iluminação de vocês é também perceber seu makyo.
É. Perceber o lixo, a bobagem, as mentiras, a enganação, a maquiagem. Uma
caiação em cima da sujeira, do encardido, dizendo: “Vou jogar uma mão de tinta
do velho e bom makyo, na cor casca de ovo número um, bem em cima da
minha porqueira.” E reconhecer seu makyo. De fato, é uma coisa linda.
Nunca tenham medo disso, mas reconheçam. E, então, riam pra si mesmos: “Ah, meu
Deus! Que monte de merda.” Sim. É tão bom fazer isso. Obrigado.
HOMEM
SHAUMBRA 2: Obrigado.
ADAMUS:
Você pode ser o 853. [Risadas]
HOMEM
SHAUMBRA 2: Obrigado.
ADAMUS:
Ótimo. Próximo.
HOMEM
SHAUMBRA 2: Obrigado.
ADAMUS:
E último. Obrigado. [Aplausos da plateia]
LINDA:
Mais um?
ADAMUS:
Última pessoa. Última. Então, é realmente bom fazer isso. O que foi?
LINDA:
Mande ele à merda.
ADAMUS:
É. [Risadas] Atreva-se. É. Sim.
MULHER
SHAUMBRA 4: Com certeza, a iluminação.
ADAMUS:
Ótimo.
MULHER
SHAUMBRA 4: Liberdade.
ADAMUS:
Sei. E?
MULHER
SHAUMBRA 4: Transformação, integração.
ADAMUS:
Ótimo. E...
MULHER
SHAUMBRA 4: Alegria.
ADAMUS:
Quando você acha que isso vai acontecer?
MULHER
SHAUMBRA 4: Está acontecendo.
ADAMUS:
Está acontecendo. Certo. O medidor humano de makyo diz...
CARACA: Eu gosto dela! [Caraca
levanta os dois polegares; risadas]
ADAMUS:
Ele se deixa seduzir tão facilmente pelo Kharisma e pela boa aparência... [Mais
risadas] Eh, simplesmente... Talvez não tenha escolhido a pessoa certa. Ele se
deixa influenciar muito facilmente. E você está enviando pra ele pequenos
coraçõezinhos. Eu vejo. Eu vejo eles indo pra ele. [Ela sopra um beijo pro
Caraca; mais risadas] Como vamos chegar em algum lugar com esse desequilíbrio
aqui na minha própria máquina? [Adamus se aproxima do Caraca.] Então, obrigado.
Obrigado. É. Ótimo trabalho. [Eles apertam as mãos; a plateia ri quando Adamus
vira os dois polegares pra baixo e, ao mesmo tempo, Caraca senta na cadeira de
Linda.] Uh, obrigado. [Adamus expulsa ele do palco.] Obrigado. [Risadas e
aplausos da plateia] Obrigado. Obrigado.
Então,
eu fiz essa pergunta pra fins de entretenimento aqui hoje, pra distrair vocês
por alguns instantes. Assim, vocês podem deixar acontecer uma manifestação
natural nesta realidade. Vocês meio que absorvem isso enquanto damos algumas
gargalhadas e choramos um pouco também.
A
Resposta
Mas a
realidade é que são ambas [as respostas]. Ambas, ou nem uma nem outra. Ou: “Não
importa.” Ou: “Cala a boca, Adamus. Pare de fazer essas perguntas estúpidas.”
[Adamus ri.] Mas nós nos divertimos, não foi? [A plateia concorda.] Sim, sim.
Ótimo. Nada sagrado nem espiritual, tanto na pergunta como nas respostas. Foi
só um momento pra sorrir.
Mas,
meus caros amigos, são ambas as coisas. É essa abertura para a transformação
que ocorre, e vou falar mais sobre isso daqui a pouco. Mas a transformação é
totalmente brutal e completa. Brutal, de forma a fazer, às vezes, vocês
quererem morrer no meio da noite sem dor. Brutal, porque domina cada parte de
vocês.
A
iluminação não se trata de ter uma vida humana melhor, mas a iluminação
acarretará uma vida humana melhor. Mas vocês não podem colocar na frente a
questão de ter uma vida humana melhor, mas muitos no caminho espiritual
realmente colocam. Muitos com quem trabalhei no passado, nas Escolas de
Mistério, meus estudantes, e mesmo os que permitiram a iluminação, diziam que
tudo se tratava da iluminação, diziam que nada importava mais do que a própria
iluminação, mas ainda assim suas ações diárias, seus pensamentos e suas
escolhas – provavelmente as escolhas antes de tudo – não combinavam com a
iluminação. Eles só estavam realmente tentando ter uma vida humana melhor.
Isso
cria um tremendo conflito, um conflito enorme que todos vocês estão enfrentando na vida cotidiana.
Vocês dizem que querem a iluminação. A maioria de vocês nem mesmo sabe o que é
iluminação – não a partir daqui [mente], mas vocês sabem a partir
daqui [coração] –, mas vocês dizem que querem a iluminação. Ainda assim,
as ações e escolhas no dia a dia são apenas para ter uma vida humana um pouco
melhor.
Vocês
sentem muito profundamente essa coisa chamada iluminação, mas vocês se rendem
muito facilmente a esse negócio de vida humana um pouco melhor. Cada um de
vocês sabe exatamente do que estou falando. Cada um de vocês conhece a
contradição em que vive. Sem dúvida.
Hoje,
estamos aqui pra aceitar que haja essa contradição. É natural. Não faz mais
sentido tentar lutar contra ela, dizer que estão fazendo um trabalho ruim com
esse negócio de iluminação, ficar imaginando quando vão receber a próxima
mensagem nova que resolva isso.
Meus
queridos amigos, é natural todo esse conflito entre uma vida humana melhor e a
verdadeira iluminação. Todo o conflito entre o que está acontecendo a cada um
de vocês, uma transformação do mais verdadeiro e profundo sentido. Está
acontecendo com todos vocês que estão aqui, que estão acompanhando online,
ou que vão ver depois. Nenhuma dúvida quanto a isso. E também essa tendência
para se render a uma vida humana melhor.
Assim,
hoje, uma das coisas que peço a vocês é que aceitem isso, que fiquem
perfeitamente bem com isso.
Essa
coisa de iluminação, por mais que soe como uma maravilha, é muito brutal, muito
implacável, de todas as formas. No momento em que vocês manifestam seu
despertar, no momento em que toda essa transformação, essa manifestação, tem
início, ela entra em cada parte de vocês, revela todos os enganos, cada makyo,
cada limitação, cada coisa que está presa a um estado não natural de
consciência. Vocês vão resistir a isso. Vocês vão se apegar às coisas. Vocês
vão dizer que vocês são espirituais, pensar que vocês são espirituais, e isso
vai chegar e mostrar a vocês, da forma mais brutal, que vocês não são, porque a
questão espiritual em si é uma das coisas que os manterá afastados da
iluminação. Certamente.
Essa
coisa de iluminação, ela não se define, não se vê como sendo brutal. Ela se vê
como sendo compassiva. Ela se vê – essa iluminação, essa manifestação –, ela se
vê como uma limpeza – uma limpeza de toda essa sujeira, da graxa, do piche
e do lixo acumulado na vida. E tem aquela parte de vocês que vai tentar se
prender a isso, aquela parte que vai tentar ter uma vida humana melhor, aquela
parte que, em determinado momento, vai dizer: “Eu quero a iluminação. Eu morro
pela iluminação.” Mas tem outra parte que vai se agarrar a uma identidade que
não é real. Não é real, não no sentido de falsa, mas de limitada. Não é real
porque não é a coisa toda. Não é real quando vocês tentam focar nos momentos
espirituais felizes, na alegria e na paz para o mundo, porque isso não é a
coisa toda. A coisa toda é também a agonia, a profundidade, a dor, a
manifestação e o nada, tudo ao mesmo tempo.
A
iluminação, a condição Eu Sou, essa onda de... Na verdade, vem uma onda depois
de outra onda de iluminação. Ela vai continuar vindo, vai continuar chegando,
inexoravelmente, até que vocês se liberem das limitações da consciência.
[Alguém diz: “Tudo bem.”] É, bem, você diz isso agora, “tudo bem”, mas...
Uma
História
Mas
deixem-me, deixem-se dar um exemplo com uma história do meu próximo sucesso
mundial Memórias de um Mestre, que ainda será lançado, numa corrida
competitiva com Cauldre. E será um grande sucesso, porque, bem, porque essas
histórias são sobre vocês. Todas são baseadas na verdade, baseadas em vocês,
nos personagens que vocês são.
Então,
vamos à história. Vamos reduzir as luzes da plateia, pra que vocês relaxem, e
mesmo fiquem à vontade pra cochilar, enquanto aproveitam esta história do livro
Memórias de um Mestre.
Vamos
respirar bem fundo juntos.
O
estudante está deitado em sua cama, depois talvez do pior período da sua vida.
Ele passou 21 dias com uma enfermidade incessante, caos mental, confusão,
desesperança e, em geral, sem saber o que fazer, onde estava. Nesses 21 dias,
ficou totalmente sozinho, com ele mesmo, e, na maior parte do tempo, sem
conseguir sequer se alimentar, tal o estado de caos em que se encontrava.
Começou
com o corpo físico ficando doente, e ele achando que talvez tivesse pego um
resfriado ou uma gripe, mas nenhum sintoma parecia condizer com isso. Era tudo
uma confusão. Ele não queria ir ao médico, porque sabia, por experiência
anterior, que pouquíssimos dos que estão na indústria da saúde realmente entendiam
o que acontecia com quem passava pelo despertar e pela iluminação.
Então,
ele se deitou na cama por esses 21 dias, sem saber ao certo se estava sonhando
ou se estava acordado, o que era real e o que não era.
Era uma
experiência horrível ter que enfrentar a si mesmo das piores e mais sombrias
formas que se pode imaginar, enquanto o corpo passava por um estado de grande
sofrimento. Muitas vezes, suando profusamente; muitas vezes, sentindo tanto
frio que nenhum cobertor ou calor conseguia aliviar a profunda agonia física
interior.
Foram
os piores momentos e, algumas vezes, ele desejava ser levado, ser liberado do
corpo físico; algumas vezes, ele praguejava contra o fato de ter pensado no
despertar ou mesmo perseguido qualquer interesse espiritual, pois agora, nesses
21 dias de grande agonia física e mental, nenhuma palavra que tinha ouvido,
lido ou aprendido com os professores fazia sentido nem podia sequer resolver a
situação em que se encontrava.
Patrick,
o estudante que ficou de cama por 21 dias, estava sozinho e infeliz.
Ao
final dos 21 dias, ele começou a sair dessa escuridão terrível, terrível, em
que tinha estado, ainda inseguro de quem ele era ou do que tinha acontecido.
Estava cheio de dúvidas. Estava cheio de incertezas e ainda com muitos conflitos.
Mas podia sentir que alto tinha mudado nessas três semanas. Algo tinha mudado.
Subitamente,
o Mestre apareceu diante dele. Patrick, o estudante, pensou por um instante:
“Realmente, não estou gostando disso, o Mestre aparecer de repente. Não ouvi
passos. Ele não bateu na porta nem se anunciou e, no meu estado ou na minha
condição, nem sei se ele está ali, fisicamente ou não.”
Mas
outra parte dele ficou aliviada de que o Mestre estivesse lá. Era um certo
retorno ao que se pode chamar de normalidade, um retorno a algo com o qual
podia se identificar. E o fato de o Mestre estar lá significava ou que ele
tinha passado por esse período muito difícil ou que ele estava morto.
Ele
disse em voz alta: “Querido Mestre, sinto como se tivesse morrido. Eu morri?” O
Mestre respirou fundo e olhou pra baixo, pra cama onde Patrick estava deitado
e, por um instante, sentiu uma certa tristeza, ao lembrar dos momentos tão
desafiadores e difíceis que ele mesmo vivenciou, iguais a esse – ser totalmente
dilacerado, de todas as formas, ficar perdido e confuso e se sentir no próprio
inferno.
O
Mestre olhou para Patrick e disse: “Não, meu amigo, você não está morto. Você
está bem vivo. Não, meu amigo Patrick, pode-se dizer que, antes desta
experiência, antes disso, é que você estava verdadeiramente morto. Você vivia
numa grande limitação. Você vivia num estado de medo. Você vivia num estado de
não manifestação do verdadeiro Eu Sou. E isso, pra mim, é estar mais morto do
que simplesmente deixar ir o corpo físico. Mas não, meu caro amigo Patrick,
você passou por isso e está bem, bem vivo.”
Patrick
respirou fundo e sentiu um imenso alívio abarcar sobre ele, sabendo que, na
verdade, ainda estava vivo. Ele aguentou esses 21 dias muito difíceis.
Patrick
perguntou ao Mestre: “Mestre, esta será a última vez que vou vivenciar esse
caos implacável e penoso no meu corpo e na minha mente?”
O
Mestre respirou fundo e disse: “Patrick, não, não é a última vez. Mesmo um
Mestre, mesmo um Mestre Ascenso ainda passará por períodos assim. É uma
limpeza. É uma liberação. Porque quando você está associado às coisas da Terra,
quando está associado consigo mesmo como humano e com outros seres humanos,
você sempre vai acumular esse ranço, esse piche e a sujeira e os desequilíbrios
do estado vibracional. Porque realmente viver no estado humano, viver neste
lugar chamado Terra não é uma coisa natural. É uma experiência incrível, mas
não é natural. E, quando você encarna e incorpora aí, você sempre vai pegar os
desequilíbrios, a sujeira e o ranço da vida.
“Então,
você passará por isso, mas a boa notícia é que, no futuro, você vai passar por
isso mais como um observador. Você não ficará tão intimamente envolvido e não
se perguntará se vai conseguir passar por isso. Você já saberá que vai. Sim, o
corpo poderá adoecer e, sim, às vezes, a mente ficará confusa. Mas, como
observador, como Mestre, você perceberá que já passou por isso. Não ficará se
perguntando se dará certo ou não. Essa pergunta já estará respondida. Sim, dará
certo. Então, é só permitir que esse processo muito natural aconteça, essa
limpeza e essa renovação.”
Patrick
disse ao Mestre: “Mas isso não é algo que eu possa fazer noutra esfera ou
noutra dimensão? Por que tem que ser aqui e, portanto, tão difícil?”
E o
Mestre explicou novamente a Patrick: “Porque você está acumulando isso aqui.
Você está passando pelas experiências aqui. Então, não dá pra levar essas
coisas pra outra dimensão a fim de limpar-se. Você precisa fazer isso a partir
de dentro.
“Mas,
novamente, lembre-se, querido Patrick, que, ao passar por essas experiências
novamente no futuro, você será o observador. Entenda, aqui, neste período que
você teve de 21 dias, você não era o observador. Você era, talvez possa se
dizer, a vítima. Você entrou tão profundamente nisso que não podia ver que já tinha
passado por isso. Você entrou tanto na experiência da dor, da dúvida e do medo
que não podia ver que, na verdade, foi só um tempo de rejuvenescimento e de
limpeza. As dúvidas turvaram seus pensamentos verdadeiros, seu verdadeiro saber
e seu Eu Sou, a ponto de esquecer quem você era e esquecer o próprio Eu Sou,
Patrick. E isso não
acontecerá novamente.”
Patrick
respirou fundo; uma respiração de alívio por saber que nunca mais teria que
passar por esse nível de dúvida e de angústia novamente.
À
medida que respirava, pensava na próxima pergunta para o Mestre. E perguntou ao
Mestre: “Então, quem sou eu agora? O que serei agora que passei por essa
transformação tão profunda, implacável e inexorável? Quem serei eu agora?”
E o
Mestre pensou por um instante, lembrando-se de quando ele mesmo fez essa
pergunta: “O que vai acontecer agora que a velha identidade foi totalmente
pulverizada? Agora que qualquer conexão com o velho eu foi totalmente desfeita,
o que vai acontecer?”
O
Mestre sorriu, lembrando-se de quando, há muito tempo, perguntou isso a seu
Mestre. Ele respirou fundo e disse: “Patrick, você se esforçou tanto pra manter
sua velha identidade... Apesar de dizer que estava no caminho espiritual,
apesar de dizer que escolhia a iluminação, cada vez que a iluminação vinha ou
tentava chegar, cada vez que a verdadeira manifestação ficava diante de você,
você se segurava na velha identidade. A velha identidade era limitada. A velha
identidade não estava, como poderiam dizer, adormecida ou não desperta. Era
apenas altamente limitada. Você se esforçou muito pra tornar essa velha
identidade a coisa que estaria iluminada. Você tentou tornar o velho Patrick o
ser iluminado, em vez de permitir você inteiro, todo o Eu Sou ser a coisa
iluminada.
“Você
tentou chamar de iluminação o que muitas vezes era apenas você tentando tornar
a vida um pouco mais fácil e um pouco melhor para o Patrick. Você vivia a maior
dualidade que um humano pode viver dentro de si – a dualidade de
dizer, por um lado, que quer a liberdade, a iluminação e a consciência,
enquanto que, por outro, faz tudo que pode fazer pra manter suas limitações,
sua velha identidade, sua singularidade, seu velho eu.
“Não é
de se admirar, Patrick, não é de se admirar que esses últimos anos de sua vida
tenham sido torturantes de muitas maneiras. Não é de se admirar que você sinta
que tenha sido falso consigo mesmo de muitas maneiras. Não é de se admirar que
você, constantemente, saísse de sintonia consigo mesmo, bem como com o resto do
mundo, nestes últimos anos. Não é de se admirar que seus níveis de energia
estivessem baixos, porque sua energia ia para o esforço de tentar proteger sua
velha identidade – protegê-la contra o mundo externo, protegê-la contra
você mesmo, protegê-la até contra a iluminação. Suas energias iam para todos os
escudos e muros ao seu redor, todos os jogos e dissimulações. Daí, você ficou
exausto e confuso.
“Por
tantos anos você viveu num estado de grande conflito interior, de grande
batalha consigo mesmo, tentando fazer a coisa certa, tentando ser espiritual;
ao mesmo tempo, quer tenha percebido ou não, tentou ornamentar a sua velha
identidade. E não funcionou.
“É por
isso que você e outros antes de você tenham acabado assim – nesses
vinte e um dias, às vezes até mais, de uma compaixão intensa, brutal e impiedosa.
“A
partir daqui, Patrick, não existe mais Patrick, a menos que você queira que
haja um Patrick. Mas você não é mais singular. Você não está limitado a uma
expressão ou uma identidade.
“Para
começar, você não é nada. Você é, como diziam na linguagem anciã, você é mu.
Nada. Você não existe mais. Você foi esmagado e arrancado da existência. Nada
restou. Eu poderia ir mais longe e dizer que não vamos nem usar a palavra mu,
que significa coisa alguma, porque no momento em que a diz, ela se torna algo.
“Então,
você é coisa alguma. A partir deste momento, você não é nada.
“Mas o
nada é como o silêncio. Mesmo o silêncio não é calado. O nada é como algo que
você quer ser. Não tem mais a ver com ser apenas Patrick. Não tem mais a ver
com ter apenas uma vida melhor. E, certamente, nunca mais terá a ver com essa
coisa chamada iluminação ou espiritualidade. Isso era parte de um jogo para que
Patrick se fortificasse e ornamentasse a velha identidade com qualquer coisa.
“A
beleza e a grandiosidade disso é que você realmente alcançou a iluminação. No
final, ela despontou. No final, depois de toda a brutalização e todo o
desmantelamento da velha singularidade, você chegou lá.
“Você
se tornou tudo no nada. Você não precisa mais focar o Patrick. Você não é mais
singular. Você não está mais apenas vivo ou apenas morto. Você se tornou todas
as coisas. Você não é mais masculino nem feminino.
“A
beleza desse nada é que ele libera você. Libera você para a verdadeira atuação
da consciência. Em outras palavras, querido ex-Patrick, qualquer coisa que você
escolher daqui pra frente, qualquer consciência que você escolher, pode ser
desempenhada. Entenda, antes desse estado muito limitado de Patrick, não era
uma atuação. Era a única realidade. Você não se via como se estivesse atuando.
Você se via como se estivesse vivendo.
“Mas,
quando alguém, enfim, permite sua manifestação, é como liberar a consciência.
E, nesse momento, você atua, você pode ser qualquer coisa que quiser. Você pode
ser um mágico, um mago. Você pode ser uma pessoa simplória. Você pode ser tudo
ao mesmo tempo.
“Você
pode ser um Mestre encarnado e pode ser alguém que é totalmente inconsciente de
que existe algo além do campo de visão. E você pode ser ambos ao mesmo tempo.
Você pode ser abundante ou não abundante ao mesmo tempo.
“O
bonito é que você se libera pra atuar do jeito que quiser, e pra estar
consciente disso. Veja bem, antes, você não era realmente consciente. Você não
tinha percepção. Antes, você era tão singular que estava inconsciente de
qualquer coisa além da sobrevivência de Patrick.
“Agora
que está livre disso, você pode atuar e ser qualquer coisa que quiser. É
verdadeiramente a atuação da consciência, da percepção, expressa do modo que
você quiser. Isso, meu caro Patrick, é liberdade. Isso realmente é liberdade.
“Imagine,
um instante, não estar preso numa única definição de si mesmo. Imagine, um
instante, não entrar mais em conflito consigo mesmo, mas, em vez disso, estar
livre pra atuar, pra aplicar a consciência a qualquer coisa.”
Patrick
respirou fundo e perguntou: “Então, estou iluminado agora, querido Mestre? Sou
iluminado?”
O
Mestre respirou fundo, sorriu e disse: “Se escolher ser.”
É
Natural
Assim
termina minha história, a próxima que entrará no meu livro, sucesso mundial, Memórias
de um Mestre. E é a história de vocês. Quer a interpretem literalmente ou
metaforicamente, é a história de vocês. A sua história de travar essa grande
batalha interna consigo mesmos, dizendo a si que estão fazendo tudo isso pela
iluminação, quando basicamente estão tentando iluminar seu Patrick, sua
singularidade, sua velha identidade.
A
beleza da iluminação é que ela é natural. Não pode ser controlada, nem mesmo
pelo seu Patrick. Não pode ser manipulada por esse Patrick singular, que tenta
ter uma vida um pouco melhor.
Sua
iluminação não está aí porque vocês pensam que pediram por ela. Sua iluminação
não está aí porque vocês imploraram por ela ou porque foram sinceros com
relação a ela. Ela está aí porque é quem vocês realmente são.
A sua
iluminação não é algo que vocês possam manipular ou administrar. Vocês podem
fingir por um tempo que vão manipulá-la. Mas, caros amigos, ela é implacável. É
brutal em sua compaixão. Vai liberar vocês de suas limitações. Vai lhes dar
liberdade, não importa o que for necessário. Não importa quantas noites de
tormento, não importa quantas doenças, não importa quantos males,
relacionamentos ruins ou quaisquer outras coisas forem necessárias. Ela está aí
por compaixão.
Vamos
respirar fundo neste momento tão lindo.
O que
fazer? O que fazer com o seu Patrick? Hum.
Percebam
que essa iluminação, essa manifestação, não é apenas para esse humano, esse
humano limitado que entrou pela porta hoje, esse humano que mentiu pra mim e
pro nosso medidor humano de makyo sobre o que realmente quer e está
escolhendo.
A
verdadeira resposta para a pergunta é que vocês não sabem. E eu digo isso com
grande amor e honra. Vocês não sabem a resposta para esta pergunta: Vocês estão
aqui para tornar seu eu humano um pouco melhor ou para alcançar a verdadeira
iluminação? Vocês realmente não sabem, e não importa. Vocês não precisam saber.
Não importa.
O fato
é que essa manifestação da sua verdadeira natureza, da sua verdadeira condição
Eu Sou, que não é o Patrick – está muito além do Patrick –, vai acontecer de
qualquer jeito, mais cedo ou mais tarde a cada humano na face da Terra, muito
mais cedo para cada um de vocês.
O que
fazer?
Respirem
fundo. Ah, sim. Respirem fundo e relaxem nesse caminho. Vocês permitem. Vocês
percebem que há uma razão, mesmo para os dias e as noites mais tenebrosos,
mesmo para essa dualidade interior torturante. Não são lições. Não são para
provar nada ao seu Patrick. Mas está tudo lá na mais completa compaixão da
iluminação, da manifestação – manifestação que, pode-se dizer, já está aí.
Não há nada novo. Não há nada novo. Agora é só uma questão de permitir.
Sei
que, talvez, seja muito simples. Sei que, talvez, seja muito fácil. Mas,
queridos amigos, é assim que é.
Vocês
podem passar pela própria versão da experiência de Patrick. Terrível. Terrível.
Sentirem-se sendo dilacerados, perguntando se vão sobreviver a isso. Bem, eu
digo já que vocês sobreviverão. Eu digo já que vocês podem respirar fundo e ser
o observador. Parem de tentar fingir que não está acontecendo. Parem de tentar
maquiar ou encobrir isso. Está aí por uma razão.
Parem
de perguntar se estão fazendo errado. Não. Não, vocês realmente não estão.
Vocês realmente não estão. É uma limpeza; é uma liberação que vem pra vocês.
Ajuda
vocês a perceberem que não é o Patrick que está se tornando iluminado. São
vocês, todos vocês.
Agora,
vamos sentir a energia na sala mais uma vez.
[Pausa]
Talvez,
hoje, nós tenhamos exposto, aberto, parte dessa brutalidade, do caos e da
confusão, do desequilíbrio de se tornar equilibrado. Em outras palavras, não
tentamos apenas deixar a sala agradável, colocando pó de fada, mas dizendo:
“Uau! Isto é real.
Digo, está acontecendo. Essa coisa toda de percepção, de consciência, de sair
do meu Patrick, das minhas limitações – está acontecendo.” Todas essas
dificuldade, dores, sofrimentos e tudo mais que vocês têm tido, elas são reais
e são importantes. E vocês podem ser o observador disso tudo, em vez de se
prenderem a todas as dúvidas.
Vamos
respirar bem fundo e sentir, talvez, que estamos expondo coisas que são muito
reais. Expondo os desafios, bem como a beleza.
Vamos
respirar bem fundo e sentir toda essa coisa chamada iluminação, que,
certamente, não é o que vocês pensavam que seria, e essa é a boa notícia.
[Algumas risadas]
Vamos
respirar bem fundo e sentir que estão relaxando e permitindo, que estão
percebendo que tudo está bem em toda a sua criação.
Obrigado,
meus queridos amigos. Eu Sou Adamus neste humilde serviço a vocês. Obrigado.
Obrigado. [Aplausos da plateia]
LINDA:
Então, fiquem com o que estão sentindo, permitam a integração e, enquanto
encerramos, quero agradecer a todos por estarem aqui conosco, com Geoffrey
Hoppe, canalizando Adamus, que, a propósito, sempre nos disse que não podemos
nunca responder às suas perguntas com “eu não sei”, mas hoje ele nos disse que
não sabemos. Que figura! Então, com isso, obrigada por estarem aqui no Círculo
Carmesim. Estaremos de volta no primeiro sábado de novembro. [...] Obrigada a
todos.