SHOUD
9: “Descoberta 9” – Apresentando ADAMUS, canalizado por Geoffrey Hoppe
Eu Sou
o que Sou, Adamus of Sovereign and Free Domain.
Bem-vindos
às energias deste Shoud. Uma linda energia na sala. Hum. Uma música agradável
hoje. [A música que tocou antes do Shoud foi Heart’s On Fire, de
Passenger.] É como uma celebração, uma celebração do fim de uma era. É
hora de seguir em frente. Como disse a música, é hora de caminhar. Talvez
nunca tenham ouvido essa música antes. [Adamus ri.]
É uma
metáfora que tem a ver com a vida de todos vocês. Ahh, vocês desenvolvem
coisas, vivenciam coisas, passam anos, existências fazendo coisas, daí, é hora
de partir, é hora de passar pro próximo nível.
Vocês
sabem que é certo seguir pra esse próximo nível. Vocês sabem que chegou a hora.
Na realidade, de muitas maneiras, vocês se entediaram com as coisas. Então,
criaram uma nova experiência e uma oportunidade.
Então,
quando a velha era chega ao fim, vocês levam um tempo pra refletir sobre as
lembranças, como fizeram hoje. [Ele está se referindo ao vídeo apresentado na
abertura, “Despedida do Coal Creek Hall”, o local onde os Shouds foram
realizados até então. O próximo Shoud será no então adquirido Centro Shaumbra.]
Doces, doces lembranças. Ah, como vocês gostariam de ter realmente vivenciado
isso da maneira agradável com que guardam na memória... [Risadas]
E o engraçado
das lembranças é que elas são reais.
Vocês não estão suavizando ou manipulando nada. Esses sentimentos estavam lá
atrás, esses sentimentos de beleza e entusiasmo. E aqui, nos encontros e
reuniões, a camaradagem, as bênçãos de Tobias, que começaram bem aqui. Doces
lembranças.
E são
exatamente essas lembranças, meus queridos, essas doces, lindas e comoventes
lembranças que os trazem novamente pra outra existência. [Adamus ri.] “Ohh! Foi
tão bom! Ohhh! Ohh! Eu gostei tanto, tenho que voltar pra ter mais lembranças
assim!” [A plateia está dizendo: “Nããão!” E Adamus ri.]
Inspirando
as Energias
Assim,
meus caros amigos, a energia aqui está muito linda. Mas fiquei um pouco
intrigado quando Aandrah (Norma Delaney) estava aqui fazendo a respiração
inicial com vocês. Será que vocês se esqueceram de como respirar desde nossa
última sessão? Porque tinha mais pensamento rolando do que respiração. Vocês
sabem e eu sei disso. Está faltando respiração.
Respiração.
Não dê água pra ela [Linda] hoje [lembrando que no Shoud passado ela espirrou
água nele]. Uma respiração assim. [Adamus respira de modo “curtinho”.] A
respiração [ele respira bem fundo] deve ser assim. Vamos fazer juntos. Vamos
deixar a Aandrah orgulhosa, respirando como Mestres. [Adamus respira fundo novamente
e exala soltando a voz; a plateia nem tanto.] Estão um pouco entupidos.
[Algumas risadas] Vamos tentar de novo. Se vão respirar a vida e as energias,
quase não dá pra ficar parados. Vamos tentar... [Adamus respira bem fundo;
novamente, a plateia não respira muito fundo; Adamus suspira.]
Aandrah,
venha cá. Vamos ter que trabalhar aqui. [Algumas risadas] Agora, é óbvio, é
óbvio, que eles tiveram um mês difícil. [Risadas] E não estão realmente
respirando. Estão pensando na respiração. E esperam depois ter lembranças sobre
respirar. [Risadas] Mas não estão realmente respirando. Então, faça o diabo com
eles aqui. Mostre um pouco da Ohamah School of Breathing (Escola Ohamah de
Respiração).
AANDRAH:
Uoo! Ah!
ADAMUS:
Ahhh!
AANDRAH:
Estão prontos pra isso?
ADAMUS:
Vamos precisar do microfone. Bem, não precisamos, mas...
AANDRAH:
Vamos lá. Observem. É engraçado, porque vamos começar com a escola na
segunda-feira. Preparem-se.
Querem
receber muito amor? Ele vem com a respiração. Sintam! Querem receber? Querem permitir
que isto aconteça com vocês?! [Ela aponta pra Adamus; muitas risadas]
ADAMUS:
Vamos parando por aí. [Mais risadas] Respirar é uma experiência muito pessoal!
[Mais risadas]
AANDRAH:
Tudo bem.
ADAMUS:
Vou sair daqui. [Algumas risadas quando Adamus vai pro canto da sala.]
AANDRAH:
Esta sala está repleta de um amor incrível. Querem inspirá-lo? Inspirá-lo bem
fundo pelo nariz. Senti-lo encher o abdômen, seu âmago. Querem viver com o
âmago de vocês sendo um grandioso rio de amor? Inspirem bem fundo. Enchendo o
abdômen. Sintam, enquanto ele os preenche. E, depois, através do amor, vocês
liberam. Liberam tudo que estava lá. Preparem-se pra receber outra respiração
de amor. Inspirem, expirem... cada vez mais fundo, no seu âmago. Recebam.
Recebam. Sintam a si mesmos se mesclando cada vez mais profundamente em seu
corpo. O doce, doce corpo, criado pra ser o lar da alma, o milagre de vocês,
desse caso de amor. Uma respiração de cada vez. Uma respiração de cada vez.
Cada vez mais profunda. Sim.
Um
grandioso caso de amor. Entre a alma e o humano. A alma e o humano. O
verdadeiro milagre do corpo de luz. Tudo que têm que fazer é respirar.
Respirar. Respirar e receber todo esse amor, toda essa alegria. Uma respiração
de cada vez. Uma respiração de cada vez. Sim.
ADAMUS:
Obrigado. E agora uma boa respirada realmente exagerada. Exagerada. Com os
olhos abertos, totalmente presentes e conscientes. Uma respiração bem ampla que
puxe energia pra dentro. Vocês esgotaram a energia aqui. Vamos falar sobre isso
daqui a pouco. Mas respirem bem profundamente. [Adamus respira bem fundo e faz
uma cara engraçada.] É, os olhos deviam ficar esbugalhados! [Algumas risadas]
Os braços abertos. Uma respiração exagerada, meus amigos. Profunda. Trazendo
essa energia. Vocês andaram se perguntando ultimamente: “Cadê a energia? Cadê a
energia?” Então, respirem ela pra dentro.
É o
ato de aceitar, literalmente, a energia no seu corpo. É o ato de trazer a
energia da força vital pra este ser físico. É o ato de sair da mente por um
tempinho. [Adamus respira fundo novamente.] Sim. Lindo. É isso que a respiração
faz. É isso que ela é.
Aí,
quando vocês chegaram aqui hoje, se sentaram e ficaram com uma respiração
superficial. Ainda tem muito pensamento rolando, e não é pra menos. Não é pra
menos, pois tem muita coisa acontecendo
no mundo no momento.
Recentemente,
tivemos a grande cruz cardeal, esse evento astrológico. Não é que a astrologia
controle a vida de vocês, mas certamente influencia, especialmente num momento
como este. As energias entre 22 de abril e, digamos, 10 de maio estão
excruciantes, caso não tenham sentido. Se não sentiram, provavelmente é porque
não estão vivos. [Algumas risadas] Elas são pulverizadoras, excruciantes,
dolorosas – dolorosas no corpo, dolorosas na mente. É como um pilão
que vai moendo tudo pelo caminho, até vocês acharem que não vão mais conseguir
tolerar. Mas de algum jeito vocês conseguem. De algum jeito, vocês lidam com a
coisa. De algum jeito, vocês vivem um dia após o outro.
Quando
digo pra respirarem, pra levarem essas energias pra dentro, há uma relutância
natural em fazer isso. Por quê? É pra inspirar mais dessa energia excruciante?
[Algumas risadas] Não, claro que não. O que vocês fazem, o modo como lidam com
isso é parando de respirar. Vocês levam menos energia pra dentro. Vocês meio
que se fecham, porque há essa pressão tremenda e inacreditável em todo lugar.
Não é
só com vocês. Não é. Está em todo lugar do planeta agora. Em cada árvore, em
cada folha de grama, em cada mosquito. Está nas entranhas de Gaia, por assim
dizer. Está em todo lugar, e vocês estão sentindo. Então, a reação natural é se
fechar, esperar até que passe.
Vocês
podem sentir, num nível intuitivo dentro de vocês, que isso vai passar. Tem que
passar. Algo tem que acontecer. Alguns de vocês, é extraordinário, olham as
notícias diárias, esperando que algum drama, algum evento cataclísmico
aconteça. Vai acontecer, mas agora é só a fase da pressão. É a pressão. Que
está preparando tudo pra isso.
Então,
o que vocês fazem? Vocês se fecham. Vocês param de respirar. Vocês deixam de
levar pra dentro mais energia, porque ela machuca. Ela é difícil. Mesmo nós a
podemos sentir do outro lado. É, podemos sentir as energias do que está
acontecendo na Terra, e é uma pressão em tempo integral agora. É assombrosa.
Então,
agora, vamos tentar de novo. Respirem fundo, porque a outra parte de vocês
também está dizendo: “Cadê a energia? Por que meu corpo está tão cansado? O que
está acontecendo aqui no meu cérebro? Estou sem energia de força vital. Pensei
que eu fosse Mestre, mas cadê a vitalidade?” É? Está aí. Está aí, mas junto com
ela vocês vão sentir essa tremenda pressão excruciante. Vocês vão senti-la no
corpo, vão senti-la nas emoções. Ela está aí.
Então,
vocês realmente têm uma escolha interessante a fazer. Obrigado pelo café
[falando com Linda]. Vocês têm uma escolha interessante: se fechar, esperar que
a tempestade passe, mas ainda sentir as coisas enquanto estão fechados, ou –
ah! – bebê-la. [Adamus dá um gole no café.]
Respirem
bem fundo. Você incrementou meu café? [Algumas risadas] Respirem bem fundo
agora. Mergulhem nelas. Sintam essas energias. E lembrem-se que elas estão aqui
pra servi-los.
Há uma
energia tremenda no momento. Parte de vocês está sentindo a força excruciante,
pulverizadora e tudo bem, porque ela realmente vai moer coisas que não são
apropriadas. Vai matar a maior parte de vocês. [Risadas] Eu disse que não
– não! – vai matar a
maior parte de vocês. Mas sempre há as exceções.
A
morte é uma dessas... Vocês precisam rir da morte, por favor, porque é uma das
coisas sobre as quais vamos falar hoje – morte, escuridão e todo o resto. A
morte é... Quando os Shaumbra morrem, e alguns morreram, eles fazem a passagem
e uma das primeiras coisas que querem fazer é me dar um tapa e dizer: “Por que
não me disse que a morte era tão fácil? Eu a temi a minha vida inteira, e foi
tão fácil. Foi um alívio” – é uma alegria de um jeito meio macabro –
“Foi tão fácil.” E é, sim. Por favor, não a temam.
[Silêncio
na plateia]
Oh,
até que reagiram bem! [Adamus ri.] Mas, por enquanto, estamos vivendo. Estamos
vivendo e nos divertindo. Mas às vezes é difícil viver quando há tanto medo da
morte.
Então,
a escolha agora é beber, respirar, essa energia. Ela está aqui pra vocês.
Lembrem-se
do básico da energia. Ela não tem agenda. Ela não tem mente. Não tem direção.
Não se importa. É simplesmente energia. Não tem sentimentos. Não é como um
cachorrinho, que tem sentimentos e desejos. É só energia, e está aí pra
servi-los.
Muitos
chegam ao ponto de ter medo da energia, e vou explicar daqui a pouquinho o
porquê desse medo. É só
energia, e está aí pra servi-los. Então, quando sentirem essa bola densa de
energia, que está vindo pro planeta no momento, respirem fundo. Pode afetar
outras pessoas de um jeito muito desafiador, mas pra vocês é apenas energia na
vida, para o que escolherem direcioná-la.
Certo,
agora, vamos realmente respirar bem fundo... levando ela pra dentro. Sem medo.
Permitindo que ela flua em vocês. Deixando que ela sirva vocês. Deixando que
faça o que vocês escolherem na vida. Sem se esconder dessa energia.
E uma
coisa engraçada acontece. Quando vocês a bebem, quando a levam pra dentro, sem
controlá-la nem restringi-la, de repente, ela não machuca. De repente, vocês
percebem que não é algo doloroso. Não torna seus pensamentos ainda mais
complexos. Não dói no corpo.
Quando
vocês se protegem das energias que estão aqui, agora, se esquivando delas,
então, elas vão machucar, porque vocês acionam suas camadas de sistemas de
defesa. Vocês se freiam. Vocês se controlam.
Quando
vocês a levam pra dentro, de maneira aberta, livre e incontida, ela não
machuca. Não dói.
Vamos
respirar bem fundo de novo, uma respiração bem ampla. É ar. É energia. É também
um símbolo de que vocês estão se abrindo, estão permitindo. Ótimo.
Uma
Pergunta
Agora,
vamos escrever um pouco. Linda vai seguir com o microfone, por favor, e Vili
fica no quadro. Obrigado.
A
pergunta é... Enquanto Linda anda com o microfone, vou pedir duas coisas.
Primeiro, pra começar o dia, vamos manter a energia simples, tudo bem? Vamos
mantê-la muito simples. Não é preciso complexidade. Lembrem-se, voltando pra
uma das lições iniciais, que só a mente gosta de complexidade, porque aí ela
tem algo pra fazer. É como um trabalho. A vida em si, vocês, enquanto seres com
alma, vocês são muito simples. Profundos, mas simples. Então, vamos manter as
energias muito simples hoje. Segundo, enquanto seguimos com o microfone, por
favor, procurem ser muito francos, abertos. Em outras palavras, tem uma boa
razão pra que eu faça a pergunta, e não é só pra passarmos o tempo.
LINDA:
Hum.
ADAMUS:
Tem uma boa razão. [Adamus ri.]
A
pergunta é... Linda está pronta pra levar o microfone e, enquanto ela for
levando, eu farei a pergunta, então, ela não vai saber...
LINDA:
Estou indo agora. Estou indo.
ADAMUS:
Isso, indo, indo, indo... A pergunta é: Como está o seu humor? Como está o seu humor?
Como está o seu humor?
Digamos – se falarmos em termos
de cronograma –, nas últimas semanas, nos últimos dias. Como está o seu
humor agora?
HOMEM
SHAUMBRA 1: No momento?
ADAMUS:
Digo, nos últimos sete a quinze dias, seu humor geral.
HOMEM
SHAUMBRA 1: Oprimido.
ADAMUS:
Oprimido. Ótimo. Excelente. Vai constar do quadro. [1] Oprimido. E de
que maneira você está ficando oprimido?
HOMEM
SHAUMBRA 1: Muitas coisas acontecendo.
ADAMUS:
Sei, sei.
HOMEM
SHAUMBRA 1: Estou tentando mudar. Tentando um emprego diferente. Então, está
tudo... [Ele ri.]
ADAMUS:
Ehh, tem algo mais que você está escondendo. O que mais? Tem algo mais.
HOMEM
SHAUMBRA 1: Tem algo mais?
ADAMUS:
Tem. Tem algo mais acontecendo. Trabalho, mudança, o que mais? O que está
realmente perturbando você?
HOMEM
SHAUMBRA 1: Meus pensamentos?
ADAMUS:
Oh, isso também! [rindo]
HOMEM
SHAUMBRA 1: É porque eu penso muito nisso? [Risadas] Penso muito em tudo? [Eles
riem.]
ADAMUS:
É outra coisa que está chateando você, uma questão.
HOMEM
SHAUMBRA 1: Hum... Talvez um problema familiar.
ADAMUS:
Está chegando lá. [Ambos riem.]
HOMEM
SHAUMBRA 1: Bom, eu sei que isso faz parte.
ADAMUS:
Um em cada quatro problemas tem a ver com a família. [Mais risadas] É uma
afirmação verdadeira. É bem verdadeira. Ótimo.
HOMEM
SHAUMBRA 1: [rindo] Sim.
ADAMUS:
Ótimo. Obrigado. Obrigado. E obrigado por não dizer “Eu não sei”. É. Estamos
chegando lá. Sim. Os “Eu não sei” de hoje vão sentar na privada por cinco
minutos.
Tudo
bem, o próximo. Como está o seu humor? E tenho uma ótima razão pra perguntar
isso. Como está o seu humor? Por favor.
KAREN:
Acabei o livro que estava escrevendo...
ADAMUS:
Ótimo. Parabéns!
KAREN:
... no último ano. É um livro de desenhos, como as minhas pinturas. E eu...
ADAMUS:
E eu estou no livro?
KAREN:
Está.
ADAMUS:
Oh! Vejam só. [Adamus ri.]
KAREN:
Está. O Círculo Carmesim também está.
ADAMUS:
Ótimo. Ótimo. Só como uma pequena dica, qualquer livro que me cite, ou cite o
Círculo Carmesim, mas qualquer livro que me cite tem energia extra. [A plateia
faz “Oooh!”] Ótimo. Então, como está o seu humor?
KAREN:
Bem, eu estava me sentindo ótima, alegre, festiva, por tê-lo acabado, e então
algo aconteceu nesse...
ADAMUS:
Reparou, a propósito, reparou no “e então”?
KAREN:
E então.
ADAMUS:
É, sim. Hooo! Peowwww! É. Meteorito! Errerrrh‼! Chegando! Prossiga.
E então?
KAREN:
Era como se não fosse conseguir prosseguir neste plano, porque outras coisas
estavam vindo do que considero planos superiores.
ADAMUS:
Sei, sei. Por sinal, só... É questão de semântica, mas não existem planos superiores.
KAREN:
Certos.
ADAMUS:
Digo, este é o plano superior, infelizmente. [Algumas risadas, inclusive de
Adamus.]
Não
existem – e sou rigoroso quanto a isso, porque como Mestres exijo um pouco de
mestria no vocabulário –, não existem planos superiores, mas existem
planos de liberdade. Certo.
LINDA:
Hummmm.
ADAMUS:
Sim, sim. Coloque isso no seu livro.
LINDA:
Hummmm.
ADAMUS:
Não, é verdade, não existe eu superior nem existe anjo grandioso. Vamos matar o
anjo grandioso. Vamos, vamos... [Linda se sobressalta.]
LINDA:
Ohhh! Nada de água pra Linda! [Risadas]
ADAMUS:
O conceito de eu superior – vamos aniquilá-lo já. Matá-lo. Não, não, matar está
ótimo, porque significa que vai deixar a ener... Vou voltar a falar com você
[Karen]; estou só num parêntese aqui. Vai liberar essa energia do estado
suspenso em que está. E é como se... [Ele pega uma garrafinha de água.] Vejam,
vocês têm água numa garrafa... Desculpe, mas vou molhar isso aqui hoje. Venha
aqui um instante. [Ele chama a Linda; risadas.]
LINDA:
¡No es posible!
ADAMUS:
Oh, Lindaaa!
LINDA:
¡No es posible! [Mais risadas]
ADAMUS:
Se olharem pra isso desse jeito...
LINDA:
Stupido!
ADAMUS:
As coisas estando num estado suspenso. Entendam, se isto [a garrafa d’água]
fosse, por exemplo, suas emoções, seus problemas ou seu corpo físico, é como se
tudo estivesse preso aqui. E não existe água superior, mas existe água livre!
[Adamus aperta a garrafa, espirrando água pra fora; algumas risadas.] Existe
água livre. E é liberada da estrutura em que era mantida, seja uma crença, uma
biologia ou uma limitação.
Então,
Karen, sem querer me afastar do que você estava dizendo, mas todo esse conceito
de eu superior e anjo grandioso e, ohh, todo o resto, vamos parar com isso.
Vamos deixar aqui no Coal Creek Hall. Quando vocês se mudarem, mudem o
conceito. Existe o Eu Livre, o verdadeiro Eu. Que sempre foi assim e ainda está
dentro de vocês bem agora – em tudo ao redor de vocês. O Eu Livre – mas a
expressão e a consciência no momento estão num estado suspenso, digamos. Então,
agora que eu cortei você totalmente, então, algo veio e os planos superiores e
agora o quê?
KAREN:
Bem...
ADAMUS:
Como está o seu humor?
KAREN:
Então, agora eu não sei se estou recomeçando outra coisa ou se estou seguindo
em frente pra concluir o trabalho com o meu livro.
ADAMUS:
Ah, tudo bem. Mas como está o seu humor?
KAREN: Festivo.
ADAMUS:
[2] Festivo. Ótimo. Ótimo. Anda irritada?
KAREN:
Não.
ADAMUS:
Ótimo.
KAREN:
Aquele representa festividade, aquele do meio. [Ela mostra uma das pinturas que
estão expostas em cima da lareira.]
ADAMUS:
Aquele representa festividade. Certo.
KAREN:
Eu o pintei recentemente.
ADAMUS:
Daria uma bela camiseta. [Alguém diz: “Yeah!”] Ah, ótimo. Eu levo 10%.
[Risadas] Obrigado. Obrigado.
Próximo.
Como anda o seu humor? Como está ele? Vocês todos sabem o que é humor. É.
EDITH:
Diga pra gente.
ADAMUS:
Oh, eu chego lá.
LESLIE:
Certo. Exasperado.
ADAMUS:
[3] Exasperado.
LESLIE:
Muito exasperado. Com tudo. Até ontem, tudo e todo mundo estava me incomodando.
ADAMUS:
Ah!
LESLIE:
Até o meu cachorro.
ADAMUS: Sim, o seu cachorro. É,
sim.
LESLIE:
Digo, todo mundo estava...
ADAMUS:
Vejam, isso é ruim. É muito ruim quando até o seu cachorro incomoda você.
[Risadas]
LESLIE:
É, o cachorro...
ADAMUS:
Quero dizer, isso é que é alguém exasperado.
LESLIE:
É verdade.
ADAMUS:
É, sim.
LESLIE:
É, muito exasperado.
ADAMUS:
É.
LESLIE:
É como...
ADAMUS:
Uma irritação.
LESLIE:
Irritação.
ADAMUS:
Com tudo.
LESLIE: E... eu... não mexe
comigo porque eu fico... ughh!
ADAMUS:
É.
LESLIE:
Com relação a tudo.
ADAMUS:
É. Bem, você parece ótima.
LESLIE:
Obrigada.
ADAMUS:
É. Encantadora.
LESLIE:
Eu me sinto ótima. Obrigada.
ADAMUS:
Jovial.
LESLIE:
Obrigada.
ADAMUS:
Sensual.
LESLIE:
Obrigada.
ADAMUS:
É. Como está o seu humor agora? [Algumas risadas]
LESLIE:
Meu humor... Não, meu humor começou a mudar ontem.
ADAMUS:
Certo.
LESLIE:
E hoje estava muito... Mas nas últimas semanas eu estava realmente irritada.
ADAMUS:
O que você fez com essa irritação? Como você a expressou? Como lidou com ela?
E, por favor, John, sem comentários. [Ele está falando com o marido dela, o
John Kuderka; risadas.]
LESLIE:
Cerveja! [Adamus ri.] Ehh... [Ela suspira.] Tentei... bem, não quero dizer que
tentei... é, tentei ignorá-la.
ADAMUS:
Sei.
LESLIE:
É isso.
ADAMUS:
Sim.
LESLIE:
E não saio muito, porque você sai e tem que falar com as pessoas. E, no banco,
você quer estrangul...
ADAMUS:
Existem as pessoas.
LESLIE:
As pessoas.
ADAMUS:
As pessoas. [Adamus ri.]
LESLIE:
E elas ficam no seu caminho. [Ela ri.] E tem gente burra!
ADAMUS:
[rindo] É, que gente burra!
LESLIE:
E não quero me sentir assim com relação a elas, mas eu... ohhh!
ADAMUS:
Não é um dilema? Você quer ser adorável, ter compaixão...
LESLIE:
Ughh!
ADAMUS:
... e, sabe como é. Mas ainda assim... Ohhh!
LINDA:
Ohhh!
ADAMUS:
Ohh!
LESLIE:
Vá embora.
ADAMUS:
Vá embora. Isso, é.
LESLIE:
Faça o que eu quero, e faça... E não fazem direito. Esse é o problema.
ADAMUS:
É.
LESLIE:
Não fazem do jeito que eu quero que façam.
ADAMUS:
Não, não fazem.
LESLIE:
Não. [Risadas]
ADAMUS:
É. “Este é o meu planeta. Você é só um convidado. Tchau.” Isso. [Mais risadas]
LESLIE:
Bem, e você não está me atendendo direito.
ADAMUS:
É, isso. Não, não estão.
LESLIE:
Não estão, de jeito nenhum.
ADAMUS:
Não estão. Irritação. Você fica irritada no estado de sono, durante os estágios
de sonho?
LESLIE:
Ando muito ocupada no meu sono.
ADAMUS:
Sei, sei.
LESLIE:
Então, acordo no meio da agitação, quer dizer, ando muito ocupada. Então, não
estou...
ADAMUS:
Sei. Sonhos felizes?
LESLIE:
Ehhh. É como se eu estivesse trabalhando.
ADAMUS:
Sei.
LESLIE:
Trabalho quando estou acordada. Trabalho quando durmo. Estou trabalhando.
ADAMUS:
Como você consegue passar o dia e a noite?
LESLIE:
Humm, não muito bem. [Ambos riem.]
ADAMUS:
É, bem...
LESLIE:
Não muito bem.
ADAMUS:
... tire um tempo talvez pra viajar, sozinha.
LESLIE:
Oh! Eu quero ir pro Maine sozinha, sem ter nem o cachorro no carro.
ADAMUS:
Sei, sei.
LESLIE:
Pensei em levar o cachorro, então, vi que era melhor não, do contrário vou
esganá-lo.
ADAMUS:
A coisa está feia mesmo. [Risadas]
LESLIE:
Está.
ADAMUS:
Nem mesmo o cachorro.
LESLIE:
É, nem mesmo o cachorro.
ADAMUS:
Sei, sei.
LESLIE:
Não, não.
ADAMUS:
Mas, se você levar o cachorro, pense nas lembranças que terá depois. [Ela ri.]
“Oh, foi tão divertido com o cachorro. Quase matei ele, mas, oh, foi tão
divertido...”
LESLIE:
Quero ficar no carro sozinha, em quartos de hotel sem ninguém em volta. Sabe?
ADAMUS:
Sei.
LESLIE:
E ninguém, ninguém no carro além de mim.
ADAMUS:
Sim, com certeza.
LESLIE:
É, é, isso.
ADAMUS:
É.
LESLIE:
É bem assim mesmo. [Alguém pergunta: “Nem o John?”] Não quero ele por perto –
está brincando?! [Ambos riem.]
ADAMUS:
Vamos mostrar o John lá no fundo. [Risadas] Ele está sorrindo.
LESLIE:
Ele também anda exasperado!
ADAMUS:
Ele entende. Não, ele entende perfeitamente. E parte do desafio que muitos de
vocês estão vivenciando é... Vocês estão num relacionamento e, particularmente,
se ambos estiverem nessa mestria autodesignada, é tipo... eghhh!! É assim. É
difícil, às vezes. Não estou olhando pra ninguém aqui, mas... [Ele fecha os olhos;
risadas] É muito difícil! É... Lindaaa. [Mais risadas por causa da cara que ela
está fazendo.]
E,
sabem de uma coisa? De vez em quando, vocês têm que rir. Vocês têm que rir por
serem Mestres filhos-da-mãe. [Mais risadas] E está tudo bem.
Um dos
velhos estereótipos é o de que o Mestre é muito adorável, muito pacífico, muito
morto, porque nunca foi assim. Não foi! Quando os Mestres no passado
chegavam nesse ponto, iam embora! Não conseguiam lidar com isso. Não só não
queriam o cachorro por perto, como davam o cachorro pra alguém. Faziam outras
coisas também que nem vou mencionar. [Mais risadas] Mas chega um ponto em que
vocês ficam assim! Ficam! E vou explicar daqui a pouco, depois de mais alguns
comentários.
Como
está seu humor no momento? Como está seu humor? Quero ouvir a Bonnie. Eu vi – a
Bonnie... Eu ouvi ela pedindo “por favor”. Olá, Bonnie.
BONNIE:
Oi.
ADAMUS:
Oi.
BONNIE:
Você sabe como estou com raiva.
ADAMUS:
Eu sei!
BONNIE:
Especialmente de você.
ADAMUS:
Isso! Isso! [Algumas risadas] Mas o que eu fiz?
BONNIE:
Devo dizer? [Ambos riem.]
ADAMUS:
Eu sei. Pressionei você. Ohh, não foi exatamente como um bálsamo pra sua
constante irritação. Não exatamente. Não foi exatamente uma ajuda quando você
disse: “Oh, Adamus, Adamus! Venha me ajudar.” E, de fato, o que eu fiz
ultimamente? Bem, peguei... Bom, fui como o seu cachorro. Corri pro canto e me
escondi, deixando você furiosa.
Então,
como está o seu humor?
BONNIE:
Bem, ainda estou furiosa.
ADAMUS:
É, por quê? [Ela suspira.] Você está trabalhando demais.
BONNIE:
Isso.
ADAMUS:
É. Por quê?
BONNIE:
Por culpa sua! [Risadas]
ADAMUS:
Bem, vamos definir isso. Você está falando com o adorável, o amado Adamus? Ou
está falando com Cauldre?
BONNIE:
Não, estou falando com você. A ideia foi sua.
ADAMUS:
Oh, com o amado Adamus. Sei. E o que eu fiz?
BONNIE:
Bótons.
ADAMUS:
Como? [Risadas e alguns aplausos] Agora, vou embora.
Agora,
Bonnie, Bonnie, Bonnie. É hora do púlpito pra Bonnie. Bonnie! [Mais risadas]
Pense nos bilhões ou nos milhares de Shaumbra ao redor do mundo que estão
usando seus bótons neste momento.
BONNIE:
Estão muito contentes, eu sei.
ADAMUS:
Pense nas lembranças. [Algumas risadas] Vou pedir a Jean que faça uma
apresentação de slides, um vídeo, porque ela é boa nisso, de todos
usando seus bótons. Eles andando pela rua usando os bótons, apontando pro
bóton. Eles indo às lojas e os atendentes... “Haah! Que bóton é esse?” Eles
sonhando à noite, indo pras esferas angélicas e todo mundo dizendo: “Você
ganhou um bóton de Mestre!” [Risadas] E uma linda música tocando e todos
dançando e cantando. E, no final, todos cantando: “Obrigado, Bonnie! Obrigado,
Bonnie! Bonnie, Bonnie, Bonnie. Minha Bonnie está do outro lado do oceano!
Minha Bonnie enviou o meu bóton!” [Muitas risadas]
BONNIE:
Oh, querido! Você é terrível!
ADAMUS:
Como está o seu humor, Bonnie? Como está ele?
BONNIE:
Bom, agora eu estou rindo.
ADAMUS:
É, ótimo. Ótimo. E, de fato, é uma colocação muito boa, porque, sim, você tem
trabalhado mais do que é humanamente possível. Você deveria falar com essas
pessoas. Mas você está jogando a culpa no trabalho.
Agora,
vou provar pra você, já, já, e você vai suspirar quando perceber... vou provar
pra você que não tem nada a ver com os bótons ou com o nível
de trabalho que você está tendo. Na realidade, isso é a maior bênção em sua
vida, no momento. E você pode me agradecer. [Risadas]
BONNIE:
Ah-huh.
ADAMUS:
Obrigado, Bonnie. [Ela dá um tchauzinho.] Sim. Tchauzinho. Tchau, Bonnie.
[Adamus acena também e ri.]
Mais
uma pessoa. Como está o seu humor no momento? Oh, estamos escrevendo isso? [Ele
pergunta pra Vili.] Irritado e – coloque, no número quatro, apenas “bótons”.
“Malditos bótons”. [4] Malditos bótons. Malditos bótons.
Sim?
Como está o seu humor?
MULHER
SHAUMBRA 1: Como alguém frustrado.
ADAMUS:
[5] Frustrado, mas está frustrada com o quê?
MULHER
SHAUMBRA 1: Se pode dar errado, vai dar.
ADAMUS:
Ahh! Não é que é verdade? Sim. Não é aquele Princípio de Peter ou algo assim?
(N. da T.: Princípio de Peter é um termo aplicado em Administração que diz que
os funcionários costumam ser promovidos até alcançarem um cargo para o qual são
incompetentes, e nele são mantidos.)
MULHER
SHAUMBRA 1: É.
ADAMUS:
O Princípio de Peter para pessoas espirituais.
MULHER
SHAUMBRA 1: Isso.
ADAMUS:
Se vai dar errado, dará errado já.
MULHER
SHAUMBRA 1: Ham-hamm.
ADAMUS:
É. De fato, de certa forma, isso é bom. Acaba logo com a coisa, que poderia
durar anos, mas vamos acabar logo com isso. Vamos, vamos... [Ele suspira.]
Cauldre está me filtrando. Vamos aniquilar, vejam bem, todas essas velhas
impressões de como vocês supostamente deveriam ser, porque nunca será assim.
Vai acabar sendo mais deprimente do que seria.
MULHER
SHAUMBRA 1: Eghh!
ADAMUS:
Os velhos conceitos do que achavam que era a espiritualidade e os velhos
conceitos de Deus – ohh, Deus! – são tão obsoletos. [Algumas risadas] E os
velhos conceitos – todos os velhos conceitos... E, em grande
parte, é isso que está acontecendo com todo mundo agora. Isso está sendo
espremido, esmagado.
MULHER
SHAUMBRA 1: Ham-hamm.
ADAMUS:
Isso vai virar pó, que o vento vai soprar pra longe.
MULHER
SHAUMBRA 1: Ah, muitos ventos.
ADAMUS:
Sim. Sim.
MULHER
SHAUMBRA 1: Ventos ruins.
ADAMUS:
Muitos ventos.
Então,
esta é uma época maravilhosa pra enfrentar o processo todo. Tudo vai dar
errado. Qualquer coisa... Não, qualquer coisa fora de equilíbrio, qualquer
coisa pela qual ainda não tenham passado – alô, Wendy –, qualquer coisa pela
qual ainda não tenham passado... vamos acabar logo com isso.
E
sabem de uma coisa? Assumam, por favor, assumam que tudo que está acontecendo
neste momento é apenas parte da mestria. Tudo. Não uma lição. Não existem
lições. Não há nada o que aprender. No momento, são apenas vocês se permitindo
passar por um processo de transformação, um processo alquímico. E, por favor,
todos vocês, me ouçam. É apenas o processo alquímico, e ele está transformando
energias presas muito velhas em energias livres. É só o que está acontecendo.
Mas, no meio disso tudo, há muito pânico: “O que está acontecendo comigo? O que
estou fazendo de errado?” Nada! Nada.
MULHER
SHAUMBRA 1: Que bom.
ADAMUS:
E vocês perguntam: “Bom, por que é doloroso?” Eh, porque vocês são humanos.
Vejam bem, por que... [Linda põe uma tigela de pipoca no púlpito; algumas
risadas.] Por que... Obrigado, posso confiar em você? [Ele pega uma pipoca, a cheira
e come.]
Por
que é... Por que vocês são tão sérios? Tem toda essa coisa de: “O que não estou
entendendo?” Nada. Não é incrível? Não há nada que não estejam entendendo. Não
há nada pra entender. É só passar por essa alquimia.
E
quando vocês criam seu videozinho imaginário? “Bons Tempos da Minha Vida
Maravilhosa”. Vocês têm todas essas lembranças e dizem: “Deus, isso era tão
bom.” E, então, eu tenho que me sentar e falar com vocês, porque vocês vão
dizer: “Sabe, vamos fazer isso de novo.”
MULHER
SHAUMBRA 1: Ah, não.
ADAMUS:
Ah, não. [Ambos riem.] Ah, não!
MULHER
SHAUMBRA 1: Vamos fazer algo diferente. Outra coisa!
ADAMUS:
Existe algo diferente.
MULHER
SHAUMBRA 1: Certo.
ADAMUS:
E é muito simples, e está tão perto que é difícil de ver.
MULHER
SHAUMBRA 1: Hum.
ADAMUS:
E a tendência é tentar entender. Vocês não vão conseguir. Simplesmente, vai
acontecer. E, no processo em que tudo isso ocorre, essa tremenda alquimia,
também há a tendência de não confiar no que está acontecendo.
Então,
o que fazem bons Mestres como vocês? Bem, vocês ainda costumam carregar
elementos da falta de confiança. Vocês consomem um monte de lixo, vitaminas e
precisam comer determinados alimentos – vocês estão cansados de me ouvir falar
isso –, mas eu diria talvez que esse consumo aumentou, e não estou falando de
drogas pra mente. Estou falando de pensarem que precisam de um novo curador, um
novo facilitador, um novo regime, de qualquer coisa nova. Meus amigos, tudo que
fazem é sair da confiança em si mesmos. Se pudessem simplesmente... Esqueçam
todas as vitaminas, todas as águas e todas as... o que está na moda agora,
algas? É a novidade do dia?
MULHER
SHAUMBRA 1: Não pra mim. [Ela ri.]
ADAMUS:
Não pra você. Não. Mas, depois da alga, vai ter outra coisa.
Parem
um instante. Parem, parem, parem. Não importa o que vocês comem. Não importa. E
todas as vitaminas do mundo não vão ajudar vocês. E todas as terapias e todos
os remédios não passam de grandes distrações. Ponto final.
Agora,
eu sei – não você, mas sei que alguns vão dizer: “É, mas Adamus, você não
entende.” Tudo bem. Encontro vocês na próxima vida. Eu entendo, sim. Eu
entendo, sim. E eu tenho, sim, que às vezes chegar a extremos, ser um
pouco... exercer certa pressão. Eu entendo, sim. Apenas assumam que tudo
pelo que estão passando é por causa de vocês – não de alguma ordem suprema de
qualquer coisa. São vocês que estão permitindo isso em sua vida. No
momento em que disseram “Eu escolho minha ascensão encarnada”, tudo começou. E
nem sempre é bonito, nem sempre é confortável, mas é muito eficaz, se vocês
deixarem que seja. Ótimo.
MULHER
SHAUMBRA 1: Certo. Obrigada.
ADAMUS:
Obrigado. Obrigado. Obrigado. Mais uma pessoa.
Como
está o seu humor agora? Ohh! Como está a energia na sala? Talvez devêssemos
passar um vídeo e ter, ohh, algumas lembranças. Ou irmos direto ao assunto.
Sim,
como está a sua lembr... Como está sua lembrança... Como está o seu humor?
MULHER
SHAUMBRA 2: Um sobe e desce.
ADAMUS:
[6] Sobe e desce.
MULHER
SHAUMBRA 2: Isso.
ADAMUS:
É.
MULHER
SHAUMBRA 2: Esteve muito baixo, e então senti um desejo de fazer coisas que não
queria fazer há um bom tempo.
ADAMUS:
Sei.
MULHER
SHAUMBRA 2: Bom, tive o desejo de fazer, mas não encontrei energia pra fazer.
Então, eu...
ADAMUS:
Oh.
MULHER
SHAUMBRA 2: ... me forcei a fazer.
ADAMUS:
Sei.
MULHER
SHAUMBRA 2: Então, tem sido um sobe e desce. E acho fascinante a condição
climática.
ADAMUS:
Sei.
MULHER
SHAUMBRA 2: O vento. Não sei.
ADAMUS:
Não vamos falar do clima. Vamos falar de você.
MULHER
SHAUMBRA 2: Tá. [Adamus ri.] Bem, ele [o vento] me afetou.
ADAMUS:
Ham-hamm.
MULHER
SHAUMBRA 2: A maneira com que a ventania, continuamente...
ADAMUS:
Ah, claro, a ventania. A ventania só está... está literalmente limpando a Velha
Energia.
MULHER
SHAUMBRA 2: Sim.
ADAMUS:
Mas algumas pessoas não gostam disso.
MULHER
SHAUMBRA 2: Não. Mas foi empolgante.
ADAMUS:
Sim, sim.
MULHER
SHAUMBRA 2: Sim. Então, enfim, [o humor] está dos dois jeitos, um sobe e desce.
Mas acho que estou mais feliz este mês do que nos últimos meses.
ADAMUS:
Sim. Bem, mais uma coisa que eu gostaria que vocês superassem é o conceito de
feliz e triste, porque é bem perturbador. É uma necessidade humana muito
estranha, a de ser feliz, e o fato é que vocês não vão ser felizes. É uma meta
inatingível.
MULHER
SHAUMBRA 2: Bem, eu tenho...
ADAMUS:
Momentaneamente.
MULHER
SHAUMBRA 2: Meu humor está mais agradável. Como é possível?
ADAMUS:
ADAMUS: Seu humor está pra cima...
MULHER
SHAUMBRA 2: Sim.
ADAMUS:
... e, aparentemente, sem uma razão especial pra isso. É só o sobe e desce,
meio errático.
MULHER
SHAUMBRA 2: Sim.
ADAMUS:
É, isso. Mas beba [a energia].
MULHER
SHAUMBRA 2: Eu bebo.
ADAMUS:
Isso, ótimo.
MULHER
SHAUMBRA 2: Não, especialmente com o vento que teve, eu respirei profundamente.
Ao respirar, pensei: “Estou fazendo isso através do vento, e foi divertido.”
ADAMUS:
Sim. Excelente. Obrigado. Obrigado. Ótimo. E acredito, Edith, que você está
morrendo de vontade de fazer uma pergunta ou um comentário.
EDITH:
Não, estou vivendo de vontade de fazer uma pergunta.
ADAMUS:
Sim.
EDITH:
Fomos ensinados e acreditamos de todo coração, do nosso coração Ascenso, que
temos liberdade pra escolher!
ADAMUS:
Vocês têm.
EDITH:
Então, quem escolheria ser infeliz?
ADAMUS:
Ah! Essa é uma boa transição pra... Microfone, por favor. [Ele pega o microfone
dela.] Obrigado. [Adamus ri e alguns na plateia também.] Essa é uma boa
transição... Não, é uma boa transição e não quero discutir mais isso; quero
deixar que vocês vivenciem isso. Eu afirmo... Eu afirmo que são diversos os
humores que estão se apresentando no momento.
Humores
O que
é humor? Humor é uma emoção. Humor é uma avaliação de onde vocês estão. Mas,
antes de tudo, humor é um pensamento, é um pensamento julgador que diz: “Estou
feliz. Estou triste. Não sei o que estou fazendo. Sei o que estou fazendo.
Estou animado. Estou deprimido.” E é humor. E os humanos vivem pelo humor. Os
humanos vivem pelo humor. Realmente vivem. E alguns têm uma [visão]
científica... Não quero derrubar isso aqui; passe adiante. [Ele entrega a
tigela de pipocas pra alguém.] Ah, sim. Vou respirar nelas primeiro. [Adamus
respira em cima das pipocas.] Tudo bem. [A plateia faz “Ohh!”] Compartilhem uma
respiração! Vocês compartilham tantas outras coisas. Uma respiraçãozinha não
vai fazer mal. [Algumas risadas]
Os
humanos vivem de humores. Acordam de manhã – e não estou exagerando –,
acordam de manhã e se perguntam, do jeito próprio de cada um: “Será que estou
de bom humor ou de mau humor?” Pensam no que aconteceu no dia anterior, onde
deixaram a longa história, às vezes, perturbadora, e dizem: “Oh, estou de bom
humor porque ___.” Preencham a lacuna. Ou: “Estou de mau humor.” E continuam
nesse rumo. Os humores mudam constantemente com base em algumas variáveis sobre
as quais falaremos.
Mas os
humores, em geral, são gerados a partir dos pensamentos e se tornam uma forma
de os pensamentos terem uma espécie de sentimento. E, repito – voltando pra
todo esse conceito –, a mente, o cérebro, os pensamentos não têm qualquer
percepção verdadeiramente sensual. Mas o cérebro se desenvolveu de um modo tal
que ele acredita que tem. Então, ele cria o humor. Humor.
O
humor, pode-se dizer, foi fabricado ou criado de peidos – pensamentos –,
como dissemos em nosso encontro passado. Então, é um monte de pensamentos
limitados interessantes... [Algumas risadas] – [Linda entrega a xícara pra
ele.] Obrigado. Pensamentos limitados que criam o humor. O humor cria, então, a
energia que se estabelece para o dia, para a experiência.
A
maioria das pessoas acredita que não tem controle sobre seus humores nem
escolha com relação a eles. Então, elas vivem pelo humor. Além disso, como um
pequeno factoide, 100% das decisões que uma pessoa toma têm como base as
emoções. Mesmo as decisões que tratam, digamos, de ciência, matemática ou algo
muito preto no branco; mesmo o trabalho, coisas que fazem no trabalho todo dia,
uma decisão, vejam bem, sobre algo na empresa – será que precisam produzir mais
numa divisão ou região do que em outra? Alguém diria: “Bem, isso não vem da
emoção.” É claro que vem. Tudo vem das emoções, que vêm dos pensamentos que não
são realmente, ah, pode-se dizer, verdadeiros. E, sim, limitados.
Então,
imaginem o que isso faz na vida, Edith. Cria, gera todas essas ilusões. O
pensamento se transforma em humor, que é também emoção, que é também a forma
como vocês atraem energia pra sua vida, que é também a forma como vocês
respiram, que é também a forma como vocês recebem as coisas. E, de repente, as
energias ficam muito presas.
Tem
algo dentro de vocês que está vindo à tona cada vez mais, e é bem perturbador.
E essa coisa é o que costumávamos chamar de véu. A coisa é essa ilusão. O véu,
é claro, é a separação. Ponto final. O véu é a separação, a crença na
separação.
Mas
vocês estão chegando cada vez mais perto dessa verdade, desse saber, de que
todos esses pensamentos, todos esses humores e todas essas emoções não são
realmente vocês. Talvez, possam dizer, possam argumentar que são, até certo
ponto; mas são uma parte muito limitada de vocês. Não são o verdadeiro vocês.
Não são o vocês interior.
Então,
há essa irritação exasperada surgindo no momento, porque vocês sabem que existe
algo melhor. Vocês não conseguem definir. É difícil até se valer de histórias
de outras pessoas sobre suas jornadas, porque – vou ser muito honesto ao dizer
isso – não tem ninguém realmente mais adiantado que vocês. Nem mesmo aqueles
caras sentados nos monastérios ou templos entoando seus cânticos. São pessoas
maravilhosas, mas não estão à frente de vocês.
Então,
não tem ninguém que possa realmente contar sobre isso pra vocês. Mas ainda
existe esse saber. Agora, vocês juntam isso com as tremendas energias que estão
aqui no momento, e o sentimento que nasce, que surge, é este: “Deus, que
maldição! Tem algo mais. Eu sei que há mais coisa.” Mas, então,
vocês entram no padrão dos pensamentos e começam a pensar: “Mas o que é? E onde
vou encontrar? E o que devo fazer? E será que estou no meu alinhamento correto?
Será que estou usando as cores certas?” E, de repente, perdem o rumo. Ficam
fora de equilíbrio. Daí, ficam de mau humor, porque tiveram muitos pensamentos
promovendo o estágio de humor. E, então, vocês se fecham, porque não é como
esperavam que fosse.
De
certa forma, é uma tremenda bênção toda essa irritação, toda essa frustração. É
como uma energia reprimida que vai ser liberada. E quando ela se libera, vai
liberar muitas coisas velhas que estavam realmente, realmente presas dentro de
vocês, de modo que vocês possam, enfim, começar a vivenciar a liberdade. É isso
que é a alma – é liberdade. É o Eu Livre, não o eu superior. É a consciência
livre, não a consciência limitada, não a baixa consciência humana. É liberdade.
Vocês,
de fato, não precisam trabalhar isso ou pra ter isso. Na realidade, isso se
volta realmente contra vocês. Eu afirmo, como parte do nosso pequeno exercício
– como está o seu humor –, eu afirmo que vocês estão entediados. Vocês estão
entediados.
Tédio
Depois
de mil e quatrocentas existências, depois de passar simplesmente por tudo que
um humano pode vivenciar, por tudo que um humano pode ter... Vocês tiveram
relacionamentos, bons e ruins. Vocês tiveram saúde, boa e ruim. Vocês tiveram
dinheiro e não tiveram. Através de suas encarnações, de suas existências, vocês
viram a maior parte do mundo. Vocês não precisam pegar um avião, porque,
provavelmente, já estiveram lá, com poucas exceções. Não resta muito mais
coisa. Então, vocês estão entediados.
Então,
o que vocês fazem com o tédio? Bem, vocês estabelecem... Bem, antes de tudo, é
frustrante, porque... Leslie, você está entediada. É isso.
Agora,
vocês pensam: “Não suporto as outras pessoas nem o meu cachorro.” Ou nem isso,
ou nem aquilo. É tédio, que leva à intolerância e que, combinada com esse
sentimento, essa intuição que surge: “Tem que ter mais do que isso.” E tem. E é
o puro tédio. Vocês olham pra outras pessoas e dizem: “Ah, meu Deus, eles ainda
têm, pelo menos, outras 75 existências. [Risadas] Eu não quero ficar com eles.
Estou farto de passar por isso. Estou cansado das mesmas questões estúpidas.” E
aí a outra parte de vocês, a outra parte limitada de vocês... Me dê o pilot
[falando com Vili]. A outra parte limitada... [Ele desenha o conhecido
circumponto.]
Bom,
vocês têm o Eu Sou ilimitado. Totalmente livre. Sem depender de nada, nem mesmo
de Deus. Deus disse: “Aqui. Pegue o seu Eu Sou e – fiu! – saia daqui.” Então, vocês criaram
essas caixinhas de limitação, algumas ligadas ao, digamos, Eu Livre, mas
formando uma espécie de barricada. [Ele desenha quadradinhos justapostos ao
circumponto.]
Então,
vocês têm todas essas caixinhas limitadas, e uma das caixas limitadas que vocês
criaram é essa coisa que diz: “Bem, é pra eu ser um Mestre. Adamus me disse que
eu era um Mestre. Ele deve estar mentindo, porque eu não suporto as pessoas
agora. Não quero ficar nem perto do meu cachorro.” Pobre cãozinho. Alguém quer
adotar um cão aqui? [Algumas risadas] Temos um cão pra adoção. [Mais risadas]
Daí,
vocês criaram o outro eu limitado, que diz: “Eu tenho que ser um Mestre.” Bem,
o que é um Mestre, afinal? Eu disse pra vocês, eu disse pra outros grupos.
Antes de tudo, um Mestre não tolera nenhuma idiotice. Agora, não parece o velho
conceito de um Mestre, vejam bem, sentado no topo da montanha entoando mantras.
Isso não é um Mestre. Isso é alguém que vai passar pelo que vocês passaram em
oito, doze, quinze existências atrás. Vocês estiveram lá. Estiveram na
montanha. Vocês cumpriram a rotina, e conseguem se imaginar voltando lá pra
trás? Um tédio. Uma chatice. Um tédio.
Eu
afirmo que a irritação, a frustração que todos vocês sentem, é apenas puro
tédio. E, na realidade, vocês estão presos entre a cruz e a espada, porque
estão entediados, mas não querem morrer. É por isso que eu digo pra pararem de
se preocupar com a morte. Ela é fácil.
Mas
vocês não querem partir, porque não têm realmente certeza – digo, vocês não têm
realmente, realmente certeza; talvez, o quê?, 80% de certeza, 90% de certeza,
mas não estão realmente, realmente certos – do que acontece... [Ele
gesticula; algumas risadas.] Não posso nem dizer as palavras... depois que
vocês partem. Então, vocês ainda se prendem, ainda têm limitação, mas que se
dane, se vocês ainda conseguem tolerar outro dia neste planeta com todas as
peculiaridades dele, vejam bem.
A
grande empolgação de vocês nestes dias é uma novidade qualquer da tecnologia:
“Viva! Porque nunca tive um iPad super deluxe, X-modem, modelo V,
numa outra vida. Agora eu tenho.” Tudo bem. Depois de 30 minutos, vocês voltam
pro tédio.
Assim,
há todo esse fenômeno de tédio acontecendo, e o que vocês fazem? Vocês criam
coisas, só pra se manterem ocupados. Vocês sabem que muitos se dedicam a
atividades extremas, que eu chamo de atividades do “Chapeleiro”, como o
Chapeleiro Maluco. Uma atividade, algo pra dar prosseguimento, só alguma coisa,
porque, se vocês se mantiverem engajados em alguma coisa, talvez permaneçam no
planeta. Se continuarem engajados, talvez atraiam energia ou sei lá o quê. Mas
não. Na verdade, se envolver com atividades frenéticas é algo neurótico e que
alimenta o ciclo pensamento-que-vira-humor. Não dá a vocês oportunidade de
parar e dizer: “Eu Sou. Eu Existo.” Não dá a vocês oportunidade de desacelerar
e permitir que um processo muito natural aconteça, porque parte de vocês não
quer enfrentar esse processo natural. Ele dói um pouco. Eh, dói bastante.
Dói no
corpo por um tempo, porque vai liberar... vai libe... Vou colocar desta forma.
Se eu dissesse que vocês iam fazer uma liberação total da sua biologia
ancestral e do seu velho modelo humano e que iam integrar o corpo de luz, não
acham que iria doer um pouco? Não acham que seria pelo menos “Oh, Deus!”
[fazendo cara de quem sentiu uma dor aguda repentina] ou um abalo ou um choque
de energia? Bem, certamente. Vocês têm arrastado as coisas por aí há milhões de
anos, esse modelo de corpo físico. Vai doer um pouco quando ele liberar as
coisas. Ele... é como... [Adamus pega a garrafa de novo e espreme a água pra
cima.] Linda me ensinou a fazer isso. [Risadas]
Mas, de fato, é um bom exemplo,
porque vocês têm toda essa biologia ancestral presa aí com vocês, e estão
pensam numa forma de se livrar dela: “Eu não sou mais como os meus ancestrais. Não
sou mais eles.” E isso não funciona muito bem.
Vocês
param um instante e então – [ele aperta
a garrafa de novo] – há a liberação. E vocês dizem: “Bom, como
acontece a liberação? Diz pra mim exatamente pra eu saber se quero que
aconteça.” Não importa. Vai liberar. Vocês vão se livrar disso.
Assim,
temos essa tremenda sensação de tédio surgindo e, na verdade, quero que sintam
isso. Vocês são criadores grandiosos, criadores grandiosos. Mas, em resposta à
sua pergunta [falando com Edith], algumas das escolhas que vocês fazem não são
escolhas de um criador grandioso. Algumas são. Algumas são. Mas outras são
escolhas do tédio, escolhas do eu limitado. Não escolhas grandiosas.
E vou
lhe contar um segredo, Edith; só entre nós. Há anos que falamos de escolhas em nossos
encontros, porque vocês se esqueceram de que, na verdade, podem fazer uma
escolha. Vocês... Qualquer um... entra na matriz, entra no ritmo hipnótico, e
se esquece de que pode fazer uma escolha. Ou pensa que faz, porque escolhe se
vai comer sorvete de chocolate ou de baunilha de sobremesa, e diz: “Bem, não
vou comer nenhum, porque faz mal pra mim. Ouvi isso na TV. Contém glúten ou
Deus sabe lá o que mais. E só posso comer sorvete de alga.” Então... [Risadas]
Vocês riem, mas estes são exemplos da vida real! E, então, não há escolha.
Bom,
nós – Tobias, Kuthumi e eu – trabalhamos anos a fio pra dizer que vocês podem
fazer uma escolha. Mas aí vocês chegam e dizem: “Bem, mas estou com medo de
fazer uma escolha. E se eu fizer a escolha errada?” Vocês não conseguem fazer a
escolha errada. Não dá. Vocês não podem. Simplesmente, façam uma escolha.
[Alguém espirra.] Obrigado. Façam uma escolha.
Agora,
o Mestre entende, em determinado ponto, Edith – respire essa – que tudo é um
monte de merda. Vocês chegam a um certo ponto em que têm a consciência de fazer
uma escolha, chegam e dizem: “Ah, eu posso fazer uma escolha. Posso fazer
grandes escolhas, escolhas enormes.” E, depois, vocês as fazem. Vocês não
apenas dizem que podem fazê-la, mas vocês fazem uma escolha.
Vocês
chegam nesse ponto da mestria, e nunca mais pensam em fazer uma escolha
novamente. Já está aí. Já está aí. Não existem escolhas a serem feitas, porque
vocês estão em sua mestria. Vocês não são mais limitados. Vocês não andam mais
por aí dizendo: “Bem, eu não sei. E quando vai ser o próximo alinhamento
estelar? E quando os aliens vão chegar?” Vocês estão fora de tudo isso.
Vocês estão fora das limitações. Como seres soberanos livres, vocês deixam de
fazer escolhas.
Por
quê? Tudo vai estar aí de maneira apropriada, sem precisar pensar nisso, sem
ter que pensar: “Devo fazer isso ou aquilo?” Nunca mais vocês terão que fazer
uma escolha. A coisa estará – vapt! – aí. Estará aí. Não tem preto. Não
tem branco. Não tem separação. Não tem: “Devo fazer isso ou devo fazer aquilo?”
Simplesmente, está aí.
Talvez...
Talvez vocês não sintam que estão nesse ponto ainda. Vocês estão naquele ponto
em que confiam que vão chegar lá. Mas vocês estão. Talvez seja muito assustador
pensar: “Oh, nossa. Você quer dizer que posso liberar o controle?” Humm.
Como
isso lhes parece, a propósito? Como isso lhe parece, Linda Hansen, largar o
controle? Microfone a caminho. Uma conversa que temos tido. Como lhe parece...?
LINDA
H.: Eu estava dormindo.
ADAMUS:
Eu sei.
LINDA
H.: Você me acordou! [Adamus ri.]
ADAMUS:
Sim. Essa é a melhor hora, porque então você não sabe tudo que se desenrolou
até este ponto.
LINDA
H.: É verdade.
ADAMUS:
Como seria liberar todo o controle, minha cara Linda?
LINDA
H.: Muito assustador.
ADAMUS:
Muito assustador. Obrigado pela honestidade.
LINDA
H.: É.
ADAMUS:
Muito assustador. Muito assustador.
Pense
– todos vocês pensem um instante – como é liberar o controle. Ah, soa como
algo tão bom. “Eu sou um Mestre. Liberei o controle.” Bem, quando vocês dão uma
olhada em tudo que controlam durante o dia e na vida – controle do tempo... O
que seria se deixassem de controlar o tempo!? Oh, pensem em todas as pessoas
que ficariam chateadas com vocês. Vejam, vocês não podem se liberar do tempo.
E se
deixarem de controlar sua biologia? Huh? É, vocês sabem como vai ser! Uoops!
Ah, cara! [Algumas risadas] Deixarem de controlar seus pensamentos por um dia.
É quase incompreensível. Deixar ir o controle. O controle, a propósito, é a
coisa que cria as caixinhas, o eu limitado, o Eu Sou limitado.
A
propósito, essas caixas, reparem que eu não as desenhei tocando umas nas
outras, porque é meio assim a coisa. Os aspectos ou eus limitados não estão
realmente conectados. Talvez de uma forma estranha, mas de fato não estão
realmente conectados nem falam uns com os outros.
Então,
há muito controle. O controle do modo como se vestem, vejam bem, e muitas vezes
o controle do que pensam que os outros vão dizer, porque isso é parte desta
imensa matriz – o que devem ou não fazer. E...
Sintam
a minha frustração por vocês – por vocês,
não de vocês, mas por vocês. É um tédio, um tédio mortal. Vocês chegam a um
ponto nesta jornada, neste planeta, que é realmente um tédio.
Conseguem
imaginar um instante viver a vida sem... bom, largar o trabalho, se afastar, então
perceber que falta dinheiro, precisar trabalhar como atendente do Wal-Mart
[Algumas risadas], e ir e vir do trabalho todo dia, prestando atenção nas
horas? Daí, a saúde começa a oscilar um pouco e vocês esperam que não seja
muito, mas é um pouco. E vocês tentam fingir que não é nada, mas é. E depois
vocês o quê?, vivem os dias restantes, estando meio doentes e, num período de
uns cinco anos mais ou menos, vocês entram num estado de desgosto, e então
morrem.
E
estou dizendo isso porque, meus amigos, vocês preferem fazer qualquer coisa
menos isso. Pras outras pessoas meio que tudo bem; elas se contentam em fazer
isso, porque não conhecem nada melhor, porque não têm a percepção.
A
percepção traz frustração, aborrecimento e raiva, e é por isso que um bom Mestre
é um Mestre irritado! [Risadas e aplausos] É bem verdade. É bem, bem verdade.
Então, toda essa noção... A propósito, pensem sobre quem criou, e basicamente
enraizou, essa noção de que devem ser simpáticos. Os santos são simpáticos e os
budas são legais – e não é verdade.
Existe
– especialmente agora, no ponto onde vocês estão –, existe uma extrema
aporrinhação, impaciência, intolerância, raiva. Daí, vocês consomem muita
energia pra suprimir isso, e realmente não funciona. E então vocês ficam todos
fu... [ele não completa a palavra] na mente, confusos na mente, tentando
entender... Vocês se esgotam. Vocês também se chateiam, mas se esgotam, e não
sobra energia alguma. E vocês caem na cama, esperando, esperando descansar
altas horas da noite, e não conseguem. Não conseguem. Bem-vindos à mestria.
[Algumas risadas e resmungos da plateia]
Antes
de tudo, permitam-se realmente, verdadeiramente, sentir tudo isso – a sua
raiva, a sua frustração, a sua confusão, estarem zangados comigo, se quiserem –
porque é real. Está acontecendo e há uma razão pra isso. Por estarem chateados,
vocês querem algo mais, mas, por ainda possuírem as caixas, algumas limitações
e o medo de largar o controle, vocês permanecem no padrão.
Voltando
pra sua pergunta, a escolha [falando com Edith]. A escolha pode ser largar a
rotina. Mas, meus amigos, quando vocês saem desse velho modelo, quando entram
em seu corpo de luz, em sua inteligência divina, em seu Eu Sou, tudo muda. E
muitos querem só uma pequena mudança. Mestria é tudo ou nada. Mestria não é uma
matriz um pouco melhor do que tinham na semana passada. É tudo ou nada. Ou há
liberdade ou há limitação. Não há uma limitação livre. [Risadas] Não há. E não
há realmente uma liberdade limitada. Não há realmente uma liberdade limitada.
Eu
quero fazer uma experiência antes de passarmos pro nível seguinte aqui. Como
estamos com o tempo? [Alguém diz que não importa.] Não importa! Obrigado.
Lembrem-se...
Eu
gostaria de fazer uma experiência, e se pudermos reduzir as luzes e colocar uma
música legal de fundo... [Ele pega a xícara e bebe o café.]
EDITH:
Como está o creme hoje? Está bom?
ADAMUS:
O creme não está tão bom como no mês passado.
EDITH:
Oh.
ADAMUS:
É.
Assim,
vamos respirar bem fundo, enquanto as luzes diminuem. Oh, tanta coisa está
acontecendo...
Que
beleza, o que está acontecendo. Ah! Simplesmente, imaginem as lembranças que
vocês terão desta época maravilhosa de sua última vida neste planeta. “Oh,
Deus! Eu quero fazer isso de novo!” [A plateia ri e diz: “Nãão!”; Adamus ri.]
“Toda essa coisa de mestria, ah, que intensidade! Oh! Tão confuso, tão
doloroso, mas tão bom pra mim. Será que não posso fazer a mestria toda de
novo?” Não. [Risadas] Não, vocês não podem deixar de saber o que já sabem.
Vocês não podem desaprender o que já aprenderam.
Então,
respirem bem fundo, enquanto entramos nesta experiência. Esta experiência,
lembrem-se de mantê-la simples.
Diz-se
que vocês tiveram uma sessão de planejamento antes de voltarem, de virem pra
uma nova existência. Alguns realmente tiveram. Mas a maioria não. Não, na maior
parte das vezes, quando alguém volta pra outra encarnação, não faz ideia do que
está acontecendo. É puxado pelas forças de atração e magnéticas das emoções,
das lembranças, do carma e de outras pessoas; é sugado novamente pro planeta,
sem o benefício de sequer saber onde vai parar. Mas nós meio que sabemos onde
esses vão parar. Eles vão parar novamente em sua família, a qual estão
conectados por um bom tempo.
Então,
a maioria das pessoas realmente nunca tem esse tipo de sessão de planejamento.
Elas passam de uma existência a outra e a outra, despencando no tempo e no
espaço, caindo nos desafios e nas dificuldades, caindo nos próprios demônios e
escuridão. Muito de vez em quando, vindo à tona pegar um ar, mas não com muita
frequencia.
Mas
vocês, meus amigos, vocês são muito mais sábios do que isso e, na verdade,
vocês tiveram um tempo de contemplação antes de virem pra esta existência.
Vocês não estavam necessariamente cercados por muitos outros anjos. Vocês
tinham conversas com alguns seres, algumas entidades. Mas, então, vocês meio
que seguiram sozinhos, em sua própria e bela dimensão, sabendo que iriam
retornar pra Terra.
Vocês
estavam conscientes disso, tinham essa percepção. Vocês seguiram por conta
própria, afastados de todas as outras entidades. Oh, vocês estiveram na Terra
tantas vezes... Vocês conheciam o programa. Vocês conheciam os meandros. Vocês
conheciam as árvores, os rios, o céu, as tempestades, a neve, os desertos e o
calor.
Vocês
conheciam a beleza, mas também o perigo da natureza.
Vocês
conheciam a comida e o sexo. Vocês conheciam as pessoas e seus modos. Vocês conheciam
tudo isso. Nada – nada verdadeiramente seria novo pra vocês.
Vocês
seguiram por conta própria, se preparando pra sua existência, pra esta existência. Era quase como se
tivesse sido ontem.
[Pausa]
E
vocês tinham uma razão muito profunda e apaixonada pra voltar. Agora, essa
razão profunda e apaixonada às vezes se perdia em vocês, enquanto de fato
estavam aqui.
Às
vezes, vocês se enganavam, acreditando que voltaram pra melhorar a humanidade.
Não era essa a razão.
Nem
mesmo era pra encontrar uma alma gêmea perdida, porque vocês sabiam, vocês já
sabiam que grande parte da jornada vocês fariam sozinhos, por conta própria.
Vocês já sabiam.
Vocês
tinham uma profunda paixão por voltar. Uma espécie de saber de que esta,
provavelmente, seria a última existência.
Vocês
sabiam que havia certas coisas que queriam concluir.
Nesse
período de contemplação consigo mesmos, vocês passaram por uma metamorfose
interessante. Dissolvendo a sua existência passada e aquela identidade,
dissolvendo os fragmentos do seu Eu alma, dissolvendo, ao mesmo tempo, esta
nova identidade que viriam a ter nesta existência. Era como se todas essas
imagens, identidades, se misturassem, se dissolvessem umas nas outras.
Transformando,
deixando sua velha identidade...
Dissolvendo
ou meio que entrando em partes do Eu Sou...
Sentindo
os potenciais desta existência...
Que
paixão era essa? Que paixão era essa... de voltar?
Posso
lhes dizer agora mesmo que não foi pra fazer reparações. Não foi pra justificar
nada nem resolver nada fora de si mesmos. Essa pode ter sido uma razão
periférica, mas não era a paixão profunda.
[Pausa]
Essa
paixão profunda não era nada que as entidades tivessem lhes dito que teriam que
fazer. Não era nada que fariam em nome de sua família espiritual ou da Ordem do
Arco. O serviço de vocês pra Ordem do Arco havia expirado.
[Pausa]
Havia
uma paixão profunda que transcendia qualquer coisa que tivesse a ver com
resolver o passado ou salvar a humanidade. Era algo dentro de vocês, um desejo
ardente, um desejo do coração.
Sempre
esteve aí, embora muitas vezes tenha escapado de vocês. Muitas vezes, vocês se
viram no alvoroço do que pensavam que deveriam estar fazendo aqui nesta
existência. Como se fossem o Chapeleiro, o Chapeleiro Maluco, correndo
freneticamente pra cá e pra lá. Mas essa coisa ainda está aí. Eu posso vê-la.
Eu posso senti-la, em cada um de vocês.
E não
é uma justificativa. Em outras palavras, vocês não têm que se justificar por
estarem aqui. É simplesmente uma paixão.
Eu
peço que sintam isso agora mesmo.
Vai
além da lembrança de vidas passadas. Vai além do chamado de outras pessoas,
dessa atração, de outras pessoas que poderiam ter trazido vocês pra cá. Tinha a
ver com vocês. Vocês.
[Pausa]
Agora,
eu lhes digo, vamos além dos pensamentos neste momento e de tentar definir com
palavras, porque é um sentimento. Os pensamentos limitariam isso.
Assim,
eu lhes peço que entrem no sentimento, sem palavras, sem imagens.
Eu
peço que entrem no sentimento dessa paixão, porque ela é assim, quase
indefinível.
Então,
agora, deem aquela respirada bem ampla e entrem no sentimento.
[Pausa
longa]
Respirem
bem fundo. Na verdade, é muito incrível.
Sentir
as suas energias. É muito impressionante.
Respirem
bem fundo.
É
incrível que vocês tenham se permitido ir além do pensamento, da palavra ou da
definição. Isso, meus amigos, é se libertar.
Eu
lhes pedi que vivenciassem algo muito pessoal, muito próximo e muito, muito
real. Aumentem as luzes, por favor.
Mas o
que eu senti que a maioria de vocês fez, de fato, nesta experiência, foi se
deixar sair do pensamento. Vocês lutaram um pouquinho no início, mas, por
estarmos num espaço seguro, e mesmo vocês que estão assistindo online,
vocês se permitiram ir além da necessidade de definir isso. Houve um pouco de makyo
no início – makyo, que é aquela baboseira espiritual – mas vocês se
permitiram ir além disso e ir além do pensamento.
Vejam,
há uma tendência para a mente humana pensar na razão pela qual vocês vieram pra
cá, mas essa não é bem a razão pela qual vieram, pois o pensamento, qualquer
pensamento, sobre a razão pela qual vieram, sobre essa paixão, é limitado. É
limitado em si, porque é um pensamento.
Qualquer
pensamento é limitado. Ponto final. Sem exceção. Os pensamentos são legais. São
bacanas. Eles vêm e vão. Eles atendem vocês de muitas formas, mas são sempre
limitados.
Assim,
nesta experiência, então, vocês se permitiram ir além de alguns pensamentos,
porque há essa coisa, esse sentimento, essa paixão, que está bem aí
causando a irritação, a raiva e a frustração e o desconforto, o desconforto. E,
por sinal, a palavra desconforto é bem melhor do que doença. E é onde isso
termina, se vocês ignorarem a coisa. Se não estiverem conscientes disso, acaba
em doença.
Então,
vocês se permitiram entrar um pouquinho no sentimento, o que pode ter
despertado algumas emoções, lágrimas – emoções ligadas ao pensamento –, mas
também proporcionou, pra muitos de vocês, uma verdadeira experiência sensual.
Não sexual, mas sensual.
Por um
instante, neste espaço seguro, com uma boa música tocando, vocês sentiram isso
novamente. Sentiram. Tiveram um sentimento sensual. Não apenas um pensamento,
não apenas uma emoção – coisas que vocês também tiveram –, mas um
sentimento sensual.
A
maioria de vocês foi capaz de ir além da definição, da palavra, de ter que
perguntar: “Por que eu vim aqui pra Terra? Porque eu quero ser um Mestre.”
[cuspindo] Isso são só palavras. E, mesmo a imagem – a imagem de vocês como
seres rodeados de luz, flutuando, o que é legal. Mas ainda assim vocês se
permitiram ir além disso, nem que tenha sido por um breve momento. Um
sentimento sensual. Sensorial.
Os
anjos é que são assim por natureza, não os humanos. Esta talvez, talvez, sem
nem tentar colocar em palavras, seja talvez uma das razões, uma das atrações
pra vir a este planeta nesta existência: a
percepção sensorial, sensual.
Consciência.
Consciência, que é percepção, que é sentimento sensual, sensual.
Liberdade
Enquanto
humanos, vocês estão entediados. Idiotas entediados. Sem dúvida. Daí, tentam
encontrar meios de lidar com isso. Vocês tentam ser legais. Vocês têm esses
duelos de pensamentos. Entendam, o pensamento de que estão entediados; o
pensamento de que precisam ser simpáticos; o pensamento de que devem dizer que
a vida é maravilhosa; o pensamento de que a vida é uma droga.
Então,
vocês enfrentam todas essas atividades maciças. E, Bonnie, voltando pra você.
Bonnie, você estaria numa instituição mental, não fosse o Círculo Carmesim.
[Algumas risadas] E a minha programação dos bótons. Porque – e talvez não
literalmente, mas no sentido figurado – porque, Bonnie, toda essa atividade tem
mantido você ocupada. Atividade, atividade, atividade. E poderiam dizer: “Mas
veja a grande importância pro mundo de toda essa atividade, os bótons sendo
entregues.” Nada disso, é só uma atividade, que traz algum bem, é claro. Mas
você teria se despedaçado, porque você pensa demais e... você... Bonnie, você é
controladora. Preciso ser mais claro?
BONNIE:
Ahhh, sim, muito controladora.
ADAMUS:
Sou sensitivo ou o quê? [Algumas risadas] Mas a atividade, de fato, de um jeito
maravilhoso, permitiu que você passasse por esse processo, como você está
passando, de liberdade de si mesma. Mas você tem atividades pra ocupar a mente
e se ocupar, porque, do contrário, seria muito devastador de repente ficar
consciente de uma só vez do fato de que o controle está sendo banido da sua
vida. O controle está sendo arrancado de você, e é uma coisa com a qual você se
identifica. É uma coisa que você prioriza.
O
controle vai embora, Bonnie, e se isso acontecesse de repente, tudo de uma vez,
bum! Bye, bye, Bonnie. Minha Bonnie está do outro lado do oceano.
[Algumas risadas] Foi beemm pro outro lado.
Assim, de certa forma – de certa
forma, você é brilhante. Mantenha-se ocupada, mantenha-se ativa. Mas não é mais
preciso. Você percebe por que tudo aconteceu. E muitos têm todas essas
atividades, toda essa confusão e sentimento de estar perdido e... mas, meus
amigos, o que está acontecendo nessa coisa toda é que vocês estão voltando pra
sua liberdade.
A
liberdade nem sempre vem fácil quando se está preso por tanto tempo. Digo,
literalmente. Pra qualquer um que esteve numa prisão, na cadeia por 20 anos, é
muito difícil. É muito difícil. A pessoa desenvolve hábitos. Desenvolve padrões
e comodidades, e, na maior parte do tempo, isso não funciona bem do lado de
fora, na liberdade, então a pessoa acaba fazendo coisas pra voltar pra lá.
Qual é
o índice de retorno pra pessoas que estiveram na prisão por mais de, vamos
dizer, 10 anos? O quê? É de até 60, 70, 80%. Não porque sejam pessoas ruins;
mas porque têm hábitos. Têm sistemas. Têm controles. E, uma vez na prisão, é
difícil viver no espaço livre. E mais do que qualquer ser, em toda a criação,
eu deveria saber disso. Já contei a história...? [Algumas risadas e alguns
aplausos; clique aqui para ler mais (em inglês) sobre a história de Adamus preso num cristal por
100.000 anos.] Vocês sabiam que eu ia falar disso. Vocês
sabiam.
Então,
digo que vocês podem ter liberdade ou podem permanecer na limitação, mas não
podem ter uma liberdade limitada. Não funciona. E vocês tentam. Vocês tentam. E
digo mais, continuem tentando, porque não funciona. Ou vocês são livres, ou não
são, não são.
Isso
nos leva à colocação, à pergunta que você fez, Edith. Temos escolha?
Certamente. Vocês já fizeram a escolha há muito tempo, cada um de vocês. Do
contrário, não estariam aqui. Estariam em outro grupo qualquer. Vocês já
fizeram uma escolha, e é por isso que estão aqui. E nem sempre é fácil.
Peço,
se puderem, que usem um instante, um momento precioso, pra agradecerem a si
mesmos. Não vamos fazer um merabh nem nada disso, mas será que podem
simplesmente agradecer a si mesmos? Não é fácil, mas vocês estão conseguindo.
Você declarou, você fez a sua escolha, Edith, um tempo atrás. E, de certo modo,
você tentou contradizer as escolhas – você e outros tentaram –, dizendo: “Tudo
bem, mas não quero isso; não quero aquilo.” Me desculpe, mas o trem está indo
pra Libertalândia e você está nele, e não dá pra saltar a esta altura. Porque
você fez uma escolha, de certo modo – e estou simplificando bastante a
coisa –, mas sua escolha lá atrás foi: “Escolho minha mestria, que é a
minha liberdade consciente. Escolho isto e não deixarei que nenhuma escolha
futura, tola, limitada, se sobreponha a ela.”
É uma
coisa, uma dinâmica estranha que vocês todos estabelecem. Vocês dizem: “Faço
esta escolha e não importa o que eu faça ou diga no futuro, mesmo que eu queira
voltar atrás, não vou poder.” Engatilharam isso direitinho. E, então, pra
tornar a coisa ainda mais louca, vocês me chamaram [algumas risadas], pra
garantir que não iriam voltar atrás. Então, vocês não vão. Não vão.
Pensamentos
Assim,
vamos falar um pouco dessa coisa toda que tem a ver com pensamentos. O mês
passado. Pensamentos.
Os pensamentos
são limitados. Todo pensamento é limitado. Ponto final. Se não fosse limitado,
não seria um pensamento. Seria uma percepção sensorial, um sentimento. E não há
inteligência, análise, julgamento nem limitação numa verdadeira percepção
sensorial. Nada disso. Ao contrário, cada pensamento é limitado.
Vocês
produzem muitos pensamentos o tempo inteiro. Eles têm como base crenças. E os
pensamentos depois criam novas crenças e novos pensamentos. Vocês têm novos
pensamentos surgindo tentando suprimir seus outros pensamentos. E então vocês
têm uma poluição de pensamento. Falam de problemas ambientais. Seus pensamentos
é que estão criando um tremendo problema ambiental interno.
Então,
vocês têm todos esses pensamentos surgindo. E depois os pensamentos criam os
humores. Vocês podem andam por aí dizendo: “Estou de mau humor.” Por quê? “Bem,
porque tem esse grande isso ou aquilo cardeal. É por isso.” Não. Não. Não é por
isso. A influência disso é pequena, é leve, mas vocês estão de mau humor por
causa dos seus pensamentos.
O que
Cria os Humores?
Agora,
vamos falar das outras coisas que criam os humores, e depois vou um pouco mais
além. Se puder escrever no quadro… [Ele fala com Vili.] O que mais cria os
humores, além dos pensamentos? Que outras coisas influenciam no humor? É tão
óbvio que chega a doer. Linda segue com o microfone. Sim?
KERRI:
Álcool.
ADAMUS:
Álcool. [Algumas risadas] É verdade. Sim, sim. Vamos chamar de contribuição
química.
KERRI:
É verdade.
ADAMUS:
Drogas, álcool. Como tem sido fumar maconha agora que foi legalizada?
KERRI:
Muito obrigada, me entregando publicamente.
ADAMUS:
Agora que foi legalizada, você pode…
KERRI:
Fui lá. Fumei.
ADAMUS:
… sair do armário.
KERRI:
Fui lá e consegui alguma.
ADAMUS:
Sei, sei.
KERRI:
É. Eu não estava bem no armário.
ADAMUS:
Para propósitos medicinais. Certo.
KERRI:
Só menti pra determinadas pessoas, como Linda; fui uma boa garota. Mas o tempo
todo eu estava me divertindo.
ADAMUS:
Claro. É.
KERRI:
Talvez você não soubesse disso. Não sei.
ADAMUS:
Veja a limitação da coisa. Veja, você teve que esconder que era uma viciada…
quer dizer…
KERRI:
Oh!
ADAMUS:
… que fumava maconha. [Adamus ri.]
KERRI:
Seu desgraçado!
ADAMUS:
Mas, mas…
KERRI:
Eu não tive!
ADAMUS:
… veja, veja isso: “Eu tenho que esconder…”
KERRI:
Sabe, é difícil aqui embaixo. Tá? Trabalhar 40 horas por semana…
ADAMUS:
Linda…
KERRI:
… sem tomar uma cerveja.
ADAMUS:
Eu jamais trabalharia 40 horas. Por favor! Sério?! Conseguem me ver entrando num
escritório?! Tentando achar vaga pra estacionar? Me preocupando se estou cinco
minutos atrasado?
KERRI:
Se sentasse num cubículo, você fumaria um pouco também.
ADAMUS:
Eu não faria isso. Por que você faz, minha cara?
KERRI:
Eu não sei, cara.
ADAMUS:
Oh! Vá pro banheiro!
KERRI:
Oh, droga! Oh, merda!! [A plateia está fazendo “Ohh!”]
ADAMUS:
Pro banheiro! Não, pro banheiro! E não é pra ficar lá no banheiro em pé. Arreie
as calças e sente na privada. [Risadas] E depois quando conversarmos sobre o
seu… Veja, é o seu cubículo. Você só está indo pro seu cubículo, o mesmo lugar
pra onde você vai todo dia. Você dirige seu carro. Você se preocupa se está
atrasada. Você se preocupa com dinheiro. E você se senta na privada todo dia no
seu cubículo. Assim é a vida. Vamos livrar você disso. Vá pra privada!
[Risadas, quando ela vai pro lado de fora pela porta dos fundos, perto do
banheiro.]
Então,
onde estávamos? Ah, no álcool. Então, o que mais? O que mais afeta o seu humor?
[Alguém diz: “O clima.”] Vamos esperar pelo microfone, mas você tem razão.
HOMEM
SHAUMBRA 2: O ambiente ao nosso redor, incluindo as pessoas.
ADAMUS:
Pess… Oh, então as pesso… Vamos colocar relacionamentos, pessoas. Sim. O
que mais? Vamos fazer isso rapidinho. O que mais afeta o seu humor?
MULHER SHAUMBRA 3: O sono.
ADAMUS:
O sono. Com certeza. O sono, a falta de sono realmente afetará o seu
humor, porque vocês vão ficar cansados, e vão ficar realmente irritados. Na
verdade – vocês vão me vaiar –, até certo ponto, ficar cansado é muito bom
pra vocês no momento, não conseguir uma boa noite de sono. Sabem por quê? Porque
quebra algumas de suas defesas, de seus controles e de suas limitações, porque
vocês ficam tão, mas tão cansados, que não têm energia pra sustentar todas
essas barreiras e paredes psíquicas. Então, vocês simplesmente deixam que elas
desmoronem. Então, não me culpem por acordar vocês às 2:22 da madrugada.
[Risadas] Não faço ideia do que vocês estão falando. Então, sim, ficar cansado.
O que
mais afeta o seu humor? [Alguém diz: “Os pensamentos.”] Espere o microfone.
Sim?
HOMEM
SHAUMBRA 3: A falta de tempo.
ADAMUS:
Tempo. Falta de tempo. Ótimo. É. Mas eu volto pra atividade frenética
– atividade frenética neurótica – e, Bonnie, se você não
estivesse empregada numa excelente empresa e fazendo um ótimo trabalho com os
Shaumbra do mundo inteiro, você estaria envolvida com outra atividade
frenética. Realmente estaria. Todos vocês estariam. Digo, há uma tendência
quase neurótica de fazer alguma coisa, especialmente quando vocês sabem que o
fim está próximo. [Adamus para e depois ri.] O fim da sua velha era, o fim da sua
velha maneira de fazer as coisas. Então, é como se precisassem se manter
ocupados pra justificar o ar que respiram e o espaço que ocupam, e vocês não
precisam disso. Não. De fato, ehh, não. Por favor.
Tudo bem, o que mais? O que
mais? Muito rapidinho, o que mais afeta o humor? [Linda entrega o microfone pra
Garret.]
Não
diga aquelas palavras. Qualquer coisa. O que afeta o seu humor?
GARRET:
Música.
ADAMUS:
Música. Sem dúvida. Ah, pode ser algo encantador. Sim. Ótimo. Obrigado.
O que quero que façam é que
comecem a perceber o seu humor. O humor e as coisas que o afetam. O que mais?
Rápido, rápido, rápido, rápido!
LINDA:
Estou correndo! Estou correndo!
ADAMUS:
Uma ou duas palavras. E só.
MULHER
SHAUMBRA 4: O clima.
ADAMUS:
O clima. Com certeza. O clima afeta o seu humor. A pressão atmosférica
cai; isso afeta o corpo de vocês. O corpo está constantemente… Está pronta pra
voltar e se juntar a nós? [Ele fala com Kerri, que está entrando na sala de
novo.] Obrigado. Por que você simplesmente não me mandou pro inferno?
EDITH:
Exatamente!
ADAMUS:
Você não precisava ir sentar no banheiro.
KERRI:
Eu pensei nisso. Eu…
ADAMUS:
É. Nossa!
KERRI:
Eu não poderia dizer isso.
ADAMUS:
Olha, da próxima vez que eu fizer isso, diga: “Adamus, eu sou Mestre. Dane-se.”
KERRI:
[gritando] Eu sou Mestre! Dane-se!
ADAMUS:
Obrigado. Que pena que eu é que tive que pedir.
Tudo
bem. Mais uma pessoa. O clima afeta vocês. O que mais? O que afeta o seu humor?
MULHER
SHAUMBRA 5: Bom, “relacionamentos” já está na lista.
ADAMUS:
Relacionamentos, com certeza.
MULHER
SHAUMBRA 5: Família.
ADAMUS:
Mas vamos sugerir algo novo.
MULHER
SHAUMBRA 5: A natureza. Sim.
ADAMUS:
Natureza. Claro. A natureza pode afetar o seu humor.
Bom, do meu ponto de vista,
muitas coisas afetam o humor de vocês. O alinhamento das estrelas, os
alinhamentos cósmicos, com certeza, podem afetar o seu humor. Vocês têm um
acontecendo agora mesmo. Ele não rege o seu dia. Não coloca vocês numa prisão
nem liberta vocês, mas afetará o seu humor. Vai alterar o modo com que vocês
interagem consigo mesmos e com a realidade artificial ao redor. E muito.
A
razão pela qual falei de humor é porque, muitas vezes, vocês se tornam escravos
do seu humor. “Estou de mau humor por causa… do clima. Estou de mau humor
porque o mundo está desmoronando. Estou de mau humor porque…” Normalmente, de
fato, as “pessoas” seriam o item número um da lista.
Uma
coisa que não foi citada aqui é a sua saúde, o seu bem-estar físico.
Muitas vezes, vocês se levantam de manhã e dizem: “Algo dói hoje, ou não?” Sim,
a dor no corpo causa um tremendo efeito no seu humor. Se vocês têm
artrite, se têm diabetes, se têm dores de cabeça, se têm qualquer tipo de dor
física, com certeza, ela afetará o seu humor.
Mas o
que acontece é que vocês se tornam escravos do humor. Em outras palavras:
“Estou de mau humor hoje, então, vou… [Alguém diz: “Ficar pra baixo.”] … ficar
pra baixo. Esse é o meu destino.” Ou, vejam bem: “Isso está sendo imposto a
mim.” Ou: “Alguém me odeia.” Ou o que for. Ou: “Não consigo lidar com o meu
humor.” Eu não disse “controlar”; eu disse “lidar com o meu humor”. Então,
vocês dizem isso, e o que vocês fazem? E eu repito que é como o clima. O humor
de vocês está de um jeito e o que vocês fazem? Vocês esperam que ele mude.
Vocês esperam que ele mude, mas o fato é que os humores… a maioria dura cerca
de dois dias, talvez três, no máximo. Os humores humanos mais corriqueiros.
Vocês têm humores mais complexos, mas isso fica pra outro Shoud.
Assim,
vocês têm essas alterações de humor e ficam indo de um humor a outro. Os humores
são criados pelos pensamentos. Os pensamentos não são reais. São limitados, e
vocês ficam indo de um humor a outro. E quando digo “vocês”, estou falando dos
humanos em geral. Vocês estão
superando tudo isso.
Mas o
que acontece aqui é que vocês começam a se tornar conscientes. Vocês se tornam
muito conscientes de: “Ei, são essas as dinâmicas ocorrendo na minha vida. Hah!
É isso que está acontecendo. Pensei que estava maluco.” Vocês não estão. Só não
estão totalmente conscientes disso ainda. Vocês não estão malucos.
Não
tem nada de doido em vocês. Vocês só ficariam doidos se aceitassem suas
limitações, e vocês não aceitam. Não mesmo e é por isso que estão aqui. Vocês
só ficariam doidos se dissessem: “É assim que é e estou feliz com isso.”
[Risadas] Eu questionaria. Eu realmente questionaria vocês. Eu diria que vocês
ou estão com alguma coisa ou encontraram um jeito incrível de se iludirem tanto
que conseguem sorrir. E isso raramente acontece. As pessoas iludidas conseguem
dar um sorriso falso, quando geralmente estão muito atormentadas por dentro.
Mas estão tão iludidas que chegam a dizer: “Estou bem. E você?” É. “Este não é
um planeta maravilhoso pra se viver?” [Algumas risadas pelo sorriso falso de
Adamus.] “Mal posso esperar pela minha próxima existência.” [Adamus ri.]
“Tchau. Vou brincar com os golfinhos.”
Assim,
meus caros amigos, os humores, eles estão por aí. E o que estou tentando fazer
é torná-los conscientes dessas coisas que afetam o seu entendimento de si
mesmos, que afetam a sua posição.
Não há
mágica em nada disso. Ninguém vai sacudir uma varinha mágica. Só o que há são
vocês se tornando conscientes de como chegaram aqui.
Agora,
por experiência pessoal… Cauldre está me pedindo pra encerrar, mas acabei de
começar. [Algumas risadas] Por experiência pessoal, aprendi uma coisa muito
importante no meu – aham – longo encarceramento, na minha prisão. Não importa
no que se metam, vocês também podem sair disso. Em outras palavras, ninguém
mais vai fazer isso por vocês. Se entraram, também podem sair. Se têm uma
consciência limitada, vocês também podem se livrar disso.
Mas a
pergunta que venho fazendo, particularmente para os humanos que despertam, não
tanto para os Mestres… Mas a pergunta que sempre faço é: Estão realmente
prontos? E já tratamos disso em nossas conversas. Será que vocês estão
realmente prontos pra sair dessa prisão, sair de suas limitações? E geralmente
o que consigo é: “Bem, mas…” Essas costumam ser as primeiras palavras. “Bem,
mas…” Ou, às vezes, vejam bem: “Sim, mas…” Ou, às vezes, só: “Eu não sei.”
[Adamus ri.]
Vocês
podem sair disso, e basicamente vocês saíram. E agora estão passando pelo
processo de transformação.
Vocês
não têm que se esforçar; vocês já saíram da prisão. Isso ficou decidido há
muito tempo, Edith, quando disseram: “Estou fora.” Porque, vejam bem: “Foi
divertido ficar nessa limitação por um tempo e desempenhar os diferentes
papéis, e fazer as coisas que fiz, mas chega. Estou fora.”
Então,
agora que vocês tomaram essa decisão, está feito, e agora vocês só vão passar
pela transformação. A alquimia acontece depois da decisão, não antes. Então,
vocês estão só passando por isso.
Se eu pudesse simplesmente fazer
vocês respirarem fundo, relaxarem em sua iluminação e pararem de se preocupar
se ela vai acontecer… Bem, sim. A pergunta é como é ela vai acontecer, e isso é
com vocês. Vocês respiram bem fundo na simplicidade e na percepção, no Eu Sou,
e deixam que ela venha.
Agora,
quero mencionar outra coisa aqui bem rapidamente e depois fazer um… fazer um merabh
de verdade.
Escuridão
Duas
coisas são realmente desafiadoras pra muitos de vocês, quando a questão são os
humores, os pensamentos e tudo isso. E essas duas coisas são: número um, o lado
obscuro de vocês, o lado negativo. Vocês simplesmente não querem encará-lo,
então, fogem dele. Vocês não querem incorporá-lo. E, sinto muito, mas vocês não
podem apenas, apenas, incorporar
a luz. Vocês não podem apenas incorporar a luz.
Usamos
um termo do outro lado, que é bem estranho; nós chamamos de anost. É
como gnost, como o “a” em a-gnost, e significa que existe uma
predisposição para a luz. Vocês tentam ser a luz. Não vai funcionar. E vocês
vão tentar ser felizes e encantadores e se tornar luz e… É um acomodador
espiritual, e simplesmente não vai funcionar. E todo Mestre percebe isso ao longo
do caminho. É como: “Oh, merda. Eu também sou a escuridão.”
Na
realidade, está começando um fenômeno social interessante, e vocês devem saber
exatamente de onde ele veio. Chama-se obscurecimento (endarkment).
Obscurecimento. Entendam, nós temos a iluminação (enlightment) e há um
novo movimento social psiquiátrico chamado obscurecimento. Interessante. Fico
imaginando de onde isso veio! [Algumas risadas] Porque… porque muito da questão
do humor é se afastar da escuridão. Em outras palavras: “Estou com determinado
humor. Ele é sombrio. Não gosto dele. Vou me afastar disso.”
Então,
há essa tendência de se afastar de tudo que é sombrio em relação a si,
incluindo todas as lembranças que têm do passado, e do passado nesta
existência, apagando-as, afastando-as, tentando corrigi-las, tentando
processá-las. Não, meus caros, bebam todas elas – a escuridão, a luz,
tudo isso –, porque se estiverem desequilibrados, tendendo pra luz, vocês vão
aprender algumas coisas interessantes do jeito mais difícil, mais doloroso.
Vocês
não têm a iluminação através da luz. Também é preciso beber a escuridão.
Agora,
logo – arre! “Se eu beber,
respirar a minha escuridão, não estarei aceitando as coisas ruins em relação a
mim?” Bem, sim, mais ou menos, de certa forma, mas elas não são realmente
ruins.
O
próximo grande obstáculo é esse: “Oh, minha nossa, e se eu entrar no
obscurecimento, aceitar a escuridão e me tornar ‘do mal’?” Do mal. E observem –
se puder me dar a caneta [falando com Vili] –, observem. [Ele escreve no
quadro.] A palavra “evil” (mal) também é “live”
(vida) e “veil” (véu) [misturando as letras]. Então, vejam, isto
é Satã. Em inglês, pra quem não entende inglês… Mas, em inglês, é um jogo de
palavras interessante aqui.
Então, vocês perguntam: “E se eu
for para o obscurecimento, permitindo minha escuridão? Permitindo…” Agora, o
que é escuridão? Tobias contou pra vocês anos atrás. São as coisas que vocês
não gostavam em vocês. É a sua divindade. As coisas que vocês não permitiam em
vocês. Mas há esse medo enorme. “E se eu for ‘do mal’?” E o que é mal?
Bem,
pessoas dirão que é escuridão, que é... Vejam, essa é uma questão filosófica
acima de tudo, mas o mal é apenas a consciência de massa expressando a
escuridão suprimida dos indivíduos. Muitos indivíduos reprimem sua escuridão
pessoal. Bom, isso acaba indo pra consciência de massa, pra grande matriz e lá
fermenta, e fede muito, é um gás e explode.
Uma
pessoa pega isso – um indivíduo – e se torna “do mal”. Mas, de certa forma, é
apenas uma expressão da escuridão que há dentro de todas as pessoas. Não
atende, necessariamente, todas as pessoas ter essa uma agindo com maldade, mas
é exatamente o que está acontecendo. Uma pessoa meio que gosta, entra na
escuridão no que se refere a asteroides, e fica má.
Então,
a pergunta é: E se vocês se obscurecerem, bem como se iluminarem? Será que vão
ser maus? O que é isso? É um pensamento. Então, eu peço que sintam isso, em vez
de pensarem nisso.
E se
vocês também permitirem o que chamam de escuridão, sejam suas lembranças, sejam
seus sentimentos? Entendam, até essa irritação, tão predominante no momento,
essa frustração, é um pouco de escuridão, é algo meio sombrio, vejam bem.
Podemos rir com relação a isso, mas, se formos mais além, erghhh, pode ficar
muito nebuloso.
E se
vocês se obscurecerem, em outras palavras, se permitirem isso? A ponto de serem
capazes de dizer categoricamente: “Não quero nem meu cachorro por perto.”
Vejam, colocar no jornal e tudo, na primeira página? Vocês apareceriam ao lado
do Don Sterling. (N. da T.: Magnata americano que andou fazendo declarações
racistas.) [Risadas] Quero dizer, as pessoas pensariam: “O que tem de errado
com essa mulher?! Ela não quer nem o cachorro dela. É isso que o Círculo
Carmesim ensina? Eles não suportam os outros? Acham as pessoas repulsivas?” É,
realmente. E particularmente os jornalistas que escrevem coisas estúpidas iam
adorar. [Algumas risadas]
Agora,
isso leva a outra coisa, e essa vai ser complicada. O que estamos falando aqui
é de estarem conscientes do que são as limitações pra que possam realmente
deslizar pra liberdade.
Depressão
A
outra coisa [número dois] é a depressão. Depressão. É uma coisa interessante.
Não costumávamos ter depressão. Em Atlântida, não havia essa coisa de
depressão. Não. Por quê? Bem, porque vocês sempre estavam com outras pessoas.
Vocês sempre tinham um projeto. Vocês sempre tinham algo em que trabalhar,
juntos, e era uma grande... Foi onde surgiu o Kumbaya, em Atlântida.
Não, literalmente. Havia um lugar chamado Kumbaya, que foi usado pra dar origem
a uma expressão, e até fizeram uma música! (N. da T.: Kumbaya é uma
música espiritual criada nos anos 1930 e muito popular nos anos 1960; a
palavra, originalmente, estava associada à unidade entre o humano e o
espiritual, mas, recentemente, passou a ser citada para sugerir falsa moral,
hipocrisia e otimismo ingênuo.) [Algumas risadas] Foi lá. Muitos de vocês
estavam lá, em Kumbaya, e agora é uma piada. Mas... [Ele ri.]
Não
tinha depressão lá atrás. A depressão é relativamente um fenômeno recente. A
depressão ocorre quando os pensamentos suprimem a energia de força vital e a
paixão do Eu Sou, a ponto de criar tamanho véu que parece que nada mais resta.
A depressão carece do que chamo de fluxo de energia. A energia simplesmente
para. Há muita energia na depressão. Se pudéssemos achar um meio de perfurar a
depressão, extrairíamos muita energia, mas ela está parada numa lama, num
piche. Não se move. Está sem inspiração.
Então,
depressão é a mente que gerou tantos pensamentos, tantas ideias, crenças e
pequenos truques e métodos que nada disso funciona. E a mente fica
essencialmente dizendo: “Não sei mais o que fazer, só sei que vou entrar em
estado de depressão.”
Depressão
é mais como um estado de animação suspensa. Animação, não é bem o caso; é um
estado só de suspensão. Alguns chamariam de um nada, mas na realidade é muito
plena. É de fato muito plena. E os que têm depressão provavelmente
argumentariam, dizendo que não há nada. Não, fica-se melhor com nada do que com
depressão. Depressão é uma imensa quantidade de energia sem inspiração. Que não
vai pra lugar nenhum.
[Linda
gesticula com relação ao tempo.] Tempo? Ah, você gostou da minha roupa hoje, é
o que está dizendo? Ah, temos muito tempo.
Então,
a depressão é um estado de energia suspensa, sem inspiração, motivação, liberdade.
E que desistiu, está parada. Então, o que a humanidade faz pra tentar tirar as
pessoas da depressão? Dão drogas, e vocês sabem que não sou a favor disso. E,
quando digo que não sou a favor, quero deixar claro e dizer que, quando falo
sobre isso, estou falando com vocês. Não estou falando com o resto do
mundo. Não estou dando uma de médico ou de psiquiatra pro resto do mundo. Estou
falando isso pros Shaumbra. E há diversas razões pelas quais vocês não devem
tomar – ou pelas quais não recomendo que tomem – versus o
público em geral. Mas, tendo dito isso...
Então,
a depressão, a escuridão e a depressão são dois fatores muito desafiadores. E
daqui a pouco vou pedir a vocês que realmente as bebam, ou respirem, ou
permitam.
Vocês
permitiram a luz, a felicidade, sentir-se bem e todo o resto, mas o fato é que
há muito mais coisa. Há energia mesmo na escuridão. Há percepção na irritação
de vocês. Há coisas boas, há benefícios em algumas coisas difíceis pelas quais
vocês estão passando. E a pior coisa que vocês fazem, realmente a única coisa
que fazem que estraga tudo, é se perguntarem o que estão fazendo de errado.
Isso leva à depressão, por sinal, porque é um pensamento, é uma limitação. “O
que estou fazendo de errado?” Bem, há um pressuposto de que vocês estão fazendo
algo errado. E eu digo pra vocês assumirem que tudo que fazem é certo. E vocês
dizem, sua mente diz: “Bom, não estou bem certo se posso assumir tudo. Vou
assumir uma parte.” Daí, vocês não dormem à noite.
Então,
o único problema real aqui, e vocês sabem exatamente do que estou falando, é
que vocês continuam se perguntando: “O que estou fazendo de errado?” E eu digo:
“Nada.” E aí vocês ficam aborrecidos comigo. Temos essas longas argumentações à
noite, e vocês dizem: “Mas eu sei que estou fazendo algo errado, do
contrário...” Eu digo que não. Vocês fizeram uma escolha há muito tempo, Edith,
referente a isso, de se transformarem, e vocês estando tentando fazer isso numa
única existência. E está funcionando. Funciona, se vocês simplesmente puderem inspirar
isso.
Assim,
vou voltar pro início do dia de hoje, quando eu cheguei e disse: “Vamos
respirar fundo.” E o que vi foi essa respiração superficial fraquinha, anêmica,
sem inspiração. E Aandrah veio aqui e tentou fazer com que respirassem e alguns
caíram no sono. [Algumas risadas] E depois tivemos que falar por duas horas – duas horas – sobre algo muito
simples, e que se trata de permitir, se trata de vocês, se trata de beber tudo
isso, se trata de parar de dizer “O que estou fazendo de errado?” Nada.
Será
que poderiam apenas...? Vocês vão superar isso quando, enfim, disserem: “Ah,
sim, tá. Vou simplesmente parar de me preocupar.” Vocês vão dizer: “Deus, que
lembranças maravilhosas!” Não estão dizendo isso por enquanto.
Merabh
para Beber a Vida Profundamente
Assim,
vamos respirar fundo. Faremos um merabh relativamente curto aqui.
Diminuam as luzes, por favor.
Certo,
vamos respirar bem fundo, colocar uma musiquinha. Música é sempre agradável.
Sim, a música afeta o humor de diferentes maneiras.
Vamos
respirar bem fundo.
E,
neste momento sagrado e precioso, vou pedir a vocês que, mais uma vez, se deixem
ir além dos pensamentos.
[Pausa]
Um
Mestre bebe tudo isso. Um Mestre bebe profundamente. Um Mestre bebe muito
profundamente tudo isso – sua escuridão, sua depressão, suas alegrias e sua
luz. Um Mestre bebe muito profundamente a vida.
E aqui
estão vocês, depois de muitas, muitas existências. Enfim, chegaram a este
ponto. Chegaram lá, conseguiram. Estiveram aí, fizeram isso. Se tornaram
Mestres entediados, por um tempo, porque estão limitando o fluxo de energia.
Vocês
não querem mais da mesma coisa velha, e eu dou a maior força. Vocês não querem
mais o ontem. Vocês não querem mais as mesmas rotinas e padrões. Devem se
orgulhar disso.
Vocês
não querem repetir os padrões infinitamente. Vocês não querem só passar pela
vida. Vocês não querem simplesmente um relacionamento. Oh, vocês preferem não
ter relacionamento algum a ter um, só por ter.
Vocês
não querem só ir levando a saúde, só esperando não contrair nenhuma doença
fatal. Oh, meus amigos, vocês estão com tudo concluído. Tudo concluído, mas, ao
mesmo tempo, estão prontos pra algo novo.
Vocês
sabem que está aí. Vocês sabem disso. O que quer que seja, essa coisa além das
palavras, vocês sabem que ela está aí. Vocês estão prontos.
Mas
acontece um tipo de paradoxo, nesta altura; por não quererem mais da mesma
coisa, vocês se limitam, vocês se seguram. Vocês não respiram como monstros,
monstros enlouquecidos. Vocês se seguram.
Assim,
hoje, todo este dia foi pra mostrar que o Mestre bebe profundamente, respira
profundamente, vive profundamente, dorme muito profundamente.
O
Mestre entende que o único tipo de controle deve ser o controle muito
consciente. Em outras palavras, vocês têm consciência de que controlam
deliberadamente. O que não é apropriado é o controle inconsciente. Acontece
todo dia, milhares de vezes por dia – controles e limitações
inconscientes. Tudo bem controlar e conduzir as coisas, mas de maneira
consciente.
Um
Mestre bebe profundamente, mesmo a sua escuridão. Sem tentar controlá-la; sem
tentar evitá-la. Bebe ainda mais profundamente a sua escuridão, a sua tristeza.
Um
Mestre bebe profundamente a vida.
E
ainda pode haver uma preocupação de que, se beberem profundamente a vida agora,
possam ficar presos nela, possam ter que voltar, possam ficar perdidos de novo.
Mas vocês não vão. Não vão, porque vocês assumiram esse compromisso e tomaram
essa decisão pra si mesmos. Não vão, porque eu não vou deixar.
Vocês
podem beber profundamente a vida que não vão ficar presos nela.
O que
era, o que era essa paixão, essa paixão profundíssima da qual falamos em nossa
experiência musical anterior? Eu não quero realmente colocar em palavras, mas
vou dar uma dica. Era viver. Era viver.
E não
apenas existir. Não apenas passar pela vida. Mas, depois de todas essas
existências e encarnações, a paixão era viver. Era isso.
Vocês
não vão ficar presos. Vocês não vão ficar perdidos. Vocês vão viver.
Vocês
podem viver irritados com as pessoas, às vezes. Algumas energias e a
consciência muito limitada do planeta podem deixá-los loucos, às vezes, mas
ainda assim vocês podem viver. Essa é a paixão. Esse é o envolvimento, o
comprometimento sensual.
Muitas
outras coisas acontecem. Quando vivem, vocês se tornam Standards pros
outros. Quando vivem, vocês têm vitalidade, saúde e abundância. Quando vivem,
vocês inspiram as pessoas. Mas a alegria, a paixão, é somente viver
– amplamente, desenfreadamente, abertamente.
Assim,
eu peço que vocês aproveitem este momento pra beberem profundamente, comerem
profundamente, amarem profundamente, respirarem, vivenciarem todas essas coisas
profundamente.
O
Mestre bebe tudo profundamente.
Os não
despertos, eles bebem muito superficialmente. Mas o Mestre bebe profundamente,
destemidamente, sem limitações.
[Pausa]
Agora,
respirem de novo, se puderem, sem forçar, mas ainda assim profundamente. O que
isso quer dizer? Que vocês não forçam a inspiração nem a expiração, mas ainda
assim respiram fundo. Como vocês fazem? Simplesmente, fazendo.
Quando
vocês respiram profundamente sem forçar os músculos nem fazer qualquer força,
de repente esse ar, essa energia, simplesmente flui, se move, entra no seu
corpo, entra em seus pensamentos. Vocês podem respirar profundamente sem forçar
nada.
Estão
vendo como é que funciona? Vocês podem beber profundamente a vida sem forçar
nada.
[Pausa]
Adoro
o fato de vocês estarem se permitindo ir além do pensamento agora. Digo, em
geral, nestes dias, vocês estão indo além do pensamento, na verdadeira
percepção sensorial, na sensualidade da vida. Essa é a liberação real. Isso é
realmente ir além da prisão.
Está
acontecendo um pouco disso aqui hoje – apenas o sentimento.
Vamos
juntos respirar bem fundo a vida.
Vocês
estão passando para um novo estágio, uma nova fase. Literalmente, deixando este
espaço agora. Ele serviu bem a vocês. Vocês estão passando para o seu novo
espaço, literalmente, e no sentido figurado. Nem sempre é fácil. Eh, exige
muito trabalho, dizem, construir esse novo lugar, exige muito dinheiro, mas ele
está todo lá à disposição.
A
mesma coisa está acontecendo com vocês, na vida pessoal. Vocês estão deixando
pra trás sua biologia ancestral. Vocês estão deixando pra trás os pensamentos.
Vocês estão deixando pra trás a consciência de massa, indo pro seu próprio
espaço agora. Nem sempre é fácil. Muitas lembranças boas também, mas, meus
queridos amigos, é isso que vocês escolhem e, portanto, assim é.
E, se
por acaso tiverem dúvidas, medos ou preocupações, respirem fundo e
lembrem-se...
ADAMUS
E A PLATEIA: Tudo está bem em toda a criação.
ADAMUS:
Obrigado, queridos Shaumbra. Obrigado. [Aplausos da plateia]