OS MATERIAIS DO CÍRCULO
CARMESIM
Série da Descoberta
SHOUD 3: “Descoberta 3” –
Apresentando ADAMUS,
canalizado por Geoffrey Hoppe
Apresentado ao Círculo Carmesim
em
2 de novembro de 2013
www.crimsoncircle.com
Eu Sou o que Sou, Adamus of Free
and Sovereign Domain.
Ah! Alguns vieram desta vez.
Bem-vindos. Saudações.
Ter um Corpo
Que bom ver tantos aqui! Que
corpos adoráveis vocês têm! Hum. [Algumas risadas] Não, é sério. É sério. Podem
imaginar a alegria de ter um corpo e estar nele? Oh! Mal consigo me lembrar dos
dias em que eu tinha um corpo físico. Ah, sei que às vezes vocês o amaldiçoam.
Praguejam contra ele. Às vezes, ele dói demais. Às vezes, fica velho... talvez
com algumas rugas aqui e ali... mas que delícia é ter um corpo
físico.
Estou ocupando o corpo de Cauldre
só por alguns minutos aqui, o que é ótimo, mas, meus caros amigos, ter um corpo
assim... Respirem fundo dentro dele. Oh! Não é isso que torna vocês humanos.
Não, o corpo não é o que os torna humanos. Não. É a consciência – ou, digamos, a
consciência limitada –, é a percepção a partir da qual vocês operam. É isso que
os torna humanos. Só porque têm um corpo físico, isso não torna vocês humanos.
Não é só isso. Vocês podem sair pelo cosmos e levar o corpo com vocês. Não é pra
ele que vão olhar. Vão olhar pra essa perspectiva de vocês, pro nível de
consciência.
Mas ter um corpo... que coisa
incrível! Vocês podem ser sensuais, e mesmo sexuais, Edith.
EDITH: É, pode apostar.
ADAMUS: Sim. Obrigado, é. Temos
conversado. Bom ver você de novo, minha querida. [Ele dá um beijo
nela.]
EDITH: Obrigada.
Obrigada.
ADAMUS: Ter essa coisa chamada
corpo. Simplesmente, respirem nesse corpo um instante. Ohh! Comam, amem nesse
corpo, sim, porque, bem, vocês vão precisar dele. Vocês têm muitos anos pela
frente neste planeta. São boas novas, não são, Larry? Você está sorrindo, Larry.
Larry, e essa abundância?
LARRY: Vai bem.
ADAMUS: Vai bem. Continue pensando
nisso. Ela virá pro seu caminho.
Então, respirem no corpo. Vocês
têm muitos anos pela frente no planeta. Não, vocês não vão partir em breve.
Embora, de vez em quando, vocês imaginem isso, pensem nisso: “Oh, que alívio
sair desta consciência humana.” Não. Vocês vão sair do corpo e ainda levar essa
consciência humana com vocês.
Ah, e isso é uma medalha de honra,
por sinal. Vocês vão para as outras esferas, ora, vocês vão para as esferas
Próximas da Terra, e dizem: “Acabei de chegar de outra experiência biológica
humana.” Ah, eles cumprimentam vocês. É. Vocês vão pra essas outras dimensões
com alguns seres alienígenas... ah, é uma honra ter sido um humano
encarnado.
Assim, respirem fundo em seu
corpo, o amem e o apreciem.
Adamus
Esta faceta de Saint Germain que
se chama Adamus, ou Adamus (pronunciado como Ádamas), eu adoro. Adoro. É como
uma cocriação entre mim e vocês, Shaumbra. Eu tinha vontade de fazer isso, mas
não fiz até ter um grupo com quem fazer isso, até vocês chegaram, e então
criamos o Adamus. Muito legal, não é? [Algumas pessoas dizem que sim.] Sim. Sim.
[Adamus ri.] Sim, duas pessoas disseram... [Risadas] Três, se Linda estiver
pensando nisso. Ela pode se deixar influenciar.
Não, eu amo a persona de Adamus, esta faceta de
Saint Germain, porque, vejam bem, existem muitos mensageiros de Saint Germain
por aí. Alguns têm contrato, um acordo comigo. Outros me sentem e sentem essa
essência, mas Saint Germain é meio chato. É meio chato. Se vocês já leram...
[Alguns concordam; Adamus ri.] É, vocês já leram
alguns livros! [Alguém diz que sim.] Ohhh! [Ele finge que boceja.] E devo
dizer... sem querer me eximir da responsabilidade, mas devo dizer que não é só,
necessariamente, o Saint Germain que é meio chato.
Vocês sabem que há uma espécie de
tensão, às vezes, nessa jornada espiritual, tipo uma reverência, meio que uma
falsa reverência. Então, conseguir quebrar esse Saint Germain meio chato é um
alívio pra mim. Posso vir aqui. Posso entrar no corpo de Cauldre. Posso estar no
corpo de muitos de vocês também, tudo ao mesmo tempo. Posso levar alegria. Posso
fazer rir. Posso ser irritante. Posso ser desagradável, e podem esperar...
[Risadas]
LINDA: Tudo isso. Sim, tudo
isso.
ADAMUS: ... porque temos muito
tempo pela frente.
LINDA: Hã-hamm.
SART: Merda!
ADAMUS: Adamus é a cocriação,
vocês e eu. É a parte de vocês que realmente gostaria de surgir e ser
irreverente, ser indisciplinada, e de fazer as coisas que, normalmente, vocês
não associam à espiritualidade. Mas há essa perspectiva, esse envoltório de como
supostamente é ser espiritual. Vou dizer uma coisa, e vamos falar sobre isso
hoje. Vocês não chegam no céu nesse carro, nesse carro espiritual. [Algumas
risadas] De jeito nenhum. Vou mostrar a vocês por que e por que não.
Assim, é bom estar aqui com vocês e me divertir. Para os
que estão se conectando pela primeira vez, hoje eu vou ser engraçado. [Aplausos
da plateia] Porque Adamus é vocês e sou eu, certo? Hoje vou ser provocador,
comumente chamado de... [Alguns fazem “yeah” e poucos aplaudem.] Foram menos
aplausos desta vez. Comumente chamado de irritante. Vou ser Irritante. Ah, por
quê? Porque vocês querem isso – nós queremos –, porque vamos encontrar a
saída. Vamos encontrar a saída, e hoje, definitivamente, examinaremos
isso.
Para alguns que estão se
conectando pensando que vão receber uma mensagem espiritual bacana, não. Nós
vamos ser rudes. Vamos ser muito grossos, às vezes. Vamos fazer coisas que nunca
esperariam que acontecessem num grupo espiritual, exceto uma orgia. [Risadas]
Mas, fora isso – fora isso, meus caros – vamos sair da caixa espiritual
hoje.
Assim, peço a vocês, se estiverem
assistindo pela primeira vez, ou mesmo segunda, e se estiverem assistindo e
pensando “onde fui me meter e o que estão fazendo lá?”, por favor, experimentem
ver até o fim, porque é a história de vocês – da chatice à iluminação. Humm. É
isso mesmo. [Alguns aplausos e assovios]
Fazemos isso de forma um pouco diferente aqui, porque
vocês permitem. Alguns permitem. Reparei que não tem muita gente hoje. Vocês
pensavam, com profunda sabedoria, a sabedoria das eras, que vem através destes
Shouds – de vocês; eu apenas transmito de volta pra vocês –, vocês pensavam que
a profunda sabedoria que isto aqui contém traria alegria pra esta existência,
pouparia vocês de mais 30, 40, 50 existências; o humor com que tratamos isso, a
incrível sabedoria – tudo sem custo nos Shouds mensais –, vocês achavam que
teria uma fila lá fora descendo pelo canyon até Denver e mesmo Kansas,
com as pessoas esperando ouvir isto, não pensavam? Não pensavam? [Alguém diz que
sim.] Digo, vocês pensavam que a televisão estaria aqui com seus caminhões
transmitindo isto por satélite, em rede nacional, por causa da profunda
simplicidade que vocês estão descobrindo.
LINDA: Não. Mas a NSA está aqui.
[Algumas risadas] (N. da T.: A NSA – National Security Agency – é a Agência de
Segurança Nacional dos Estados Unidos.)
ADAMUS: Pode ser que aprendam
alguma coisa. [Mais risadas]
Vocês achavam que custaria pelo
menos mil e duzentos dólares para participar desta sessão e poder tocar na
mão... Vá em frente, é de graça hoje. [Risadas quando ele dá a mão pra alguém
tocar.] Ser capaz de tocar na mão de Adamus, que é realmente vocês. Vocês
achavam, mas não. Eu olho aqui para a plateia e... é claro, da última vez eram –
mês passado – bichos de pelúcia.
Agora, será que podem imaginar
como é, pra mim, voltar ao Clube dos Mestres Ascensos e eles perguntarem:
“Adamus, como foi a reunião hoje?” Ótima. Ótima. [Algumas risadas] “Oh, sério? A
plateia, estava cheia?” Ah, sim. Ah, claro, claro. “Como estavam todos esses
humanos?” Hummm, estavam um pouco quietos hoje. [Mais algumas risadas] Sim, mas
realmente captaram a mensagem, sim, para mudarem. [Mais risadas, inclusive de
Adamus]
Vocês achavam que a sala hoje
estaria cheia. Daí, são necessários mais 42 minutos pra dirigir até aqui, em
Coal Creek Canyon, mais 42 minutos para a sua iluminação. Vocês achavam. Mas,
não, algumas pessoas simplesmente não vão tomar nem 10 minutos do tempo delas –
agendado com caos, agendado com drama e agendado seja lá com o que for. Elas não
usariam nem três minutos pra chegar até aqui.
Então, quando abri os olhos agora
e vi que meia sala estava cheia de piratas durões – aargh, aargh, aargh, aargh,
aargh! [a plateia também está dizendo “Aargh”] aargh! –, eu disse pra mim mesmo:
“Adamus, Saint Germain, Shakespeare”, todos os meus outros nomes, eu disse pra
mim mesmo – isso é bem confuso, por sinal –, eu disse pra mim mesmo: “O que
fazer? O que fazer com o grupo pequeno, mas durão, que está aqui hoje?” Temos
umas duas horas pra falar de iluminação; o que fazer?
E
eu pensei sobre isso um instante e disse: “Adamus, o que você faria? O que
vocês fariam
– vocês, Shaumbra, que estão aqui –, o que vocês fariam, enquanto humanos,
quando os outros não estão? O que vocês fazem no dia a dia quando não tem
ninguém em volta? O que vocês fazem quando vocês estão lá, talvez com outras
poucas pessoas, e... O que vocês fazem quando vocês se reúnem com a família e
alguns membros não estão lá? O que vocês fazem? [Alguém diz: “Falamos sobre
eles.”] Vocês falam sobre eles! E é isso que vamos fazer hoje! [Risadas e
aplausos]
Fofoca sobre
Shaumbra
Nós vamos fazer fofoca. [Algumas
risadas] Não tem nada de errado com isso; vocês podem ser iluminados e falar da
vida alheia. Aliás, quanto mais iluminados, mais fofoca vão fazer. Mais
engraçado isso fica. Por quê? Porque, daí, não é maldoso. São histórias
divertidas. São histórias muito divertidas. Então, hoje, vamos falar daqueles
que não estão aqui. [Algumas risadas]
Agora respirem fundo. Liberem a
tensão espiritual que possam ter com relação a isso. Linda, querida Linda,
poderia se levantar um instante?
A querida Linda se esforça muito
pra não fazer fofoca. [Algumas risadas quando ela concorda.]
LINDA: Eu me saio bem.
ADAMUS: Ela se esforça muito pra
não fazer fofoca, e às vezes toda a sua força de vontade pra segurar a língua,
embora sua mente não se segure tanto. Ela se esforça, mas hoje você tem
permissão pra fofocar. Você, Linda, vocês, Shaumbra, que estão aqui, e os poucos
que estão conectados hoje. Vejo que há uns poucos, mas não muitos. Vocês estão
tão ocupados que não conseguiram se conectar para a iluminação hoje, os que não
estão aqui? Os que estão, por favor, juntem-se à nossa fofoca de hoje. Vamos
falar dos Shaumbra. Isso.
Agora, Linda, você precisará do
microfone. Eu precisarei do quadro pra registrarmos a essência disso tudo. [Ele
está tirando um banquinho do caminho, entregando-o ao David.] Tome. [Adamus
ri.]
LINDA: O quê?!
ADAMUS: A essência dos
Shaumbra.
Assim, procurem sentir os
Shaumbra. Vamos listar as peculiaridades – peculiaridades dos Shaumbra aqui –
usando um adorável... [Adamus desenha um bonequinho com um tapa-olho de pirata.]
Não sei bem se isso é um sorriso. Então, o que dizer dos Shaumbra? Só estamos
nós aqui.
Assim, Linda, você leva o
microfone, por favor, para os piratas durões que estão aqui. Vamos falar dos
atributos dos Shaumbra do ponto de vista de coisas como... [Ele tenta levantar a
aba lateral do flipchart.] Coisas como... [Ele consegue.] Asa de anjo!
Ah, sim. Pegue uma fita adesiva, por favor. [Ele arranca a folha do bonequinho
no quadro para pendurá-la na aba lateral.] Sim, muito esperto. Do ponto de vista
de seus desejos. O que os Shaumbra desejam? Do ponto de vista de suas crenças.
Em que eles acreditam? Do ponto de vista de suas verdades. Quais são as suas
verdades? Em outras palavras, o que é realmente verdadeiro pra eles? Do ponto de
vista... [Ele fala com Linda.] Pendure com a fita isso aqui. Você tem que fazer
tanta coisa...
LINDA: Tão complicado. [Linda cola
o desenho na aba do flipchart.]
ADAMUS: Do ponto de vista da
realidade dos Shaumbra... da realidade. O que dizer dos Shaumbra? Hum.
[Ele escreve.] Peculiaridades
dos Shaumbra. Vocês sabem como às vezes citam todas as características das
pessoas. Bom, alguém não se sente à vontade pra fofocar? Podemos desligar as
câmeras, os microfones e tudo mais. Alguém... Desligar as luzes... É, sim, sim!
[Adamus está rindo.] Querem colocar sacos na cabeça? [Algumas risadas] Senti, de
repente, uma queda de energia na sala, tipo “Ugghhh!” Não, não, está tudo bem.
Eles não se importam. Não estão aqui. Então, vamos falar sobre eles. Linda, leve
o microfone, por favor. Vamos começar. Pensem nisso. Quais são os desejos deles?
Vamos começar. Os desejos dos Shaumbra.
PAUL: Eu diria que a maioria dos
Shaumbra sente que finalmente estão tendo as respostas.
ADAMUS: Estão tendo as respostas.
Ótimo.
PAUL: Isso.
ADAMUS: Certo. [Ele escreve.]
Finalmente estão tendo as respostas. Muito bem. Você está,
Paul?
PAUL: Definitivamente.
ADAMUS:
Definitivamente.
PAUL: Hã-hamm.
ADAMUS: Qual foi a melhor resposta
que você teve?
PAUL: Sim.
ADAMUS: Ótimo. E qual foi a
pergunta?
PAUL: Não importa. [Adamus
ri.]
LINDA: Oooh!
PAUL: Não importa.
ADAMUS: Ah, que
sensato!
LINDA: Ooooh!
ADAMUS: Oh, Gafanhoto. Ótimo!
Ótimo. [Adamus ri e alguns aplaudem.]
SART: Ele leva um prêmio de
Adamus.
ADAMUS: Excelente. Excelente.
Ótimo. Certo.
PAUL: Obrigado.
ADAMUS: Shaumbra. Quais são os
desejos deles? Como é a realidade deles? Quais são as verdades? Quais são as
verdades espirituais deles? Ah, ótimo, ótimo. Por favor, levante-se. Venha pra
cá. Faz tempo que não a vejo.
KERRI: Eu me sinto tão especial...
[Adamus ri; ela para no meio do corredor.] Está bom aqui, ou vou até
aí?
ADAMUS: Não, não, não. Venha até
aqui. Até aqui. Se vamos fazer fofoca, todos também devem ver bem quem está
falando. Então, me diga...
KERRI: Qual era a
pergunta?
ADAMUS: A pergunta é... Fale-me
sobre os Shaumbra.
KERRI: Os Shaumbra querem... As
mulheres sozinhas querem transar.
ADAMUS: Oh, espere um
segundo.
KERRI: Eu vou dizer a
verdade.
ADAMUS: Deixe-me... Tenho que
escrever isso.
KERRI: Ouço isso o tempo
inteiro.
ADAMUS: Hum, bem, vou escrever
assim.
KERRI: É a verdade, quer
dizer...
ADAMUS: Oh. Só as mulheres
sozinhas... ou as casadas também?
KERRI: Não falo dos
rapazes.
ADAMUS: ... ou as casadas
também?
KERRI: Ah, provavelmente, elas
também querem. Pode ser que já tenham. Não sei. [Algumas risadas]
ADAMUS: Certo. Então, o que você
está dizendo aqui é que só as mulheres querem transar, não os homens?
KERRI: Não posso falar por eles. E
eles todos estão acompanhados. Não tem homem sozinho aqui. Estão todos com
alguém. Vê algum sozinho...? Ah, Sart, sinto muito. [Adamus ri.] Oh, oh, espera.
Me desculpe. Mas, não, eu ouço as mulheres, minhas amigas, e...
ADAMUS: Amigas, certo.
KERRI: ... e elas gostariam de
fazer isso de vez em quando.
ADAMUS: As mulheres. Fazer de vez
em quando o quê?
KERRI: E eu digo pra elas saírem
da mente.
ADAMUS: [Ele escreve.] Mulheres
querem... Nem sempre entendo o palavreado moderno.
KERRI: Sim, você
entende.
ADAMUS: ... de vez em
quando... Certo. Por que só de vez em quando? Por que não...?
KERRI: É verdade.
ADAMUS: Presumo que você esteja
falando de abundância? Por que não sempre?
KERRI: Porque elas ficam na mente
e dizem: “Preciso da minha alma gêmea. Ele tem que ser perfeito e
espiritual.”
ADAMUS: Oh, [escrevendo]
precisam de uma alma gêmea. Certo. O que isso tem a ver com “querer de
vez em quando”?
KERRI: É o que eu digo. [Algumas
risadas]
ADAMUS: Certo. [Kerri ri.]
Precisam de uma alma gêmea. Certo, e... ótimo. Então, querem de vez em quando. E
você?
KERRI: Você não aparece. [Risadas
de Adamus e da plateia] Estou esperando.
ADAMUS: Apareço, mas você está
dormindo.
KERRI: Você não vem dançar na
minha porta da frente.
ADAMUS: Você está dormindo e
roncando.
KERRI: Ah, que seja.
ADAMUS: Não é muito atraente – o
ronco. Dormir, tudo bem. E o que mais? O que dizer mais dos Shaumbra?
KERRI: O que dizer mais dos
Shaumbra?
ADAMUS: O que dizer mais dos
Shaumbra, porque eu ouvi você...
KERRI: Eles pensam
muito.
ADAMUS: Eles pensam
muito.
KERRI: Pensam muito, muito
mesmo.
ADAMUS: [escrevendo] Pensam
muito. Certo. E pensam em quê?
KERRI: E eu não fico enfeitando a
coisa, porque, se você me pergunta, eu digo.
ADAMUS: Não. Estamos fazendo
fofoca hoje. Pensam muito. Pensam muito em quê?
KERRI: Na iluminação
deles.
ADAMUS: [falando junto com Kerri]
Em transar. [Adamus ri.]
KERRI: Ah, sim, sim. Mas não vão
admitir isso.
ADAMUS: Certo, certo.
KERRI: Me disseram na surdina,
porque eu noto quando estou conversando.
ADAMUS: Certo, certo.
KERRI: E consigo que me
digam.
ADAMUS: Sei.
KERRI: Os verdadeiros
desejos.
ADAMUS: Sei.
KERRI: Mas aí ficam tipo: “Por que
não tenho abundância?”
ADAMUS: O que você diz quando
falam: “Querida Mestra Kerri, estou buscando mais experiências físicas
sensuais.”
KERRI: Eu digo, veja bem, beba um
pouco, é o número um.
ADAMUS: Sei.
KERRI: Tenha uma pessoa amiga,
assim como eu.
ADAMUS: Sei, sei.
KERRI: Me leve pra sair que eu
encontro com certeza alguém pra você.
ADAMUS: Verdade?
KERRI: É, sim.
ADAMUS: Oh, tudo bem.
Ótimo.
KERRI: Você não precisa de uma
ajuda assim, certamente. Mas...
Adamus: Eu não saio.
KERRI: Ah, tudo bem.
Adamus: Ótimo. Então... os
Shaumbra pensam muito. E no que eles pensam?
KERRI: Além de sexo, na iluminação
deles e por que não têm abundância.
ADAMUS: [escrevendo] Não têm
abundância. Certo. [ainda escrevendo] E o que pensam sobre a
iluminação deles?
KERRI: Dizem: “Que diabos! Vou a
todos esses workshops, nesses anos todos, e ainda estou sem
dinheiro.”
ADAMUS:
Duh!
KERRI: Duh!
ADAMUS: Ótimo. E por
que você acha que eles querem a iluminação? O que eles acham que é a
iluminação?
KERRI: Bem, eles embarcaram nesse
trem há muito tempo e querem que ele fique nos trilhos, e só... não acho que
eles pensem profundamente nisso.
ADAMUS: Não pensam
profundamente... Não se importa que eu escreva isso. Pensam muito, [ele
completa, escrevendo] mas não profundamente.
KERRI: Eu envio a
conta.
ADAMUS: Excelente. Obrigado.
Estamos fazendo uma boa lista aqui. Ótimo. Obrigado. Obrigado.
KERRI: De nada.
ADAMUS: Linda?
LINDA: Estou de
prontidão.
ADAMUS: Ótimo. Obrigado,
Kerri.
KERRI: De nada.
ADAMUS: Você meio que iniciou,
deixando tudo mais apimentado. Ótimo, ótimo, ótimo. [Alguns aplausos] Sabíamos
que podíamos contar com você.
Certo, o que mais? Os Shaumbra...
Temos boas respostas aqui. Começamos com um pouco de makyo, mas agora
temos coisa boa. Certo. O que mais?
LINDA: Vou dar o microfone pra
nossa convidada especial de hoje, e muito famosa, Patricia Aburdene, a autora do
livro Conscious Money (Dinheiro Consciente).
ADAMUS: Oh!
LINDA: Com todos esses problemas
de abundância, esta mulher...
ADAMUS: Você é paga pra fazer
publicidade?
LINDA: ... esta senhora tem as
respostas.
ADAMUS: Você recebe pela
propaganda do produto, tem alguma comissão?
LINDA: Sim, eu tenho. Ela me envia
bênçãos.
ADAMUS: Ótimo.
LINDA: Acontece uma troca de
bênçãos.
ADAMUS: Ótimo. Você tem um
exemplar do livro aqui hoje? Podemos segurar na frente da câmera. [Patricia diz
que não.] Tudo bem.
LINDA: Chama-se Conscious
Money, de Patricia Aburdene.
ADAMUS: Ótimo. Então,
cara Patricia, o que me diz dos Shaumbra?
PATRICIA: [gritando] Eles querem
ficar famosos! [Linda ri.]
ADAMUS: Oh, claro! Querem ficar
famosos. Eles são, de fato. Eles são e não são. Certo. Então, [escrevendo]
querem ficar famosos. E ficam?
PATRICIA: Não. É por isso que
preciso do empurrão de vocês. [Ambos riem.]
ADAMUS: E o que é...?
PATRICIA: E eu nem sou
famosa!
ADAMUS: Por que querem ser
famosos?
PATRICIA: Bem, é uma comprovação.
Significa que você é querido. Você é...
LINDA: Ohh.
PATRICIA: Você é...
ADAMUS: Adorei isso.
PATRICIA: Vejam a Kim Kardashian.
Como se pode contestar? Dá pra questionar?
ADAMUS: É um bom
exemplo.
PATRICIA: Por quê?
ADAMUS: Sim. Então,
comprovação. [Ele escreveu.] Excelente. Comprovação em que
nível?
PATRICIA: Bom, depende do grupo.
[Ela ri.]
ADAMUS: Sim, sim. Isso
mesmo.
PATRICIA: Depende de quem acha que
você é famoso.
ADAMUS: Sim. Bem, a comprovação é
do eu humano, o que chamo de pequeno eu humano, que tenta se sentir um grande eu
humano. E quer a comprovação dos outros. Quer... essa parte quer andar pela sala
e que todos façam “Oooh. Ahh”.
PATRICIA: “Lá está fulano...”,
seja o que for.
ADAMUS: E, então, a comprovação de
si mesmo, é claro. A comprovação do tipo: “Ah, eu fiz isso. Se sou famoso é
porque fiz algo grandioso pelo qual fui notado. Sendo famoso, devo ser
iluminado. Devo ser. E, sendo famoso, provavelmente vou ter dinheiro, ter
felicidade e paz.” Isso.
PATRICIA: Claro.
ADAMUS: Sim. E isso
funciona?
LINDA: Provavelmente sexo
também.
PATRICIA: É.
ADAMUS: E sexo, sim. E esse
mecanismo funciona?
PATRICIA: Bem, às vezes, funciona.
Funciona para algumas pessoas às vezes.
ADAMUS: Sim. Sim.
PATRICIA: E talvez depois de um
tempo a coisa desmorone.
ADAMUS: É, é. [Algumas risadas]
Acho que sim. Acho que sim. É, a coisa fica emperrada.
PATRICIA: Bem, a pessoa fica...
fica dependente.
ADAMUS: Sim, isso gera dependência!
PATRICIA: Se você é um pouco menos
famoso, então...
ADAMUS: Porque normalmente tem
alguém mais famoso...
PATRICIA: ... “Eu sou um
fracasso.”
ADAMUS: ... a menos que seja
Adolph Hitler ou Genghis Khan.
PATRICIA: Certo.
ADAMUS: Normalmente, tem alguém mais famoso. E é um vício, não
que eu tenha tido esse problema.
PATRICIA: Não! [Outra pessoa
também diz: “Não.”]
ADAMUS: Mas... mas eu tinha
notoriedade. E costumo dizer que há uma diferença entre notoriedade e fama,
embora realmente não haja. É só uma forma mais sutil de dizer a mesma coisa. Mas
o vício. Eles querem ser famosos, e eles [escrevendo] ficam
viciados.
[Adamus se “confunde” todo na hora
de escrever.]
LINDA: Por que tanta
dificuldade?
ADAMUS: Ehhh. Tenta fazer tudo isto que eu faço!
É um vício, uma loucura, e então
eles olham no espelho e dizem: “Devo ter feito algo importante nesta vida.”
Então, seria justo dizer que os Shaumbra, em sua maioria, são famosos ou não tão
famosos?
PATRICIA: Não tão
famosos.
ADAMUS: Não tão famosos. Mas ainda
assim você acha que eles buscam a fama?
PATRICIA: [suspirando; alguém diz
que não.] Estão dizendo que não. Tudo bem.
ADAMUS: Ótimo. [Ele escreve.]
Não são tão famosos. Quantos aqui – podem responder pra si mesmos –,
quantos aqui meio que sonharam ou desejaram ser um pouco famosos? Só um
pouquinho. É, digo, é natural. É natural. Em parte, se visto por outro ângulo,
também é se orgulhar do que fizeram e considerar que as outras pessoas
reconhecem o que vocês fizeram. Mas pode ser uma armadilha.
Quantos aqui – e não precisam levantar a mão, porque só
estamos fofocando entre nós –, quantos aqui pensaram num momento ou outro: “Ah,
sabe como é, vou ficar iluminado. Vou estar lado a lado com Yeshua, Buda e
Kuthumi. Não com Saint Germain; ninguém pode aspirar chegar tão alto. [Risadas]
Mas vou estar lá e, sim, vou ser um Mestre, um professor, um curador. [Ele gesticula impondo a mão.]
Wwffft! Curado! Zap!
Uau! Pra todo lado que eu vá, as pessoas pedem: ‘Ah! Por favor, me
cure.’”
E, de certa forma, é interessante,
vejam bem, porque há algo a ser dito sobre ajudar esses que estão realmente
prontos pra serem ajudados. Mas, de certa forma, é... Vou dizer, vou rotular
isso como sendo poder. Poder. E eu já disse tudo na Colômbia sobre poder, e pedi
aos Shaumbra de lá que tirassem o tapete do poder debaixo deles, pedi que
vivessem sem poder. É um jeito incrível de se viver. Vocês começam a descobrir
quantos de seus conflitos e problemas são derivados do poder.
Excelente. Obrigado.
PATRICIA: Obrigada.
ADAMUS: Vamos continuar com nosso
círculo de fofocas. O que mais dizer dos Shaumbra? Pensem em termos de... Quais
são os desejos deles? Como é a realidade deles? Quais são suas verdades
espirituais? O que dizer dos Shaumbra?
LINDA: Vou entregar o microfone
pra outro especialista aqui.
ADAMUS: Ah, sim.
MARTY (“CARACA”): Somos os
melhores respiradores do mundo.
ADAMUS: Reprodutores. Ótimos
reprodutores. Ah. [Risadas, por causa da confusão entre as palavras
“breathers” (respiradores) e “breeders” (reprodutores), com
pronúncias semelhantes em inglês.]
MARTY: Não, não, não, não! [Alguém
grita: “Respiradores.”] Respiradores.
ADAMUS: Respiradores. Os melhores
respiradores.
MARTY: Respiradores.
ADAMUS: [escrevendo] São os
melhores respiradores. Ótimo. Ótimo.
MARTY: Respire comigo.
Não...
ADAMUS: Respiradores.
Ótimo. Por que isso, Caraca? Melhores respiradores, por quê?
MARTY: Muita prática.
ADAMUS: Muita prática.
MARTY: Isso.
ADAMUS: Sei, sei.
MARTY: É.
ADAMUS: O que você acha que
acontece quando os Shaumbra, em sua maioria, quando pedem a eles, num grupo como
este, que respirem, o que acontece?
MARTY: É uma abertura natural. Vem
naturalmente.
ADAMUS: Sei, sei.
MARTY: Todos os outros
conselhos...
ADAMUS: Pra onde você acha que
eles vão?
MARTY: Hum, acho que chegam mais
perto do eu verdadeiro.
ADAMUS: Realmente. Digo,
realmente?
MARTY: Ha, ha! [Adamus ri.] É o
jeito mais fácil de ficar centrado, porque, de todos os conselhos que você nos
dá e que nós nos damos, é a coisa mais fácil de se fazer. Funciona sempre. É
radical!
ADAMUS: Certo. É fácil, sim. É
fácil.
MARTY: É. Hã-hamm.
ADAMUS: Vejam, ao contrário de
falar todos os mantras e cânticos e de se lembrar dos dizeres e frases, ou o que
for, é muito fácil. Infelizmente, cá entre nós, devo dizer que, na maior parte
das vezes, quando se pede aos Shaumbra que respirem, eles vão pra fora do corpo.
Eles não fazem uma respiração consciente. Respirar dá a eles permissão pra
escapar por um tempo. Eles vão pra terra da fantasia.
MARTY: Se desconectam.
ADAMUS: É legal – whoosh! Uau. Eles
realmente não... Eles não fazem uma respiração consciente, a verdadeira
respiração consciente que desperta o sentimento – não o pensamento, mas o
sentimento – de “eu existo”. Respirar com isso. Uau. É. Muitos saem, mas tudo
bem. Pelo menos, é uma pausa. Pelo menos, não ficam na mente. Pelo menos, estão
apenas relaxando. Pelo menos, acontece uma mudança biológica quando dizemos a
palavra “respirar”. É como hipnose: “Respirem.” [Ele faz como se caísse
dormindo.] “Hah, certo.”
Ótimo. Ótimo. Melhores
respiradores.
MARTY: Hã-hamm.
ADAMUS: Sim, e o que mais? O que
mais dizer dos Shaumbra?
MARTY: Hum. Achamos que somos
melhores que os outros. [Risadas]
ADAMUS: Ah. Gostei. Gostei disso.
[Ele escreve: São melhores que os outros.]
MARTY: Quero dizer, não de forma
arrogante.
ADAMUS: Não.
MARTY: Eu...
ADAMUS: Nããao.
MARTY: Não! Não! [Mais
risadas]
ADAMUS: Não! [Adamus
ri.]
MARTY: Somos anjos que arrasam. Eu
quero dizer...
ADAMUS: Quem você acha que
eles...?
MARTY: Não é se gabar, se for
verdade.
ADAMUS: Claro, claro, claro. Não.
Não, de fato, vejam, essa é uma dinâmica interessante – “ser melhor que os
outros” –, o que é ótimo. Agora, muitas pessoas diriam: “Oh! Que vergonha pensar
que você é melhor.” Tipo, por quê? Por que não? Digo...
MARTY: Exatamente.
ADAMUS: Eu Sou o que Sou. Não
posso evitar!
MARTY: Isso! [Risadas]
ADAMUS: Sinto muito pela sua
sina.
MARTY: Não posso evitar se sou tão
bom!
ADAMUS: Eu sou o que Sou. Então,
sim, sim. E a pergunta que eu tenho pra você... Muitas vezes, eles realmente
acham que são melhores que os outros, e eu brinco com isso de propósito. Adoro
isso. E adoro dizer aos Shaumbra que adoro trabalhar com eles, porque adoro
mesmo. Seria realmente chato trabalhar com esses outros grupos. É
sério.
Mas a pergunta que me faço às
vezes é: Será que isso é apenas um doce? É só uma droguinha, a cocaína do dia? É
algo só pra fazer com que se sintam bem, só pra dar aos Shaumbra um estímulo pra
saírem pela porta e enfrentarem a vida? Eu não sei. Não estou julgando. [Algumas
risadas quando ele faz cara de “que mentira!”] Mas... Mas... E será que é ruim
pensar que sou diferente dos outros? Diferente de um modo que eu gosto e que eu
aprecio, mesmo que eles não...
MARTY: Exatamente.
ADAMUS: ... e, sim, eu sou melhor.
Então. Sim. É uma observação bem interessante. Como você se sente?
MARTY: Hum...
ADAMUS: Digamos que você vá à igreja amanhã, o que não vai
acontecer, mas digamos que você fosse. Você entra numa igreja e o padre está lá
na frente fazendo as coisas de padre. Você vai pensar “Pffft! Sou melhor que
isso”?
MARTY: É muito interessante você
dizer isso.
ADAMUS: Eu sei que é. [Linda ri.]
Tudo que eu digo é interessante!
MARTY: Bem, primeiro, eu não entraria, porque provavelmente eu
seria atingido por um raio, mas... Na verdade, ontem eu fui a um funeral e,
quando o padre estava fazendo aquela coisa, sabe como é: “Somos filhos de Deus e
Ele lhe deu a vida...” e todo o resto, eu fiquei... Foi muito interessante o que
se passou comigo, porque não foi assim pffft, psssft, cchhhhtt. Mas foi. [Ele ri.]
ADAMUS: Não entendi muito
bem.
MARTY: Quero dizer, você sabe...
[Risadas]
ADAMUS: O que foi isso? O que foi
isso?
MARTY: Foi pffft, psssft, cchhhhtt.
ADAMUS: Ah! Sei, sei.
MARTY: É.
ADAMUS: É tipo “que p__ é essa”,
certo, mas gostei mais de como você colocou. Pode fazer de novo pra gente passar
no vídeo no mês que vem?
MARTY: Claro!
ADAMUS: Certo.
MARTY: Claro. Pffft, psssft, cchhhhtt. [Risadas e alguns
aplausos]
ADAMUS: É simples
assim!
MARTY: Fácil como
respirar.
ADAMUS: Já estou vendo a Vicki ou
quem for fazer a edição, repetindo isso muitas e muitas vezes.
MARTY: Podemos transformar numa
música.
ADAMUS: É. Ohhh! Isso. Ótimo. Ótimo. E o que aconteceu no funeral,
depois do seu pfft, che, pfft?
MARTY: O mesmo de sempre. Todo
mundo ficou, sabe como é...
ADAMUS: Fora do corpo.
MARTY: É.
ADAMUS: Sempre ficam assim nos
funerais.
MARTY: Hã-ham.
ADAMUS: É. Ficam bem fora do
corpo. É, sim.
MARTY: E depois todo mundo volta
lentamente pra mesma velha rotina em que normalmente vivem.
ADAMUS: Sim. É interessante. Eu
vou a alguns funerais agora só pra rir.
MARTY: Pra dar risadas.
ADAMUS: As coisas andam meio
devagar com os Mestres Ascensos. E eu vou lá, e é tão interessante, porque, nos
funerais, é como se houvesse uma noção, meio que uma fachada de tristeza, e de
vez em quando realmente é assim. Mas venham comigo um dia... Vamos fazer um
DreamWalk ao funeral de alguém. [Algumas risadas] Mas venham comigo um
dia. As pessoas ficam pensando no que vão jantar. Ficam pensando nas férias.
Pensando em sexo. Pensando... É, quando estão num funeral. Pensam em todas essas
coisas. E sentem muita culpa. Muita culpa. Elas não pensam: “Ei, como será que
está o Bob? Como será que ele está se saindo do outro lado?” Elas têm medo de
saber que o Bob está sentado bem do lado delas, e que ele não está nem um pouco
satisfeito. [Algumas risadas] Ótimo. Ótimo.
Mais alguma coisa? Mais alguma
coisa pra nossa lista de fofocas?
MARTY: Acho que encerramos por
aqui. Já devo ter ofendido muita gente.
ADAMUS: Ah, tudo bem. Tudo
bem.
MARTY: Eles não estão aqui. Não
estão aqui.
ADAMUS: Não estão aqui.
LINDA: De quem foi o
funeral?
MARTY: De uma
recepcionista.
ADAMUS: Vejam, talvez a razão pra
eu estar fazendo isso aqui seja pra que, de agora em diante, eles venham pra cá
porque, do contrário, vamos falar mal deles.
MARTY: Que sirva de
lição.
ADAMUS: Que sirva de lição. Mas
ótimo. Ótimo. Obrigado. Vamos para mais algumas pessoas. Ótimo.
LINDA: Certo.
ADAMUS: Nada como fazer um pouco
de fofoca sobre os Shaumbra. Que coisa sobre os Shaumbra realmente aborrece
você?
LINDA: Essa não era a pergunta
original. [Risadas]
MICHELLE: É!
LINDA: [rindo] Essa não era a
pergunta original! [Mais risadas]
ADAMUS: Eu desenvolvi a pergunta.
Mas o que dizer dos Shaumbra? Pronto.
MICHELLE: Estamos todos esperando
pela nossa iluminação. A cada mês...
ADAMUS: Oh!
MICHELLE: Estamos esperando,
esperando, esperando.
ADAMUS: Sim, sim.
MICHELLE: E, daí, facilmente nós
nos distraímos.
ADAMUS: Isso.
MICHELLE: Mas estamos bem
empenhados, eu acho.
ADAMUS: [escrevendo] Estão
esperando pela iluminação.
MICHELLE: Tipo: “Onde está?
Quando?!” [Alguém grita: “Quando?!”]
ADAMUS: Esperando pela
iluminação.
MICHELLE: É. Em 2012,
2013...
ADAMUS: Mas, veja, isto está no
topo da minha lista.
MICHELLE: ... 2020...
ADAMUS: O que dizer dos Shaumbra?
Estão todos esperando. Digo, realmente estão esperando. Posso ficar por aqui
durante um tempo, não pra sempre, mas por um tempo. Posso distraí-los, porque
esse é o meu trabalho, a propósito. Posso distraí-los por um tempo, mas eles
estão todos esperando. Volto de um monte de encontros, vou pro meu castelo, um
dos muitos castelos que tenho, e eu... [Alguém ri.] E vejo que eles estão todos
esperando! Eu não me importo – estou me divertindo, se nada mais acontecer –,
mas estão todos esperando. Sim. Por quê?
MICHELLE: Porque é a coisa mais
importante pra nós?
ADAMUS: Não, por que estão
esperando? Por que não estão fazendo isso?
MICHELLE: Ah, por que não estamos
nos iluminando?
ADAMUS: Isso, é.
EDITH: Porque ele é um ótimo
amante!
ADAMUS: Ahh, obrigado. Shhh! Não
conte, Edith. Edith não quer a iluminação dela, porque ela acha que não voltarei
a visitá-la à noite e...
EDITH: Você não sabe o que eu
quero.
ADAMUS: Você sussurrou isso no meu
ouvido outro dia.
EDITH: Talvez eu tenha
mentido.
ADAMUS: [rindo] Ótimo. Então, por
que a espera? Por que esperar?
MICHELLE: Não sei. Acho que talvez
a gente esteja esperando um momento mágico, em que as coisas mudem
instantaneamente.
ADAMUS: Isso mesmo. Peowww!
MICHELLE: Em que a gente acorde e
se sinta diferente, se sinta conectado, se ame.
ADAMUS: Isso.
MICHELLE: Em que a gente não se
importe em ser famoso, não se importe com nada, porque a gente está tão... sei
lá.
ADAMUS: Eh, vamos parar por aí
– vocês não se importam com nada.
MICHELLE: Bem...
ADAMUS: Bem, não,
realmente.
MICHELLE: É, eu só...
ADAMUS: Não, não, realmente. Não, quero dizer, não realmente.
Vocês não se importam com nada. Ponto final. Talvez essa seja uma pequena pista
secreta no nosso jogo de fofocas. Vocês não se importam com
nada.
Agora, a maioria das pessoas
diria: “Bem, parece horrível. Isso parece tedioso. É pra gente se importar com
as coisas.” Sério? Digo, imaginem um instante se o poder deixasse a vida de
vocês, se vocês parassem de jogar o jogo do poder. O poder está em todo lugar.
Está na política. Está no dinheiro, nos negócios, nos seus relacionamentos com
as pessoas, em todo lugar. Todo mundo brinca com o poder. O poder surgiu porque
havia uma crença de que a quantidade de energia era limitada e vocês tinham que
roubá-la dos outros, uma vez que vocês, certamente, não iriam se incomodar em
buscar dentro de si a energia, a consciência ou as respostas. Assim começou todo
o jogo do poder, que nunca acabou realmente. Mas é tudo uma ilusão. O poder é
uma ilusão absoluta, porque tudo está dentro de si, e isso que está dentro atrai
toda a energia que vocês possam precisar sem ter que roubá-la de ninguém. Mas
todos vivem nessa ilusão do poder. Vivem na ilusão de que precisam fazer alguma
coisa e têm que se importar com alguma coisa.
Eu contradigo isso. Vocês não têm
que se importar com coisa alguma. Daí, vocês se libertam pra realmente
aproveitar tudo. Sem poder. Sem ter que entrar nos jogos. Vocês podem, de fato,
começar enfim a apreciar o fato de terem um corpo físico e não se preocuparem se
ele envelhece ou fica doente. Vocês podem realmente desfrutar do convívio com
outras pessoas sem se preocuparem se elas estão roubando a sua energia,
confundindo vocês, mentindo pra vocês, enganando vocês e tudo mais. Ah, é tão
fácil.
Então, gostei quando
você disse “não se importar com nada” – ponto final. [Ele faz o gesto para boca
fechada.] Hum. Mas os Shaumbra vão preencher as lacunas. Eles têm sempre... vou
acrescentar uma coisa minha à lista... o que eu chamo de o infame “mas” dos
Shaumbra. [Ele escreve.] Usam o “mas” dos Shaumbra. Então, falaremos num
workshop ou em nosso estado de sonho, e vocês vão chegar bem... não
vocês, eles. Eles vão chegar bem nesse limiar da iluminação, “mas”... Oh! O que
eu posso fazer? O que eu posso fazer? Tragam o carrinho de mão, encham com todos
os “mas” e descarreguem tudo isso lá do outro lado por um tempo. É aquele “mas”
– “Mas!” É. Assim mesmo. Vamos fazer mais uma vez! Há sempre as inspirações, e
tudo mais, e, então, quando chegam bem no momento da iluminação: “Mas!” [Adamus
“congela” pra foto e ri.] Ótimo. O que mais? O que mais? Oh, eu estou me
divertindo.
LINDA: Espera, eu tenho um “mas”.
Não entendi essa coisa do Sart aqui.
ADAMUS: Eu não quero ver a coisa
do Sart. Realmente não quero.
LINDA: Ele está usando esse
Palfinger. [Sart está com um crachá que diz “Palfinger”.] O que é
um Palfinger?
SART: Oh, é um guindaste
enorme.
LINDA: Claro. [Adamus vai até
ele.]
SART: Ah, tenho que me levantar e
falar?
ADAMUS: Poderia se levantar, Sart?
Isso. Quero ter certeza de que a câmera está pegando você. Venha pra
cá.
SART: Ah, não!
ADAMUS: Ah, sim! Sim. [Sart está
rindo.] Padre Sart. Sim. Ótimo. Então, o que Linda disse sobre a sua
coisa?
SART: Não sei o que ela
disse.
ADAMUS: Que coisa?
LINDA: Ele tem um
Palfinger. Que diabos é um Palfinger? Parece
assustador.
SART: Oh, é um equipamento pesado,
um caminhãozinho. [Risadas]
ADAMUS: Não quero saber sobre
isso. Realmente não quero... não quero saber sobre – como é que se chama agora
– um Palfinger?
SART: Quem quer saber?
ADAMUS: Sim. Sim. É só... ahh.
Então, Sart, enquanto está aqui na frente, vamos continuar. É. [Sart se coloca
na frente do púlpito do Adamus.] Bem legal, não é?
SART: É legal!
ADAMUS: É. Quero trocar de lugar
com você. Me desculpe, Linda. [Risadas quando Adamus vai se sentar na cadeira
onde o Sart estava, e que a Linda estava ocupando por enquanto.] Sim,
e...
SART: Lição de hoje, todos
precisam usar uma destas camisetas [que ele está usando] pra gente saber onde
todos estão. [Algumas risadas]
ADAMUS: Então, Sart, o que dizer
dos Shaumbra? [Ele se levanta e volta pra frente da sala.]
SART: Gostei da parte de se sentir
melhor que as outras pessoas. Na minha vida, neste momento, acho que ainda tem a
ver com regras.
ADAMUS: Não, fale dos outros
Shaumbra. Vamos falar deles.
SART: Acho que os Shaumbra estão
cansados das regras.
ADAMUS: Mas eles ainda as
têm.
SART: É. Ainda vivemos através
delas, mas acho que estamos cansados delas.
ADAMUS: [escrevendo] Estão
cansados das regras.
SART: Cansados das regras,
buscando a liberdade.
ADAMUS: Regras. Ainda... [continua
escrevendo] ainda estão presos a elas.
SART: Quero dizer, o velho sinal
com a luz vermelha e a luz verde – isso é bom; temos que ter isso –, mas outras
regras que temos... [Algumas risadas]
ADAMUS: Ótimo. Ótimo. É. Cite um
exemplo de uma regra dos Shaumbra.
SART: Humm, a gente ter que se
enquadrar.
ADAMUS: Isso, é. Não vai
acontecer.
SART: E não aguentamos mais
isso.
ADAMUS: Não vai
acontecer.
SART: Não precisamos mais nos
enquadrar.
ADAMUS: Eh, [escrevendo] têm
que se enquadrar. Certo. É uma boa resposta.
SART: A gente arriava a cabeça pra
isso lá atrás, nos velhos tempo, mas acho que isso também mudou.
ADAMUS: É. Ótimo.
SART: Podemos estar mais
iluminados. E reparei nos restaurantes, ou seja lá onde for. Vejo as pessoas e
elas meio que se encolhem quando eu digo que tive umas 1.400 vidas,
e...
ADAMUS: Sei, sei.
SART: Mas eu não posso
provar.
ADAMUS: Certo, certo.
SART: Mas elas também não podem
provar pra mim que só estão na primeira vida.
ADAMUS: Claro. Você tem essas
conversas quando vai aos restaurantes. [Algumas risadas]
SART: É, e tipo...
ADAMUS: Sei, sei. É.
Sei.
SART: As pessoas estão prestando
mais atenção, no meu ponto de vista, mesmo assim.
ADAMUS: Sei, sei.
SART: É.
ADAMUS: Ótimo. Mais alguma coisa
sobre os Shaumbra?
SART: Oh, somos um bando de
loucos.
ADAMUS: [escrevendo] São um
bando de loucos. Certo. Ótimo. Obrigado, Sart. Pode levar seu equipamento de
volta pra cadeira.
SART: Tem certeza? Eu
só comecei a minha enrolação aqui. [Risadas]
ADAMUS: É por isso... Certo. Eu
sei. Eu reparei. Certo, Linda, mais alguns. Mais alguns antes de
prosseguirmos.
Fofoca sobre Shaumbra. O que dizer
dos Shaumbra, hein? Falem com a mente, falem com o coração. Não vamos nos
segurar.
JOYCE: Ora, estou bem com
eles.
ADAMUS: Como é que é?
JOYCE: Eles estão bem.
ADAMUS: Eles estão bem.
JOYCE: Isso.
ADAMUS: Tudo bem.
JOYCE: É.
ADAMUS: Mas e quanto... e
quanto... Quais são os desejos deles?
JOYCE: A iluminação e pensar que,
com a iluminação, a abundância deles virá.
ADAMUS: Ah, certo. Pensam que
iluminação... I é igual a dinheiro. [Ele escreve: Acham que I = $.]
Iluminação é abundância. Essa é uma forma interessante de abordar a iluminação.
[Adamus ri.] Tudo bem. E vice-versa, abundância é igual a iluminação?
JOYCE: Bem,
funcionaria. [Algumas risadas]
ADAMUS: [rindo] Funcionaria muito
bem!
JOYCE: Se a abundância estivesse
lá pra começo de conversa.
ADAMUS: É. Por que será que tantos
Shaumbra estão sem dinheiro, bem no limite? Talvez não mais do que as pessoas em
geral. Bom, talvez um pouco mais. Mas você pensava – você sentia – que os
Shaumbra, sabendo tudo sobre energia e consciência e conhecendo a física que
todos nós apresentamos bem aqui nesta sala de aula, que eles seriam tão
descontroladamente abundantes que nem saberiam o que fazer com todo esse
dinheiro. Eles simplesmente o trariam pra cá e queimariam na lareira pra manter
a sala aquecida por terem tanto. Não vejo sequer a lareira acesa hoje, nem
madeira e, certamente, nenhum dinheiro. Você achava.
O que mais sobre os Shaumbra? Dá
pra ver que você está pensando. O que mais sobre os Shaumbra?
JOYCE: Bem, nós meio que gostamos
de fazer as coisas do nosso jeito, e não gostamos que as pessoas nos digam o que
fazer. [Ela ri.]
ADAMUS: Meio que... Certo. [Ele
escreve.] Fazem as coisas do jeito deles.
JOYCE: Então, talvez seja por isso
que não temos abundância, porque acabamos sempre gastando tudo por
aí.
ADAMUS: Sim, é, ou não estão
dispostos a ter um emprego.
JOYCE: Ou fazemos de um jeito
novo.
ADAMUS: Não estão dispostos a ter
um emprego.
JOYCE: Bem, comigo é
assim.
ADAMUS: Não estão dispostos a ter
um emprego. [Ela ri um pouco.] Não querem um emprego.
JOYCE: Eu sou meio assim
mesmo.
ADAMUS: Se pareço um disco quebrado é porque muitos Shaumbra são
assim. Ah, eh... Mas tem essa coisa mental que diz: “Nossa, preciso arranjar um
emprego pra ter dinheiro.” Quem inventou isso? É a maior baboseira que já ouvi
em toda a minha vida. Na verdade, ter um emprego vai limitar a sua abundância.
É. Não estou dizendo pra largar sua bunda de Shaumbra no sofá,
mas vocês
não precisam trabalhar pros outros. De fato, acho que foi Tobias que disse que
vocês precisam trabalhar pra si mesmos.
JOYCE: Bem, eu
trabalho.
ADAMUS: É, sim. É, não estou
falando... Estamos falando dos Shaumbra.
JOYCE: Bom, certo.
ADAMUS: Estamos apenas fofocando
sobre aqueles que não estão aqui. Sim, ótimo. O que mais sobre os
Shaumbra?
JOYCE: Humm, às vezes, eles cansam
a gente.
ADAMUS: Eles cansam a
gente?
JOYCE: É, eles podem cansar a
gente.
ADAMUS: Está dizendo isso pra
mim?! [Risadas] Ah, desculpa! [Adamus ri.]
JOYCE: Eu pego o carro e vou
correndo pra casa.
ADAMUS: É, é. Isso é o que
chamamos de fator makyo? [Ele escreve: Agem com o fator
makyo.]
JOYCE: Sim.
ADAMUS: É, é. Certo.
Se estão se perguntando aonde vamos com isso, não faço ideia. [Risadas] Mas
vamos assim mesmo. Isso é que importa. Nós vamos. Nós vamos. Certo,
obrigado.
JOYCE: De nada.
ADAMUS: Muito obrigado. Eu digo
mais dois. Rápido. O que é... Ah, sim? O que dizer dos Shaumbra? Você estava –
hum-hum – pensando por aí. O que dizer dos Shaumbra?
KATHLEEN: Estão
empacados...
ADAMUS: Empacados.
Obrigado.
KATHLEEN: ... na... empacados na
integração. “Tenho que integrar. Tenho que rever a história.” Empacados na
história.
ADAMUS: Ah, bem, vamos
colocar...
KATHLEEN: Na mente.
ADAMUS: [escrevendo] Estão
empacados, processando as coisas.
KATHLEEN: Eternamente
reciclando.
ADAMUS: Reci... Gostei. Ótimo,
ótimo, ótimo. [Ele escreve.] Reciclando. Sim. De fato, no próximo
encontro, vamos colocar uma placa na porta: “Não reciclamos.” É engraçado porque
existem placas por aqui de reciclagem – reciclem seus traseiros e suas latas.
Mas, sim, reciclar. Ótimo. Ótimo. E voltar de novo e de novo e de novo. A mesma
coisa. Ótimo. E o que mais sobre os Shaumbra?
KATHLEEN: Bem, nós somos foda,
muito especiais. [Linda se espanta.]
ADAMUS: Tá, é. Eu não teria usado
essa palavra, mas... “Somos especiais.”
KATHLEEN: Por que não? [Adamus
ri.]
ADAMUS: Não, é...
KATHLEEN: Por que não? É uma boa
liberação.
ADAMUS: Posso escrever isso no
quadro?
KATHLEEN: Por favor, escreva.
[Linda se espanta de novo.]
ADAMUS: Vamos dizer só
[escrevendo]: São especiais. Muito especiais.
KATHLEEN: Bem, tem até
uma música.
ADAMUS: Especiais.
KATHLEEN: Tem na
música.
ADAMUS: É. Ótimo,
ótimo.
KATHLEEN: Só estou citando a
música, mas não sei bem como é.
ADAMUS: Sim. Ótimo. Quer cantar um
pouco?
KATHLEEN: Não,
agradeço.
ADAMUS: O que mais sobre os
Shaumbra? E quanto à saúde? A saúde deles?
KATHLEEN: Bom, eu sou
saudável.
ADAMUS: Não. Estamos fofocando
sobre os outros.
KATHLEEN: Oh.
ADAMUS: É, é.
KATHLEEN: Estão usando coisas fora
do eu deles pra tentarem se equilibrar, em vez de conseguirem isso com o próprio
eu.
ADAMUS: É. Sempre buscando uma
cura externa em algum lugar, quando a cura mais simples vem de dentro. É. Ótimo.
Ótimo. Que tipo de coisas eles usam, porque eu tento fingir que não vejo? O que
eles usam pra essa cura?
KATHLEEN: Qualquer medicamento
disponível no momento.
ADAMUS: [escrevendo] Buscam
cura externa. Me dê alguns exemplos.
KATHLEEN: Bem, tem acupuntura. Tem
florais de Bach. Óleos. Todo tipo de medicamento.
ADAMUS: Sim.
KATHLEEN: De todo tipo.
ADAMUS: E curadores. E um monte de
curadores também pra ajustá-los.
KATHLEEN: E curadores.
ADAMUS: Com certeza.
KATHLEEN: Sim.
ADAMUS: Ótimo. Obrigado. Mais uma
pessoa. O que dizer dos Shaumbra?
EDITH: Tem algo errado em fazer
uma fofoca boa?
ADAMUS: Eu só disse fofoca. Eu não
a defini como boa ou má.
EDITH: Bom, todo mundo só está
falando das porcarias.
ADAMUS: Será que isso não
significa algo? Incrível, não é? Sim. Bem, você pode ser a última, então, a
falar conosco.
LINDA: Segunda última.
ADAMUS: Vá em frente.
ANDY: Acho que o ponto em comum
dos Shaumbra é “esse algo melhor”. Todos nós viemos pra cá pra este lugar pra
recebermos nossa medalha de honra do universo, e quando chegamos aqui é tudo
muito ruim.
ADAMUS: Certo.
ANDY: Daí, encontramos pessoas
como você que dizem “Existe algo melhor e é a iluminação”, ou qualquer que seja
o termo do dia, e acho que o ponto em comum dos Shaumbra...
ADAMUS: Estou gostando.
ANDY: ... é que estamos buscando
algo melhor.
ADAMUS: Como se fosse uma família,
um vínculo com uma família agradável. Com certeza.
ANDY: Isso.
ADAMUS: É. Ótimo. Viu? Isso foi
uma coisa boa, Edith.
EDITH: Melhor.
ADAMUS: Um ponto em
comum.
ANDY: Oh, é a vez da
Edith.
ADAMUS: Síndrome de espírito afim.
Isso. [Alguém ri.] E, e... [Adamus poderia ter escrito: Têm síndrome de
espírito afim.]
ANDY: [entregando o microfone pra
Edith] Prossiga!
ADAMUS: Edith, agora é a sua vez.
Fofoca. Fofoca não tem que ser o que chamam de coisa negativa.
EDITH: Os Shaumbra, eu acho, estão
pensando em como é grandioso e glorioso ser um Mestre Ascenso, ser um grande
criador e amar a si mesmos.
ADAMUS: Ah, ótimo, ótimo. Adorei,
Edith. [Alguns aplausos] Pode repetir o que disse? [Ele escreve.] São Mestres
Ascensos, e o que mais?
EDITH: Que são grandes
criadores.
ADAMUS: Grandes – ah, sim, são
muito bons nisso. [Ainda escrevendo] São grandes criadores. [Algumas
risadas]
EDITH: E que amam a si
mesmos.
ADAMUS: E eles são realmente bons
em amar a si mesmos. [Ele escreve: Amam a si mesmos.] Certo, ótimo.
Gostei. Obrigado!
EDITH: De
nada.
ADAMUS: Já era hora de alguém
colocar coisas bacanas nesse quadro.
EDITH: Concordo
totalmente.
ADAMUS: Isso, alguém tem que
assumir a posição de defender a honra dos Shaumbra. [Edith entrega o microfone
pra ele.] Tome. [Ele entrega o microfone pra Linda, depois de quase atirá-lo pra
ela.] Então, ótimo.
LINDA: Eu agarro bem.
ADAMUS: Agora, temos algumas
coisas no quadro aqui. Vamos... Vamos terminar logo com isso. Vamos respirar
fundo.
O que estamos fazendo hoje? Vamos
chegar em um ponto aqui. Estamos listando as peculiaridades dos Shaumbra, e o
fato é que estamos fazendo fofoca dos outros, mas realmente é de todos nós. Bem,
de todos vocês. De todo mundo; é de todo mundo.
E o que eu quis hoje, ao listar
nossas peculiaridades: Eu não sei como vocês conseguem passar o dia. Realmente
não sei. Se olharem este quadro... E estas são as respostas de vocês; temos
algumas coisas que vocês chamariam de boas, outras não tão boas. Mas temos
coisas que são totalmente discordantes, absolutamente dissonantes com
outras.
Há um conjunto de crenças... Vamos
começar com os desejos. Um desejo de ser Mestre Ascenso, um desejo de amar, um
desejo de curar, um desejo de viver muito tempo, um desejo de ser feliz. Estou
surpreso de não termos paz, amor e alegria no quadro, porque essas coisas
normalmente surgem – paz, amor, alegria e felicidade. Bom, todos esses
desejos.
Depois, temos as realidades –
“Não tenho dinheiro, estou doente, ninguém me ama e nem mesmo eu gosto de mim.”
– em oposição direta, em conflito, com eles. É uma desconexão monumental, e os
Shaumbra ainda conseguem viver dia após dia, após dia.
Que Droga!
Agora, vamos fazer um joguinho
aqui, enquanto prosseguimos. Espero que não se importem. A hora é agora, Suzy.
Vamos jogar um jogo chamado Que Droga! [Algumas risadas] Que Droga! E eu pedi
que a Suzy preparasse um presentinho especial pra todos. E toda vez que eu
mostrar a vocês por que as coisas estão em desalinho e disser “Que droga!”, ou
vocês disserem espontaneamente “Que droga!”, vocês têm que tomar um golinho do
meu próprio licor de Saint Germain. [A plateia vibra e aplaude.] Feito do puro
fruto do sabugueiro. Sim?
LINDA: Tome. Fruto do sabugueiro.
Ha, ha.
ADAMUS: Fruto do sabugueiro, sim.
É meio... E temos também tequila. [Adamus ri; a equipe está distribuindo na
plateia copinhos com as bebidas.]
Então, o objetivo aqui é celebrar
a vida, é claro. Mas o objetivo... Eu fico com o Saint Germain. Isso. Mas,
agora, ninguém vai ficar bêbado. Sim. Ah, é um licor delicioso. E, se estiverem
dirigindo, por favor, peguem dois. [Risadas]
LINDA: Que ruim!
ADAMUS: E depois arranjem outro
motorista ou chamem um táxi. É, pra vir aqui em cima em Coal Creek
Canyon.
[As pessoas começam a conversar
enquanto as bebidas são distribuídas.]
Ah, aham. [Adamus limpa a garganta
várias vezes pra chamar atenção porque ele ainda não recebeu seu
licor.]
LINDA: [gritando] Que
droga!
ADAMUS: Que droga! Nem consigo uma
bebida neste maldito bar! Que droga. [Joanne entrega seu copo ao Adamus.] Oh,
mas você precisa de um.
JOANNE: Preparamos o suficiente
pra você.
ADAMUS: Ahh...
EDITH: Ela é a motorista. Ela é
motorista.
ADAMUS: Ahh! Não. Vejam, eu disse
“que droga”, agora vocês têm que tomar um gole. [Adamus dá um gole.] Ahhh! Isso
traz um pequeno alívio. Não, verdade. Ah, é delici... ah, delicioso.
Algumas vezes, meus caros amigos,
a dissonância é muito gritante naquilo que acontece na vida de vocês, de todos
vocês, de todos os Shaumbra. É incrível observar, às vezes. É incrível que vocês
consigam permanecer no corpo. É incrível que vocês consigam ter comida
suficiente pra se alimentarem. E, mais que tudo, é incrível vocês não perderem a
cabeça totalmente num colapso.
Falamos de coisas como iluminação, mas ainda me pergunto
se vocês sabem o que é iluminação. Na verdade, eu diria mesmo que os Shaumbra
não sabem o que é iluminação. Vocês ouvem a palavra, e é igual a respirar – “Ah,
iluminação” – whoosh! –, deixam o
corpo, vão pra outro lugar.
Já fizemos isso em outros
encontros em que Linda passou o microfone, e eu perguntei: “O que é iluminação?”
E vocês não fazem ideia. Não têm a menor noção. Eu pergunto o que é iluminação e
as respostas que surgem dão pra encher a lixeira de makyo de todas as
formas: paz, amor e alegria. Tipo: O que é amor? O que é paz? O que é
alegria?
Daí, isso cria esse rodopio mental
que fica se repetindo o tempo todo. “Estou buscando a iluminação. Estou buscando
a iluminação, mas não sei o que ela é.” Não daria um excelente livro infantil,
um livro pra crianças? Buscar algo e não saber nem que diabos isso é. Mas ainda
assim levantar todas as manhãs, com aquela compulsão pra fazer isso de novo e de
novo, buscando a iluminação. E os Shaumbra, em sua maioria, sinto informar, em
nossa sessão de fofocas, não fazem a menor ideia.
A boa notícia é que vocês não
precisam realmente fazer ideia. Não é uma exigência saber o que é iluminação.
Mas que droga! [A plateia concorda.] Tudo bem. Ótimo. Sim, vocês dão um gole.
Ah, ah. Vejam, isso ajuda a quebrar a tensão. Ajuda a quebrar a
tensão.
Então, os Shaumbra estão por aí,
de certa forma, se sentindo um pouco melhor consigo mesmos, mas ainda assim,
eles... A vida sexual dos Shaumbra – vamos ser muito honestos aqui – não está
nada boa. Não está nada boa. [Alguém diz: “Que droga!”; muitas risadas] Ele
disse; vocês bebem! Que droga! Agora, não para todos, mas é quase como se sexo
fosse um pecado e vocês têm, repito, essa contradição interna.
Às vezes, os Shaumbra dirão: “Sim,
estamos aqui como Mestres Encarnados. Estamos aqui pra viver a realidade física.
Os Mestres Ascensos, no passado, deixaram o corpo físico, mas estamos aqui pra
viver no nosso corpo.” Mas, ainda assim, vocês nem mesmo querem se tocar – o que
não vou fazer diante da câmera aqui. [Algumas risadinhas] Não estão dispostos a
tocar o outro, com todo tipo de preconceito sobre se é homem com homem, mulher
com mulher, homem com mulher ou um grupo ou o que for. Todos esses julgamentos
bem bizarros, ideias mentais e toda essa coisa sobre sexo. Sexo é uma coisa
grandiosa. Infelizmente, foi distorcido ao longo das eras. Mas, meus queridos,
sexo é uma coisa maravilhosa.
Mas vocês têm essa energia
dissonante. Fico realmente surpreso que, em alguns dias, vocês consigam chegar
ao fim deles. Vocês estão todos por aí procurando almas gêmeas – nem todos, mas
muitos estão por aí procurando almas gêmeas –, mas fazem de tudo pra tornar isso
impossível. Fazem de tudo, assumindo uma atitude ruim, tendo essa lista longa de
exigências para uma alma gêmea. E o que é uma alma gêmea? É o seu eu. Não é
outro ser.
Um relacionamento, tudo bem. Mas
muitos Shaumbra por aí, neste momento, estão fazendo de tudo pra afastar os
relacionamentos, mesmo que isso esteja na lista dos 10 maiores desejos: “Eu
quero um relacionamento.” E eu olho e vejo: “Mas você está afastando todo mundo,
incluindo a si.” Que droga! [Adamus ri, enquanto a plateia diz isso junto com
ele.]
E, para aqueles que ainda são
novatos e estão assistindo online, eu disse que aqui seria um pouco
diferente.
E essa coisa toda de abundância.
Uma das coisas mais tristes é que vocês têm um desejo enorme de ter abundância,
um desejo enorme de ter dinheiro no bolso. Por que não têm? Dois motivos:
primeiro, ainda existe... E não estou falando de nenhum de vocês, é sobre
aqueles de quem estamos fofocando. Primeiro, porque muitos de vocês [apontando
pra câmera, disfarçando que não é com a plateia que ele está falando] ainda não
têm certeza se querem ficar aqui neste planeta. Vocês ainda estão têm certeza se
querem viver. Vocês ainda estão esperando por alguém ou que alguém diga: “Eis a
resposta. É por isso que você deve viver.” Mas, fora isso, há muita dúvida. E é
interessante, ao mesmo tempo em que temos conversas grandiosas sobre
DreamWalker Life (DreamWalker da Vida) e Mestres Encarnados, com
frequência os Shaumbra dizem: “Não sei se realmente quero ficar aqui.” Bem,
então, vocês não vão ser abundantes. Ponto final. Porque o básico da energia, a
física, é que vocês não vão atrair energia.
Há também uma outra dinâmica
interessante ocorrendo, apesar dos grandes sentimentos e pensamentos do tipo
[falando cantarolando]: “Estamos em nosso caminho para a iluminação.” Ou também:
“Se eu tiver dinheiro, vou fazer as mesmas merdas que fazia antes. Se eu tiver
dinheiro, vou ter mais problema do que eu tinha antes.” Então, o que vocês fazem
é manter uma dieta financeira, porque vocês acham que, no passado, quando tinham
dinheiro, vocês o usavam em nome do poder e da manipulação. Vocês usavam drogas.
Vocês ficavam bêbados. Vocês abusavam de si mesmos e dos outros com ele. Então,
algo dentro de vocês entrou nessa dieta da não abundância. E vocês se sentem
mais confor... [dirigindo-se para a câmera]; não estou falando com vocês
[plateia], mas com eles lá. Os Shaumbra se sentem mais confortáveis à míngua do
que sendo abundantes. É um fato simples, porque qualquer um – aham – qualquer um
poderia ter dinheiro neste exato momento. Mas vocês têm medo: “Se eu tivesse
dinheiro, eu voltaria a ser o humano ruim de antes.”
Que droga! [A plateia fala junto com Adamus.]
Inacreditável. Inacreditável. Vocês estão vendo como as contradições atuam. E
mal consigo entender às vezes como vocês chegam ao fim do dia. Mas eu sei, sim,
como vocês chegam ao fim do dia, às vezes. Vocês se enchem de mais baboseira
espiritual. Vocês escutam mais informações espirituais. Vocês se abastecem um
pouquinho. Vocês usam aquelas frases feitas bacanas e, de repente, se sentem
realmente bem por um tempo. É o açúcar espiritual que vocês ingerem. Vocês
chegam a uma boa comprovação e pensam: “Bem, amanhã será melhor. Eu
sei que
amanhã será melhor.” Não será. Não será. Amanhã será semelhante a hoje. E como é
hoje? Que droga! [A plateia fala junto com ele de novo, e todos
riem.]
JOANNE: Eu achava que a gente
sobreviveria comendo chocolate.
ADAMUS: Comendo chocolate e
fazendo todas essas outras coisas.
O que eu estou pedido a vocês hoje
é que deem uma olhada na dissonância, no total conflito acontecendo no seu eu
humano, no seu eu espiritual. Vocês têm essa persona espiritual – a
pessoa espiritual que está no caminho da iluminação – e meio que fica lá num
nível acima. Vocês consideram assim: “Esta é a coisa que vai me salvar; este é o
ser grandioso.” E ela acumula um monte de lixo. Junta um monte de doce e reúne
um monte de makyo que, depois, de alguma forma, vem pro humano, que está
aqui nesta realidade. A realidade geralmente, nem sempre, mas muitas vezes, se
apresenta sem dinheiro, sem muito dinheiro, sem nenhum relacionamento real,
sem... dificilmente com um certo grau de amor próprio e com problemas de saúde.
É física básica.
Agora, não é tão ruim, de fato, se
vocês forem humanos comuns sem consciência, se estiverem adormecidos. Não é tão
ruim, porque daí vocês passam o dia e, entendam, se não têm dinheiro, vocês
culpam o homem; se não têm sexo, vocês culpam a mulher. Se não têm... [Risadas e
Linda diz: “Ohhh!”] Se não têm... as coisas não vão... Mas só se não tiverem
consciência e disserem: “Bem, é assim que as coisas são. É assim
mesmo.”
Vocês realmente não pensam na
morte. Algo dentro de vocês sabe que ela vai acontecer, porque vocês já viram
outros pularem fora, mas vocês meio que ficam adormecidos pra isso. Vocês
realmente não pensam em Deus, porque, bem, não cabe a vocês pensar em Deus. É
pra isso que estão aí os padres, o clero e todo esse pessoal. Supostamente, eles
é que têm que pensar em Deus. E as repostas com relação a Deus são muito
abrangentes pra maioria das pessoas conseguir lidar. Elas dizem: “Oh, não é
função minha. Eu tenho é que viver e tentar fazer um bom trabalho.” É assim que
é a maioria das pessoas.
Vocês são diferentes. Vocês meio
que despertaram. Vocês meio que estão conscientes. O que torna isso realmente
difícil, porque agora vocês ainda têm as mesmas questões, vocês, Shaumbra, têm
as mesmas questões, mas agora de repente vocês estão conscientes. É como ter uma
arma carregada, enquanto os outros têm armas descarregadas. Eles só têm a
arma.
Agora vocês têm uma arma
carregada, então vocês têm essa consciência. Mas o que acontece aqui é esse
tremendo choque que se repete a cada dia, e o que vocês fazem é arranjar
desculpas pra ele. E vocês fingem que não veem. Vocês arranjam novas frases
feitas ou clichês. Vocês vão a novos cursos. Vocês fazem tudo, menos resolver o
que realmente está acontecendo dentro de vocês. E o que realmente conseguem é
dizer um grande “Que Droga”. Ótimo. E tem mais de onde esse veio, por
sinal.
Então, o que vocês fazem? Vocês
bebem! Vocês bebem. É. [Adamus ri.] Não vamos falar sobre isso. Não vamos ficar
processando isso. Vocês bebem.
Seguindo. Esperar pela iluminação.
Esperar pela iluminação. Esta é uma das minhas observações mais contundentes,
porque é uma observação de vocês. (a) Não saber o que a iluminação realmente é;
(b) Vocês estão esperando o quê? Entender? Nunca irão, jamais vai acontecer.
Desculpe dar essa notícia pra vocês. Mas vocês jamais vão entender isso. É
sério.
Vocês estão esperando que alguém
venha e lhes diga como alcançar a iluminação? Nenhum humano fará isso. Vocês
estão esperando, sei lá, o alinhamento certo das nuvens, das estrelas, das
poeiras, dos coelhinhos e de tudo mais pra, de repente, ficarem iluminados? Não
vai acontecer.
Então, vocês mal sobrevivem a cada dia, e se perguntam
às vezes, quando deitam na cama, à noite, como chegaram ao
fim do dia, porque vocês têm essas tremendas forças conflitantes atuando. E é
mais difícil quando se está na estrada para a iluminação. Fica pior, porque o
makyo se fortalece e a manipulação do ser limitado, da consciência
limitada, tentando manipular alguma coisa, que é chamada de espiritualidade,
traz uma sensação boa, faz sentir-se especial. É como uma droga, de certa forma.
É uma enorme distração no caminho. Mas os Shaumbra vão fazer isso. Os Shaumbra
vão ficar com o lixo, e vão pra cama, no fim do dia, pensando que vão ter um
descanso quando dormem.
Mas o que acontece quando vocês
começam a despertar? Seus sonhos não são mais como eram antes. Os sonhos... De
repente, vocês estão conscientes do que acontece. De fato, uma das razões pelas
quais vocês acordam às duas ou três da manhã é que vocês precisam de uma folga
dos sonhos, que eram pra ser uma folga do mundo real. [Algumas risadas e todos
dizem juntos.] Que droga! Que droga! Como vocês chegam ao fim do
dia?!
Meus queridos amigos, todas essas
colisões estão acontecendo no momento, e especialmente quando vocês embarcam em
coisas como a iluminação é que elas se tornam, de fato, bem mais complexas. A
mente começa a trabalhar mais do que nunca, como vocês provavelmente já
descobriram, e agora vocês têm a mente espiritual – vou chamar assim –, a mente
espiritual operando também. Vocês costumavam ter apenas a mente humana; agora,
vocês têm a mente espiritual, o que significa que passam a ter uma noção
limitada e restrita da espiritualidade. Isso é, na verdade, um monte de
porcaria. Realmente é. Realmente é, porque agora a mente começa a tentar abarcar
e se apoderar de muitos conceitos espirituais, e do conceito espiritual que diz:
“Cure-se. Estou na paz, no amor e na alegria. Vou fazer ‘om’ e meditar.”
Esse é o maior monte de porcarias que há.
A propósito, na iluminação, vocês
não ficam de repente cheios de paz! Vocês não passam, de repente, a fazer –
“Mmmmm” – “om”. Esse é possivelmente o maior engano que pode haver. Eh...
Não acontece. Não é assim. Na verdade, a palavra “paz” sai porta afora com a
iluminação. Deixa até de ser uma palavra. Não pertence mais ao vocabulário de
vocês.
Vejam bem, paz – tudo que paz
significa pra muitas pessoas é: “Me dê 15 minutos, talvez 30, para as coisas se
aquietarem um pouco.” Isso é paz. “Só preciso me afastar um pouco. Preciso fugir
de mim.” Isso é paz. Não existe paz. Mas de repente há uma consonância. Há uma
harmonia nas coisas. De repente, não há nada pra entender. De repente, não
ocorrem mais conflitos. De repente, uma graça, uma graça natural acontece, e
vocês caem na gargalhada. Vocês se escangalham de rir, porque é...
PATRICIA: Que droga! [Adamus
ri.]
ADAMUS: É! É! É assim. E
chegaremos lá daqui a pouco. Mas no momento vamos voltar para o Que Droga.
[Alguém diz: “Que droga!”] Que droga. Que droga. Que droga.
E o que vocês fazem? Vocês dão um
gole. Que droga.
Vocês têm todos esses desejos,
verdades – o que vocês consideram verdade – e crenças incompatíveis sobre as
coisas e tudo isso está em conflito. Está tudo conflitando.
A Estrada para a
Iluminação
Seria como... Imaginem-se entrando
num carro – o carro como símbolo de sua jornada espiritual para a iluminação –,
mas não fazendo ideia de pra onde estão indo. Vocês entram...
EDITH: Foi assim pra chegar aqui
hoje.
ADAMUS: [rindo] Pra chegar aqui!
[Algumas risadas] Isso. Atuando com isso, vejam. Não tendo ideia de pra onde
estão indo. Vocês simplesmente entram nesse carro, na estrada para a iluminação,
e começam a andar. Bem, o que vocês percebem primeiro? “Não sei pra onde estou
indo.” Mas vocês dizem pra si mesmos: “Bom, algo vai acontecer ao longo do
caminho. Alguém vai me dizer como chegar lá. De alguma forma, vou conseguir um
mapa pra saber como chegar à iluminação.” Isso não vai acontecer. Não vai
acontecer, sinto muito informar.
Então, vocês estão dirigindo na
estrada para a iluminação e está um dia agradável, e vocês olham pela janela.
Vocês dizem: “Ah, sim. Está tudo bem.” Mas vocês ficam um pouco hesitantes,
tipo: “Espero que esteja tudo bem. Vou me forçar a pensar que está tudo bem. Vou
pensar ‘Oh, que lindo céu e os pássaros...’ Ooh! Atropelei um veado.” [Risadas]
E mas, mas... mas... [Adamus ri.] A fileira da frente riu. [Mais risadas] Que
droga! Que droga. É. [Ele gesticula pra que deem um gole.]
E
então vocês percebem: “Ah, esse carro está fazendo um barulho estranho. Ah,
sabe, vou ignorar esse barulho.” Não fizeram isso? “Simplesmente, vou ignorar o
barulho. Eu ouvi, mas não é possível, porque este é o meu carro para a
iluminação. Então, vou ignorar esse barulho.” E vocês sabem o que acontece. Dois
quilômetros depois, psssss! Você pode
fazer o efeito sonoro pra nós, Caraca?
MARTY: Ppsssss!
ADAMUS: Ah, sim. Então... Leve o
microfone pra ele, Linda, pra que a gente possa ouvir o som de maneira
apropriada aqui? Na estrada pra iluminação, vocês ouvem aquele barulho, aquele
tilintar. Vocês o ignoram, porque vocês estão na estrada para a iluminação. Tudo
vai dar certo e, não mais que de repente...
MARTY: Pffft, psssft, cchhhhtt... bbpprrtt. [Som de pum no final; muitas risadas] Ficou
bom?
ADAMUS: Ótimo. Ótimo. E o carro
morre. O que vocês fazem?
EDITH: Que droga!
ADAMUS: Isso, isso! [Risadas] Lá
vamos nós de novo. Talvez fossem necessárias cinco garrafas pra hoje, com todo
esse ‘que droga’.
O carro morre. Muitas coisas
acontecem. E, de novo, vocês entram nessa dissonância, dizendo: “Tenho que
permanecer na estrada pra iluminação, mas meu carro morreu. Talvez o Espírito
esteja tentando me dizer alguma coisa.” Não. Talvez vocês tenham esquecido de
mandar ver o carro antes de saírem na jornada. Talvez tenham esquecido de checar
o óleo – estava um pouco baixo – ou de verificar se tinha algo no radiador. O
Espírito não está tentando lhes dizer coisa alguma. O Espírito já é iluminado,
realmente não se importa com a sua jornada, vejam bem. [Uma mulher ri.] Foi
engraçado, não foi? Foi. [Ela ri sozinha de novo.] Ela leva um prêmio de Adamus
só por rir. Por favor, Linda. [Alguém diz: “Dá uma bebida pra ela.”] É. Ela
precisa de outra bebida! É. Sim. Onde estão aqueles prêmios de Adamus, por falar
nisso? Linda? Onde está a Linda, por falar nisso? Um prêmio de Adamus pela
risada.
LINDA: Eu não trouxe hoje. Você
nunca mais distribuiu prêmios. Você é tão mesquinho que eu esqueci
deles.
ADAMUS: Que drooooga! Oh! Justo no
dia... Então, você leva todo o dinheiro... Não faço ideia de quanto tem aí. [Ele
entrega pra ela o dinheiro do bolso de Cauldre.]
MARTY: Oooh! Dois dólares! [Muitas
risadas, inclusive de Adamus]
ADAMUS: Então, onde estávamos? Oh,
vocês estão na jornada.
Então, de repente, vocês têm que usar suas últimas
economias pra consertar seu carro da iluminação e voltar a seguir a estrada que
vai pra não sabem onde. E vocês estão na estrada para a iluminação e, um dia,
nessa longa, longa, longa, longa, longa jornada, que
dura muitas existências, um dia, vocês vão o mais rápido que podem, e tudo que
conseguem é chegar mais rápido em lugar nenhum. [Algumas risadas] E, no dia
seguinte, a sua mente espiritual diz: “Ah, eu devia ir mais devagar e sentir o
cheiro das rosas, como os Mestres fizeram.” Sabem como é: “Eles seguiam bem
devagar pela estrada para a iluminação, observavam tudo e respiravam enquanto
estavam na estrada para a iluminação.” Então, vocês seguem bem devagar. Daí,
vocês ficam alternando – nessa jornada da iluminação – entre ir muito rápido e,
depois, muito devagar. Pisando no acelerador, pisando no freio. Pisando no
acelerador, pisando no freio. Dá pra ver o conflito em ação
aqui?
Vocês continuam nessa jornada da
iluminação, agora atingindo um nível de frustração e angústia que simplesmente
teria me feito deixar o corpo; eu não conseguiria lidar com aquilo pelo que
vocês estão passando. Vocês estão seguindo agora; vocês estão nessa jornada há
anos, dirigindo. É a mesma estrada. É o mesmo conjunto de problemas. São os
mesmos hotéis baratos a cada noite ao longo da jornada e as mesmas pessoas
tentando roubá-los sorrateiramente.
Mas vocês continuam seguindo porque vocês são
determinados, e vocês acham que isso é um atributo. Vocês acham que é como um
desses lados positivos da lista – “Eu sou determinado. Tenho força de vontade.
Dane-se, vou ver minha iluminação acontecer, custe o que custar. Nunca vou
desistir.” E quando ouço vocês dizerem isso, eu penso: “Oh, minha nossa. Espero,
espero que alguém venha me ajudar, porque vai ser difícil!” [Algumas risadas]
Quando ouço vocês dizerem “Nunca vou
desistir! É isso que eu vou fazer!”, eu penso comigo mesmo: “Temos um problema
aqui, Houston, porque eles estão determinados a chegar em lugar nenhum!” O que
um Mestre Ascenso faz nessa altura?
Vocês ficam obstinados. Vocês
ficam brutalmente, cruelmente, obstinados na sua estrada pra lugar nenhum.
[Alguém ri.] Mas, dane-se, vocês vão fazer isso, porque vocês assumiram um
compromisso consigo mesmos. E, se não o cumprirem, vocês realmente vão ficar em
maus lençóis na frente dos amigos e da família, porque todos sabem de sua
pequena jornada da iluminação, e eles todos riram dela. [Risadas] E, se vocês
voltarem e disserem “Meu carro enguiçou e fiquei sem dinheiro no meio do
caminho. Estou faminto. Não tenho nada, acabou tudo”, eles vão rir de vocês.
Então, existe esse orgulho da iluminação. Orgulho da mente espiritual, de que é
melhor vocês realizarem bem essa jornada ou vão parecer tolos.
Também há o fator de parecerem
grandes tolos pra si mesmos, e esse é provavelmente ainda pior do que parecerem
tolos na frente dos outros. Vocês estão muito comprometidos com a sua jornada da
iluminação dentro de vocês mesmos. Ela é tudo. É tudo. E se não acontecer, se
essa mágica não for real e vocês tiverem que voltar pra esse velho eu? [Alguém
diz: “Que droga!”; Adamus ri.] Que dro... Que droga!
E
o engraçado é que vocês realmente não conseguem voltar. E o engraçado é que
vocês não conseguem seguir em frente. E o engraçado é que não há lugar algum pra
ir. Isso é realmente uma droga. Que grandessíssima droga! Sobrou bebida, Suzy? [Algumas
pessoas dizem que sim.] Sim. Ótimo, ótimo. Que droga.
Eu espero que, agora, vocês
comecem a entender o conflito, a dissonância de tudo isso, e espero que comecem
a entender que esse é um grande desastre de trem prestes a acontecer.
Então, vocês dirigem nessa estrada
para a iluminação e ela segue indefinidamente e cada dia é igual ao outro, e
vocês continuam tendo esperanças de iluminação. Vocês continuam esperando que,
de repente, eu deixe vocês iluminados. Vocês continuam esperando que, se não for
eu, vocês vão me deixar; vão pra outro lugar buscar a iluminação. Vocês
continuam esperando que haja alguma coisa.
EDITH: Aprove uma lei no Congresso
contra acidentes de trem.
ADAMUS: [rindo] Vocês esperam me
distrair com outras coisas. Mas vou continuar levando a questão pra casa. Está
uma droga lá. Uma droga mesmo. Uma droga de iluminação.
E a boa notícia é que, nessa
estrada pra lugar nenhum, vocês estão exatamente onde deveriam estar.
[Comentário inaudível de alguém] Isso é... Ah, não! Não. Vou reformular a frase
de novo agora pra vocês.
Eu disse que, nessa estrada pra lugar nenhum, na estrada
pra iluminação, com todo o conflito e toda a dissonância que há nela, vocês
estão, absolutamente, exatamente, onde deveriam estar, porque, porque... [Adamus
escreve no quadro.] O quê? É uma droga? Não!
Podem beber por isso. Não. Na
verdade, é perfeito. É perfeito. E todas as coisas que eu disse até agora são...
Precisamos de mais bebida aqui. Mais limonada ou o que for que as pessoas
estejam bebendo.
O quê? É uma droga? Não mesmo. É
absolutamente perfeito.
O Saber
E o que eu gostaria de fazer
agora, especialmente porque vocês estão um pouco mais relaxados do que estavam
uma hora atrás, é pedir que parem e se lembrem dessa coisa toda de iluminação.
Ela não começou com um pensamento. Não começou quando, de repente, um dia,
cansados da velha vida, vocês decidiram que se tornariam iluminados. Não começou
quando alguém levou vocês a uma aula nem quando vocês leram um livro. Não, meus
amigos, não foi assim. Começou com um saber profundo, um saber muito, muito
profundo. Não era um pensamento. Não era uma ação. Não era uma jornada. Era um
saber que emanou bem lá de dentro de vocês.
Ele foi maltratado. Foi
distorcido. Foi muito, muito diluído ao longo do caminho. Mas esse saber sempre
esteve aí. Vocês não sabem o que é iluminação, e nem deveriam saber, pois a
mente limitada não tem como saber. Ela vai tentar fingir que sabe. Vai tentar
imaginar – uma imaginação muito vagabunda – vocês sendo ricos, famosos,
atraentes, tendo todos os tipos de relacionamentos e sendo grandes gurus e
Mestres. Isso é o que a mente faz. É uma distração. Não é real.
Quem sabe o que vai acontecer? Não
importa. Ponto final. Não importa. Então, peço a vocês que voltem pra esse
saber, um saber que não é um pensamento. Nunca houve um carro. Nunca houve uma
jornada. Nunca foi sobre tentar ser um humano perfeito. Nunca foi sobre nada
além de voltar pra si. Não foi por causa do makyo. Não foi por causa das
autoafirmações. Não foi por estarem aqui na plateia de Shaumbra e não foi por se
esforçarem. Não foi por causa do poder. Não foi sequer por sabedoria. Não foi
sobre conquistar nada.
Foi um saber – um profundo saber
amoroso; um saber que não surgiu porque um anjo ou um Mestre Ascenso veio até
vocês; um saber que não foi dado por outros, acionado por outros nem posto em
ação por outros. Ele veio de vocês.
Não foi o seu anjo dourado, seu eu superior nem nada
disso. Foram vocês. Somente e
apenas vocês. Não o humano, não o que vocês chamam de divino. Foi o Eu Sou, o
verdadeiro Eu Sou, que está presente aqui desde que o humano está. Está bem
aqui.
Sentindo o
Saber
Assim, eu gostaria de fazer uma
experiência com o sentimento – não vou nem chamar de merabh, apenas de
sentimento – pra voltar a esse saber. Vamos reduzir as luzes, por
favor.
Depois de toda essa droga, todo
esse caos e essa confusão, depois de toda essa incerteza dentro de vocês –
porque eu vejo e ouço quando vocês se perguntam se isso foi apenas um grande
engano. Vocês se perguntam se a sua jornada espiritual foi uma ilusão. Bem, sim,
ela foi, mas começou com algo muito puro, muito real e muito
profundo.
Agora... vamos colocar uma
musiquinha de fundo.
[A música começa: The Enchanted
Path, do álbum “Day of Life”, de Bernward Koch.]
Não estou pedindo que vocês voltem
e pensem sobre isso, sobre de onde veio esse saber. Não importa. Não tem uma
data. Não tem uma ação. Não veio de nenhum relacionamento. Vejam, parte do
problema na jornada espiritual é que a mente ainda tenta relacionar tudo a tudo
mais. E, quando dizemos a palavra “espiritual” ou “iluminação”, ela tenta
relacionar isso a outras coisas. Ela se apega ao que for, com sua natureza
relacional.
Mas o saber, esse profundo saber
que vocês tinham, não precisa estar relacionado a nada. Ele apenas sabe. Ele
apenas está lá.
A mente tenta esboçar uma estrada
para a iluminação. Ela só está tentando servir vocês. Ela tenta fazer isso por
vocês. Mas ela não sabe como. A mente tenta relacionar isso a alguma outra
coisa. Ela cria a imagem de um carro seguindo por uma estrada e pifando. Ela
cria a imagem de vocês com sua determinação e obstinação pela iluminação. Mas a
realidade é que não existe carro. A realidade é que não há um lugar pra ir, nada
que precise ser feito. Certamente, nada que precise ser consertado. De jeito
nenhum. É um dos truques ou ilusões da iluminação – que algo precise ser
consertado antes que a iluminação possa ocorrer. Não precisa. Nada precisa ser
consertado, seja o que for. Nenhuma coisa precisa ser reparada. Nem uma coisa
sequer. Não quero saber se vocês são alcoólatras ou se são estúpidos. Isso não
precisa ser reparado. Alguns de vocês se identificam com isso, não? [Algumas
risadas] Nada precisa ser reparado.
Assim, peço a vocês que respirem fundo e permaneçam no
corpo neste momento. Voltem pra esse saber. Vocês o criaram. Não foi um grandioso anjo dourado. Não foi o
eu superior. Foram vocês, o saber do Eu Sou.
[Pausa]
Seguindo esse saber, vieram os
pensamentos, os sonhos e as imaginações sobre o despertar e a
iluminação.
Seguindo esse saber, veio uma
mudança na dinâmica energética da sua vida, nos relacionamentos, no modo como
vocês interagem consigo mesmos e com os outros. Mas nada disso é muito
importante. Nada disso. Não são coisas que levam à iluminação.
É o simples saber. Tão simples que
não tem definição; tão simples que a mente não pode relacioná-lo a nada; tão
simples que vocês não podem recriá-lo. Vocês não podem recriá-lo porque ele
ainda está aí, meus amigos. Nunca foi embora.
Esse saber do Eu Sou nunca se
extinguiu.
Na frente dessa chama do saber,
vocês colocaram muitas outras coisas – uma experiência grandiosa e interessante
em direção a seu próprio despertar –, mas essa chama sempre esteve aí. Eu sei
que, às vezes, vocês tentam recriá-la: “Onde está aquele sentimento?” Ele ainda
está aí. Na verdade, é ele que realmente está guiando vocês.
Às vezes, quando vocês se perguntam por que certas
coisas acontecem na sua vida, por que certos eventos ou situações acontecem, é
porque esse saber ainda está aí. Apesar de sua obstinação e sua
determinação, ele conhece
a verdade. Ele sabe que ele é o caminho. Ele sabe que ele é o despertar. É a
única coisa – única coisa, meus amigos – que permanecerá verdadeira e
real.
Quando digo que me encolho todo
quando ouço os Shaumbra dizendo “Vou continuar seguindo, custe o que custar”, eu
realmente desejaria que eles simplesmente parassem. Livrem-se desse carro.
Larguem essa jornada. Larguem todo o makyo. E o makyo é a gasolina
pra jornada. Nunca mais reabasteçam esse tanque. Livrem-se de todas essas
coisas. Simplesmente, voltem para o saber. Nada mais importa. Nada mais é
importante. Nada mais vai trazer a percepção da iluminação.
Nada.
O saber é muito sutil. Não pode
sequer ser definido. A mente não tem nenhum conceito sobre ele. A mente não tem
nenhuma condição de relacioná-lo a nada.
Respirem fundo e deixem-se levar
pelo seu próprio saber.
Aceitem esse lindo abraço do
saber.
O saber nunca ditou regras. Não há
uma regra dizendo: “Você tem que despertar agora.” Não tem nada a ver com
destino nem com momento certo. Vocês têm um vislumbre dele, um vislumbre, apenas
um gostinho dele, quando baixam a guarda, quando se rendem ao Eu Sou, a si
mesmos, por um instante. Esse vislumbre do saber cria muitos pensamentos na
mente, muito makyo, muita determinação. Eu amo vocês, Shaumbra, por sua
determinação. Mas determinação para quê?
Venham agora e larguem toda essa
batalha, determinação, vontade, direcionamento, impulso, força, poder – larguem
tudo. E o incrível é que vocês ficarão bem. Na verdade, melhor do que
nunca.
Vocês podem parar de se esforçar.
Vocês podem parar de sentir medo. Está tudo bem aí, dentro de vocês – não em
mim, em vocês –, o saber, o Eu Sou. O saber de que é hora de voltar pra casa.
Hora de voltar pro Eu Sou, pra percepção. Hora de integrar. É hora de voltar pra
casa.
Não é engraçado que vocês tinham o
saber de que era hora de voltar pra casa, pro Eu Sou, mas que pegaram um carro e
saíram numa longa jornada? Ah, o lar estava bem aí, bem aí mesmo. Acho que é por
isso que eu digo que foi tudo perfeito, de certa forma. Vocês estão exatamente
onde deveriam estar.
Eh, vocês meio que tiveram que
passar por todas as provações e tribulações antes de se recomporem e dizerem:
“Ah, aqui estou eu.” Daí, vocês param de buscar. Deveria haver uma lei contra a
busca espiritual. Deveria haver uma lei contra leis, então... [Algumas
risadas]
Ah, a busca espiritual é uma
indústria, sabem como é. É uma distração. Acho que é uma experiência. É
frustrante, porque... Tudo bem se fazem a busca espiritual e estão conscientes
de que estão apenas buscando em nome da busca. Mas é um pouco triste quando
fazem a busca e acham que ela é real, que de fato vai levá-los a algum
lugar.
Não. O lar – o lar está chamando
vocês. O lar está dentro de vocês. Não há lugar algum pra ir. Não há palavras
ocultas. Nada a fazer. Nada a consertar. Apenas voltar pro lar.
Sem nenhum porém. Sem aquele “mas”
do tipo: “Mas o que vou fazer quando sair por aquela porta?” Absolutamente nada.
Vocês podem sair e fazer fofoca se quiserem, beber, cair na farra, buscar,
pensar, batalhar. Quando saírem por aquela porta hoje, vocês vão fazer isso ao
menos conscientes de que estão fazendo isso, ao menos conscientes de que não
precisam fazer isso, ao menos conscientes de que foi esse saber que os chamou,
que ainda os está chamando. Ele ainda está aí, e não tem nada que precisem
fazer. Nada.
Respirem bem fundo. Tentem ficar
no seu corpo. [Ele dá uma risadinha.]
Liberem um pouco dessa tensão. Oh,
nossa, a tensão relacionada ao despertar e à iluminação. O estresse. Daria uma
boa música: Estresse da Iluminação.
Se eu tivesse dito a vocês, se
Tobias tivesse dito a vocês, há 20 anos, que vocês não precisavam fazer nada,
vocês ainda assim teriam saído nessa busca. Vocês ainda assim teriam ficado sem
dinheiro, tido problemas de saúde e todo o resto. Por isso, acho que vocês estão
exatamente onde deveriam estar neste momento. Neste exato momento.
O lar chama o tempo
inteiro.
Respirem bem fundo.
Assim, meus queridos amigos... Ah,
podem diminuir a música. Ficaremos com essa luz tranquila mais um
pouco.
Olhando Lá na
Frente
Lembrem-se, é o saber de vocês. Se
tiverem problemas quando estiverem aí fora fazendo as coisas humanas do dia a
dia, apenas lembrem-se do que tratamos hoje.
Fico impressionado que tenham
passado por isso. Foi uma droga bem grande, uma grande dissonância. E vocês
continuaram tentando resolver a dissonância. Isso é que foi interessante e que
ocasionou mais dissonância. Vocês continuaram tentando consertar as coisas que
não podiam ser consertadas, jamais. Mas isso fez com que se sentissem bem. Como
se, pelo menos, vocês estivessem consertando as coisas, trabalhando em algo. E,
quanto mais tentavam consertar, mais quebrada a coisa ficava.
É isso. É só lembrar. O lar está
chamando. Sempre está. Isso é tudo. Tudo que precisam fazer.
Eu falei sobre isso agora porque
2014 vai ser um ano interessante para o mundo, para este planeta. Vou chamá-lo
de ano da resistência ao amor para o planeta. Resistência ao amor. E agora não
estou falando dos Shaumbra, de vocês, porque vocês serão capazes de ficar só
como observadores. Vocês serão capazes de se manter afastados. Serão capazes de
realmente se identificar com aquilo pelo qual o planeta, os humanos estarão
passando, porque vocês já conhecem isso – vocês passaram por isso. Vocês já
viram a loucura, o conflito, a dissonância, a luta. Vocês já viram a insensatez
de tudo isso.
Vocês serão capazes de se manter
afastados e, com algumas respirações profundas, serão capazes de dizer: “Ah,
eles estão passando pela experiência deles.”
Vai ser um ano maluco para os sistemas, os países e
realmente para qualquer tipo de estrutura ou método, qualquer coisa que seja
rígida. Vai ser um ano de resistência ao amor. Terá seus altos e baixos. Eu
diria que será, energeticamente, um ano mais difícil do que a maioria dos outros
anos, porque há mais energia agora do que nunca. E, como a consciência de vocês
está se elevando e trazendo mais energia para o planeta, isso está causando mais
percepção de divergência e mais conflitos e lutas. VocêsOS MATERIAIS DO CÍRCULO
CARMESIM
Série da Descoberta
SHOUD 3: “Descoberta 3” –
Apresentando ADAMUS,
canalizado por Geoffrey Hoppe
Apresentado ao Círculo Carmesim
em
2 de novembro de 2013
www.crimsoncircle.com
Eu Sou o que Sou, Adamus of Free
and Sovereign Domain.
Ah! Alguns vieram desta vez.
Bem-vindos. Saudações.
Ter um Corpo
Que bom ver tantos aqui! Que
corpos adoráveis vocês têm! Hum. [Algumas risadas] Não, é sério. É sério. Podem
imaginar a alegria de ter um corpo e estar nele? Oh! Mal consigo me lembrar dos
dias em que eu tinha um corpo físico. Ah, sei que às vezes vocês o amaldiçoam.
Praguejam contra ele. Às vezes, ele dói demais. Às vezes, fica velho... talvez
com algumas rugas aqui e ali... mas que delícia é ter um corpo
físico.
Estou ocupando o corpo de Cauldre
só por alguns minutos aqui, o que é ótimo, mas, meus caros amigos, ter um corpo
assim... Respirem fundo dentro dele. Oh! Não é isso que torna vocês humanos.
Não, o corpo não é o que os torna humanos. Não. É a consciência – ou, digamos, a
consciência limitada –, é a percepção a partir da qual vocês operam. É isso que
os torna humanos. Só porque têm um corpo físico, isso não torna vocês humanos.
Não é só isso. Vocês podem sair pelo cosmos e levar o corpo com vocês. Não é pra
ele que vão olhar. Vão olhar pra essa perspectiva de vocês, pro nível de
consciência.
Mas ter um corpo... que coisa
incrível! Vocês podem ser sensuais, e mesmo sexuais, Edith.
EDITH: É, pode apostar.
ADAMUS: Sim. Obrigado, é. Temos
conversado. Bom ver você de novo, minha querida. [Ele dá um beijo
nela.]
EDITH: Obrigada.
Obrigada.
ADAMUS: Ter essa coisa chamada
corpo. Simplesmente, respirem nesse corpo um instante. Ohh! Comam, amem nesse
corpo, sim, porque, bem, vocês vão precisar dele. Vocês têm muitos anos pela
frente neste planeta. São boas novas, não são, Larry? Você está sorrindo, Larry.
Larry, e essa abundância?
LARRY: Vai bem.
ADAMUS: Vai bem. Continue pensando
nisso. Ela virá pro seu caminho.
Então, respirem no corpo. Vocês
têm muitos anos pela frente no planeta. Não, vocês não vão partir em breve.
Embora, de vez em quando, vocês imaginem isso, pensem nisso: “Oh, que alívio
sair desta consciência humana.” Não. Vocês vão sair do corpo e ainda levar essa
consciência humana com vocês.
Ah, e isso é uma medalha de honra,
por sinal. Vocês vão para as outras esferas, ora, vocês vão para as esferas
Próximas da Terra, e dizem: “Acabei de chegar de outra experiência biológica
humana.” Ah, eles cumprimentam vocês. É. Vocês vão pra essas outras dimensões
com alguns seres alienígenas... ah, é uma honra ter sido um humano
encarnado.
Assim, respirem fundo em seu
corpo, o amem e o apreciem.
Adamus
Esta faceta de Saint Germain que
se chama Adamus, ou Adamus (pronunciado como Ádamas), eu adoro. Adoro. É como
uma cocriação entre mim e vocês, Shaumbra. Eu tinha vontade de fazer isso, mas
não fiz até ter um grupo com quem fazer isso, até vocês chegaram, e então
criamos o Adamus. Muito legal, não é? [Algumas pessoas dizem que sim.] Sim. Sim.
[Adamus ri.] Sim, duas pessoas disseram... [Risadas] Três, se Linda estiver
pensando nisso. Ela pode se deixar influenciar.
Não, eu amo a persona de Adamus, esta faceta de
Saint Germain, porque, vejam bem, existem muitos mensageiros de Saint Germain
por aí. Alguns têm contrato, um acordo comigo. Outros me sentem e sentem essa
essência, mas Saint Germain é meio chato. É meio chato. Se vocês já leram...
[Alguns concordam; Adamus ri.] É, vocês já leram
alguns livros! [Alguém diz que sim.] Ohhh! [Ele finge que boceja.] E devo
dizer... sem querer me eximir da responsabilidade, mas devo dizer que não é só,
necessariamente, o Saint Germain que é meio chato.
Vocês sabem que há uma espécie de
tensão, às vezes, nessa jornada espiritual, tipo uma reverência, meio que uma
falsa reverência. Então, conseguir quebrar esse Saint Germain meio chato é um
alívio pra mim. Posso vir aqui. Posso entrar no corpo de Cauldre. Posso estar no
corpo de muitos de vocês também, tudo ao mesmo tempo. Posso levar alegria. Posso
fazer rir. Posso ser irritante. Posso ser desagradável, e podem esperar...
[Risadas]
LINDA: Tudo isso. Sim, tudo
isso.
ADAMUS: ... porque temos muito
tempo pela frente.
LINDA: Hã-hamm.
SART: Merda!
ADAMUS: Adamus é a cocriação,
vocês e eu. É a parte de vocês que realmente gostaria de surgir e ser
irreverente, ser indisciplinada, e de fazer as coisas que, normalmente, vocês
não associam à espiritualidade. Mas há essa perspectiva, esse envoltório de como
supostamente é ser espiritual. Vou dizer uma coisa, e vamos falar sobre isso
hoje. Vocês não chegam no céu nesse carro, nesse carro espiritual. [Algumas
risadas] De jeito nenhum. Vou mostrar a vocês por que e por que não.
Assim, é bom estar aqui com vocês e me divertir. Para os
que estão se conectando pela primeira vez, hoje eu vou ser engraçado. [Aplausos
da plateia] Porque Adamus é vocês e sou eu, certo? Hoje vou ser provocador,
comumente chamado de... [Alguns fazem “yeah” e poucos aplaudem.] Foram menos
aplausos desta vez. Comumente chamado de irritante. Vou ser Irritante. Ah, por
quê? Porque vocês querem isso – nós queremos –, porque vamos encontrar a
saída. Vamos encontrar a saída, e hoje, definitivamente, examinaremos
isso.
Para alguns que estão se
conectando pensando que vão receber uma mensagem espiritual bacana, não. Nós
vamos ser rudes. Vamos ser muito grossos, às vezes. Vamos fazer coisas que nunca
esperariam que acontecessem num grupo espiritual, exceto uma orgia. [Risadas]
Mas, fora isso – fora isso, meus caros – vamos sair da caixa espiritual
hoje.
Assim, peço a vocês, se estiverem
assistindo pela primeira vez, ou mesmo segunda, e se estiverem assistindo e
pensando “onde fui me meter e o que estão fazendo lá?”, por favor, experimentem
ver até o fim, porque é a história de vocês – da chatice à iluminação. Humm. É
isso mesmo. [Alguns aplausos e assovios]
Fazemos isso de forma um pouco diferente aqui, porque
vocês permitem. Alguns permitem. Reparei que não tem muita gente hoje. Vocês
pensavam, com profunda sabedoria, a sabedoria das eras, que vem através destes
Shouds – de vocês; eu apenas transmito de volta pra vocês –, vocês pensavam que
a profunda sabedoria que isto aqui contém traria alegria pra esta existência,
pouparia vocês de mais 30, 40, 50 existências; o humor com que tratamos isso, a
incrível sabedoria – tudo sem custo nos Shouds mensais –, vocês achavam que
teria uma fila lá fora descendo pelo canyon até Denver e mesmo Kansas,
com as pessoas esperando ouvir isto, não pensavam? Não pensavam? [Alguém diz que
sim.] Digo, vocês pensavam que a televisão estaria aqui com seus caminhões
transmitindo isto por satélite, em rede nacional, por causa da profunda
simplicidade que vocês estão descobrindo.
LINDA: Não. Mas a NSA está aqui.
[Algumas risadas] (N. da T.: A NSA – National Security Agency – é a Agência de
Segurança Nacional dos Estados Unidos.)
ADAMUS: Pode ser que aprendam
alguma coisa. [Mais risadas]
Vocês achavam que custaria pelo
menos mil e duzentos dólares para participar desta sessão e poder tocar na
mão... Vá em frente, é de graça hoje. [Risadas quando ele dá a mão pra alguém
tocar.] Ser capaz de tocar na mão de Adamus, que é realmente vocês. Vocês
achavam, mas não. Eu olho aqui para a plateia e... é claro, da última vez eram –
mês passado – bichos de pelúcia.
Agora, será que podem imaginar
como é, pra mim, voltar ao Clube dos Mestres Ascensos e eles perguntarem:
“Adamus, como foi a reunião hoje?” Ótima. Ótima. [Algumas risadas] “Oh, sério? A
plateia, estava cheia?” Ah, sim. Ah, claro, claro. “Como estavam todos esses
humanos?” Hummm, estavam um pouco quietos hoje. [Mais algumas risadas] Sim, mas
realmente captaram a mensagem, sim, para mudarem. [Mais risadas, inclusive de
Adamus]
Vocês achavam que a sala hoje
estaria cheia. Daí, são necessários mais 42 minutos pra dirigir até aqui, em
Coal Creek Canyon, mais 42 minutos para a sua iluminação. Vocês achavam. Mas,
não, algumas pessoas simplesmente não vão tomar nem 10 minutos do tempo delas –
agendado com caos, agendado com drama e agendado seja lá com o que for. Elas não
usariam nem três minutos pra chegar até aqui.
Então, quando abri os olhos agora
e vi que meia sala estava cheia de piratas durões – aargh, aargh, aargh, aargh,
aargh! [a plateia também está dizendo “Aargh”] aargh! –, eu disse pra mim mesmo:
“Adamus, Saint Germain, Shakespeare”, todos os meus outros nomes, eu disse pra
mim mesmo – isso é bem confuso, por sinal –, eu disse pra mim mesmo: “O que
fazer? O que fazer com o grupo pequeno, mas durão, que está aqui hoje?” Temos
umas duas horas pra falar de iluminação; o que fazer?
E
eu pensei sobre isso um instante e disse: “Adamus, o que você faria? O que
vocês fariam
– vocês, Shaumbra, que estão aqui –, o que vocês fariam, enquanto humanos,
quando os outros não estão? O que vocês fazem no dia a dia quando não tem
ninguém em volta? O que vocês fazem quando vocês estão lá, talvez com outras
poucas pessoas, e... O que vocês fazem quando vocês se reúnem com a família e
alguns membros não estão lá? O que vocês fazem? [Alguém diz: “Falamos sobre
eles.”] Vocês falam sobre eles! E é isso que vamos fazer hoje! [Risadas e
aplausos]
Fofoca sobre
Shaumbra
Nós vamos fazer fofoca. [Algumas
risadas] Não tem nada de errado com isso; vocês podem ser iluminados e falar da
vida alheia. Aliás, quanto mais iluminados, mais fofoca vão fazer. Mais
engraçado isso fica. Por quê? Porque, daí, não é maldoso. São histórias
divertidas. São histórias muito divertidas. Então, hoje, vamos falar daqueles
que não estão aqui. [Algumas risadas]
Agora respirem fundo. Liberem a
tensão espiritual que possam ter com relação a isso. Linda, querida Linda,
poderia se levantar um instante?
A querida Linda se esforça muito
pra não fazer fofoca. [Algumas risadas quando ela concorda.]
LINDA: Eu me saio bem.
ADAMUS: Ela se esforça muito pra
não fazer fofoca, e às vezes toda a sua força de vontade pra segurar a língua,
embora sua mente não se segure tanto. Ela se esforça, mas hoje você tem
permissão pra fofocar. Você, Linda, vocês, Shaumbra, que estão aqui, e os poucos
que estão conectados hoje. Vejo que há uns poucos, mas não muitos. Vocês estão
tão ocupados que não conseguiram se conectar para a iluminação hoje, os que não
estão aqui? Os que estão, por favor, juntem-se à nossa fofoca de hoje. Vamos
falar dos Shaumbra. Isso.
Agora, Linda, você precisará do
microfone. Eu precisarei do quadro pra registrarmos a essência disso tudo. [Ele
está tirando um banquinho do caminho, entregando-o ao David.] Tome. [Adamus
ri.]
LINDA: O quê?!
ADAMUS: A essência dos
Shaumbra.
Assim, procurem sentir os
Shaumbra. Vamos listar as peculiaridades – peculiaridades dos Shaumbra aqui –
usando um adorável... [Adamus desenha um bonequinho com um tapa-olho de pirata.]
Não sei bem se isso é um sorriso. Então, o que dizer dos Shaumbra? Só estamos
nós aqui.
Assim, Linda, você leva o
microfone, por favor, para os piratas durões que estão aqui. Vamos falar dos
atributos dos Shaumbra do ponto de vista de coisas como... [Ele tenta levantar a
aba lateral do flipchart.] Coisas como... [Ele consegue.] Asa de anjo!
Ah, sim. Pegue uma fita adesiva, por favor. [Ele arranca a folha do bonequinho
no quadro para pendurá-la na aba lateral.] Sim, muito esperto. Do ponto de vista
de seus desejos. O que os Shaumbra desejam? Do ponto de vista de suas crenças.
Em que eles acreditam? Do ponto de vista de suas verdades. Quais são as suas
verdades? Em outras palavras, o que é realmente verdadeiro pra eles? Do ponto de
vista... [Ele fala com Linda.] Pendure com a fita isso aqui. Você tem que fazer
tanta coisa...
LINDA: Tão complicado. [Linda cola
o desenho na aba do flipchart.]
ADAMUS: Do ponto de vista da
realidade dos Shaumbra... da realidade. O que dizer dos Shaumbra? Hum.
[Ele escreve.] Peculiaridades
dos Shaumbra. Vocês sabem como às vezes citam todas as características das
pessoas. Bom, alguém não se sente à vontade pra fofocar? Podemos desligar as
câmeras, os microfones e tudo mais. Alguém... Desligar as luzes... É, sim, sim!
[Adamus está rindo.] Querem colocar sacos na cabeça? [Algumas risadas] Senti, de
repente, uma queda de energia na sala, tipo “Ugghhh!” Não, não, está tudo bem.
Eles não se importam. Não estão aqui. Então, vamos falar sobre eles. Linda, leve
o microfone, por favor. Vamos começar. Pensem nisso. Quais são os desejos deles?
Vamos começar. Os desejos dos Shaumbra.
PAUL: Eu diria que a maioria dos
Shaumbra sente que finalmente estão tendo as respostas.
ADAMUS: Estão tendo as respostas.
Ótimo.
PAUL: Isso.
ADAMUS: Certo. [Ele escreve.]
Finalmente estão tendo as respostas. Muito bem. Você está,
Paul?
PAUL: Definitivamente.
ADAMUS:
Definitivamente.
PAUL: Hã-hamm.
ADAMUS: Qual foi a melhor resposta
que você teve?
PAUL: Sim.
ADAMUS: Ótimo. E qual foi a
pergunta?
PAUL: Não importa. [Adamus
ri.]
LINDA: Oooh!
PAUL: Não importa.
ADAMUS: Ah, que
sensato!
LINDA: Ooooh!
ADAMUS: Oh, Gafanhoto. Ótimo!
Ótimo. [Adamus ri e alguns aplaudem.]
SART: Ele leva um prêmio de
Adamus.
ADAMUS: Excelente. Excelente.
Ótimo. Certo.
PAUL: Obrigado.
ADAMUS: Shaumbra. Quais são os
desejos deles? Como é a realidade deles? Quais são as verdades? Quais são as
verdades espirituais deles? Ah, ótimo, ótimo. Por favor, levante-se. Venha pra
cá. Faz tempo que não a vejo.
KERRI: Eu me sinto tão especial...
[Adamus ri; ela para no meio do corredor.] Está bom aqui, ou vou até
aí?
ADAMUS: Não, não, não. Venha até
aqui. Até aqui. Se vamos fazer fofoca, todos também devem ver bem quem está
falando. Então, me diga...
KERRI: Qual era a
pergunta?
ADAMUS: A pergunta é... Fale-me
sobre os Shaumbra.
KERRI: Os Shaumbra querem... As
mulheres sozinhas querem transar.
ADAMUS: Oh, espere um
segundo.
KERRI: Eu vou dizer a
verdade.
ADAMUS: Deixe-me... Tenho que
escrever isso.
KERRI: Ouço isso o tempo
inteiro.
ADAMUS: Hum, bem, vou escrever
assim.
KERRI: É a verdade, quer
dizer...
ADAMUS: Oh. Só as mulheres
sozinhas... ou as casadas também?
KERRI: Não falo dos
rapazes.
ADAMUS: ... ou as casadas
também?
KERRI: Ah, provavelmente, elas
também querem. Pode ser que já tenham. Não sei. [Algumas risadas]
ADAMUS: Certo. Então, o que você
está dizendo aqui é que só as mulheres querem transar, não os homens?
KERRI: Não posso falar por eles. E
eles todos estão acompanhados. Não tem homem sozinho aqui. Estão todos com
alguém. Vê algum sozinho...? Ah, Sart, sinto muito. [Adamus ri.] Oh, oh, espera.
Me desculpe. Mas, não, eu ouço as mulheres, minhas amigas, e...
ADAMUS: Amigas, certo.
KERRI: ... e elas gostariam de
fazer isso de vez em quando.
ADAMUS: As mulheres. Fazer de vez
em quando o quê?
KERRI: E eu digo pra elas saírem
da mente.
ADAMUS: [Ele escreve.] Mulheres
querem... Nem sempre entendo o palavreado moderno.
KERRI: Sim, você
entende.
ADAMUS: ... de vez em
quando... Certo. Por que só de vez em quando? Por que não...?
KERRI: É verdade.
ADAMUS: Presumo que você esteja
falando de abundância? Por que não sempre?
KERRI: Porque elas ficam na mente
e dizem: “Preciso da minha alma gêmea. Ele tem que ser perfeito e
espiritual.”
ADAMUS: Oh, [escrevendo]
precisam de uma alma gêmea. Certo. O que isso tem a ver com “querer de
vez em quando”?
KERRI: É o que eu digo. [Algumas
risadas]
ADAMUS: Certo. [Kerri ri.]
Precisam de uma alma gêmea. Certo, e... ótimo. Então, querem de vez em quando. E
você?
KERRI: Você não aparece. [Risadas
de Adamus e da plateia] Estou esperando.
ADAMUS: Apareço, mas você está
dormindo.
KERRI: Você não vem dançar na
minha porta da frente.
ADAMUS: Você está dormindo e
roncando.
KERRI: Ah, que seja.
ADAMUS: Não é muito atraente – o
ronco. Dormir, tudo bem. E o que mais? O que dizer mais dos Shaumbra?
KERRI: O que dizer mais dos
Shaumbra?
ADAMUS: O que dizer mais dos
Shaumbra, porque eu ouvi você...
KERRI: Eles pensam
muito.
ADAMUS: Eles pensam
muito.
KERRI: Pensam muito, muito
mesmo.
ADAMUS: [escrevendo] Pensam
muito. Certo. E pensam em quê?
KERRI: E eu não fico enfeitando a
coisa, porque, se você me pergunta, eu digo.
ADAMUS: Não. Estamos fazendo
fofoca hoje. Pensam muito. Pensam muito em quê?
KERRI: Na iluminação
deles.
ADAMUS: [falando junto com Kerri]
Em transar. [Adamus ri.]
KERRI: Ah, sim, sim. Mas não vão
admitir isso.
ADAMUS: Certo, certo.
KERRI: Me disseram na surdina,
porque eu noto quando estou conversando.
ADAMUS: Certo, certo.
KERRI: E consigo que me
digam.
ADAMUS: Sei.
KERRI: Os verdadeiros
desejos.
ADAMUS: Sei.
KERRI: Mas aí ficam tipo: “Por que
não tenho abundância?”
ADAMUS: O que você diz quando
falam: “Querida Mestra Kerri, estou buscando mais experiências físicas
sensuais.”
KERRI: Eu digo, veja bem, beba um
pouco, é o número um.
ADAMUS: Sei.
KERRI: Tenha uma pessoa amiga,
assim como eu.
ADAMUS: Sei, sei.
KERRI: Me leve pra sair que eu
encontro com certeza alguém pra você.
ADAMUS: Verdade?
KERRI: É, sim.
ADAMUS: Oh, tudo bem.
Ótimo.
KERRI: Você não precisa de uma
ajuda assim, certamente. Mas...
Adamus: Eu não saio.
KERRI: Ah, tudo bem.
Adamus: Ótimo. Então... os
Shaumbra pensam muito. E no que eles pensam?
KERRI: Além de sexo, na iluminação
deles e por que não têm abundância.
ADAMUS: [escrevendo] Não têm
abundância. Certo. [ainda escrevendo] E o que pensam sobre a
iluminação deles?
KERRI: Dizem: “Que diabos! Vou a
todos esses workshops, nesses anos todos, e ainda estou sem
dinheiro.”
ADAMUS:
Duh!
KERRI: Duh!
ADAMUS: Ótimo. E por
que você acha que eles querem a iluminação? O que eles acham que é a
iluminação?
KERRI: Bem, eles embarcaram nesse
trem há muito tempo e querem que ele fique nos trilhos, e só... não acho que
eles pensem profundamente nisso.
ADAMUS: Não pensam
profundamente... Não se importa que eu escreva isso. Pensam muito, [ele
completa, escrevendo] mas não profundamente.
KERRI: Eu envio a
conta.
ADAMUS: Excelente. Obrigado.
Estamos fazendo uma boa lista aqui. Ótimo. Obrigado. Obrigado.
KERRI: De nada.
ADAMUS: Linda?
LINDA: Estou de
prontidão.
ADAMUS: Ótimo. Obrigado,
Kerri.
KERRI: De nada.
ADAMUS: Você meio que iniciou,
deixando tudo mais apimentado. Ótimo, ótimo, ótimo. [Alguns aplausos] Sabíamos
que podíamos contar com você.
Certo, o que mais? Os Shaumbra...
Temos boas respostas aqui. Começamos com um pouco de makyo, mas agora
temos coisa boa. Certo. O que mais?
LINDA: Vou dar o microfone pra
nossa convidada especial de hoje, e muito famosa, Patricia Aburdene, a autora do
livro Conscious Money (Dinheiro Consciente).
ADAMUS: Oh!
LINDA: Com todos esses problemas
de abundância, esta mulher...
ADAMUS: Você é paga pra fazer
publicidade?
LINDA: ... esta senhora tem as
respostas.
ADAMUS: Você recebe pela
propaganda do produto, tem alguma comissão?
LINDA: Sim, eu tenho. Ela me envia
bênçãos.
ADAMUS: Ótimo.
LINDA: Acontece uma troca de
bênçãos.
ADAMUS: Ótimo. Você tem um
exemplar do livro aqui hoje? Podemos segurar na frente da câmera. [Patricia diz
que não.] Tudo bem.
LINDA: Chama-se Conscious
Money, de Patricia Aburdene.
ADAMUS: Ótimo. Então,
cara Patricia, o que me diz dos Shaumbra?
PATRICIA: [gritando] Eles querem
ficar famosos! [Linda ri.]
ADAMUS: Oh, claro! Querem ficar
famosos. Eles são, de fato. Eles são e não são. Certo. Então, [escrevendo]
querem ficar famosos. E ficam?
PATRICIA: Não. É por isso que
preciso do empurrão de vocês. [Ambos riem.]
ADAMUS: E o que é...?
PATRICIA: E eu nem sou
famosa!
ADAMUS: Por que querem ser
famosos?
PATRICIA: Bem, é uma comprovação.
Significa que você é querido. Você é...
LINDA: Ohh.
PATRICIA: Você é...
ADAMUS: Adorei isso.
PATRICIA: Vejam a Kim Kardashian.
Como se pode contestar? Dá pra questionar?
ADAMUS: É um bom
exemplo.
PATRICIA: Por quê?
ADAMUS: Sim. Então,
comprovação. [Ele escreveu.] Excelente. Comprovação em que
nível?
PATRICIA: Bom, depende do grupo.
[Ela ri.]
ADAMUS: Sim, sim. Isso
mesmo.
PATRICIA: Depende de quem acha que
você é famoso.
ADAMUS: Sim. Bem, a comprovação é
do eu humano, o que chamo de pequeno eu humano, que tenta se sentir um grande eu
humano. E quer a comprovação dos outros. Quer... essa parte quer andar pela sala
e que todos façam “Oooh. Ahh”.
PATRICIA: “Lá está fulano...”,
seja o que for.
ADAMUS: E, então, a comprovação de
si mesmo, é claro. A comprovação do tipo: “Ah, eu fiz isso. Se sou famoso é
porque fiz algo grandioso pelo qual fui notado. Sendo famoso, devo ser
iluminado. Devo ser. E, sendo famoso, provavelmente vou ter dinheiro, ter
felicidade e paz.” Isso.
PATRICIA: Claro.
ADAMUS: Sim. E isso
funciona?
LINDA: Provavelmente sexo
também.
PATRICIA: É.
ADAMUS: E sexo, sim. E esse
mecanismo funciona?
PATRICIA: Bem, às vezes, funciona.
Funciona para algumas pessoas às vezes.
ADAMUS: Sim. Sim.
PATRICIA: E talvez depois de um
tempo a coisa desmorone.
ADAMUS: É, é. [Algumas risadas]
Acho que sim. Acho que sim. É, a coisa fica emperrada.
PATRICIA: Bem, a pessoa fica...
fica dependente.
ADAMUS: Sim, isso gera dependência!
PATRICIA: Se você é um pouco menos
famoso, então...
ADAMUS: Porque normalmente tem
alguém mais famoso...
PATRICIA: ... “Eu sou um
fracasso.”
ADAMUS: ... a menos que seja
Adolph Hitler ou Genghis Khan.
PATRICIA: Certo.
ADAMUS: Normalmente, tem alguém mais famoso. E é um vício, não
que eu tenha tido esse problema.
PATRICIA: Não! [Outra pessoa
também diz: “Não.”]
ADAMUS: Mas... mas eu tinha
notoriedade. E costumo dizer que há uma diferença entre notoriedade e fama,
embora realmente não haja. É só uma forma mais sutil de dizer a mesma coisa. Mas
o vício. Eles querem ser famosos, e eles [escrevendo] ficam
viciados.
[Adamus se “confunde” todo na hora
de escrever.]
LINDA: Por que tanta
dificuldade?
ADAMUS: Ehhh. Tenta fazer tudo isto que eu faço!
É um vício, uma loucura, e então
eles olham no espelho e dizem: “Devo ter feito algo importante nesta vida.”
Então, seria justo dizer que os Shaumbra, em sua maioria, são famosos ou não tão
famosos?
PATRICIA: Não tão
famosos.
ADAMUS: Não tão famosos. Mas ainda
assim você acha que eles buscam a fama?
PATRICIA: [suspirando; alguém diz
que não.] Estão dizendo que não. Tudo bem.
ADAMUS: Ótimo. [Ele escreve.]
Não são tão famosos. Quantos aqui – podem responder pra si mesmos –,
quantos aqui meio que sonharam ou desejaram ser um pouco famosos? Só um
pouquinho. É, digo, é natural. É natural. Em parte, se visto por outro ângulo,
também é se orgulhar do que fizeram e considerar que as outras pessoas
reconhecem o que vocês fizeram. Mas pode ser uma armadilha.
Quantos aqui – e não precisam levantar a mão, porque só
estamos fofocando entre nós –, quantos aqui pensaram num momento ou outro: “Ah,
sabe como é, vou ficar iluminado. Vou estar lado a lado com Yeshua, Buda e
Kuthumi. Não com Saint Germain; ninguém pode aspirar chegar tão alto. [Risadas]
Mas vou estar lá e, sim, vou ser um Mestre, um professor, um curador. [Ele gesticula impondo a mão.]
Wwffft! Curado! Zap!
Uau! Pra todo lado que eu vá, as pessoas pedem: ‘Ah! Por favor, me
cure.’”
E, de certa forma, é interessante,
vejam bem, porque há algo a ser dito sobre ajudar esses que estão realmente
prontos pra serem ajudados. Mas, de certa forma, é... Vou dizer, vou rotular
isso como sendo poder. Poder. E eu já disse tudo na Colômbia sobre poder, e pedi
aos Shaumbra de lá que tirassem o tapete do poder debaixo deles, pedi que
vivessem sem poder. É um jeito incrível de se viver. Vocês começam a descobrir
quantos de seus conflitos e problemas são derivados do poder.
Excelente. Obrigado.
PATRICIA: Obrigada.
ADAMUS: Vamos continuar com nosso
círculo de fofocas. O que mais dizer dos Shaumbra? Pensem em termos de... Quais
são os desejos deles? Como é a realidade deles? Quais são suas verdades
espirituais? O que dizer dos Shaumbra?
LINDA: Vou entregar o microfone
pra outro especialista aqui.
ADAMUS: Ah, sim.
MARTY (“CARACA”): Somos os
melhores respiradores do mundo.
ADAMUS: Reprodutores. Ótimos
reprodutores. Ah. [Risadas, por causa da confusão entre as palavras
“breathers” (respiradores) e “breeders” (reprodutores), com
pronúncias semelhantes em inglês.]
MARTY: Não, não, não, não! [Alguém
grita: “Respiradores.”] Respiradores.
ADAMUS: Respiradores. Os melhores
respiradores.
MARTY: Respiradores.
ADAMUS: [escrevendo] São os
melhores respiradores. Ótimo. Ótimo.
MARTY: Respire comigo.
Não...
ADAMUS: Respiradores.
Ótimo. Por que isso, Caraca? Melhores respiradores, por quê?
MARTY: Muita prática.
ADAMUS: Muita prática.
MARTY: Isso.
ADAMUS: Sei, sei.
MARTY: É.
ADAMUS: O que você acha que
acontece quando os Shaumbra, em sua maioria, quando pedem a eles, num grupo como
este, que respirem, o que acontece?
MARTY: É uma abertura natural. Vem
naturalmente.
ADAMUS: Sei, sei.
MARTY: Todos os outros
conselhos...
ADAMUS: Pra onde você acha que
eles vão?
MARTY: Hum, acho que chegam mais
perto do eu verdadeiro.
ADAMUS: Realmente. Digo,
realmente?
MARTY: Ha, ha! [Adamus ri.] É o
jeito mais fácil de ficar centrado, porque, de todos os conselhos que você nos
dá e que nós nos damos, é a coisa mais fácil de se fazer. Funciona sempre. É
radical!
ADAMUS: Certo. É fácil, sim. É
fácil.
MARTY: É. Hã-hamm.
ADAMUS: Vejam, ao contrário de
falar todos os mantras e cânticos e de se lembrar dos dizeres e frases, ou o que
for, é muito fácil. Infelizmente, cá entre nós, devo dizer que, na maior parte
das vezes, quando se pede aos Shaumbra que respirem, eles vão pra fora do corpo.
Eles não fazem uma respiração consciente. Respirar dá a eles permissão pra
escapar por um tempo. Eles vão pra terra da fantasia.
MARTY: Se desconectam.
ADAMUS: É legal – whoosh! Uau. Eles
realmente não... Eles não fazem uma respiração consciente, a verdadeira
respiração consciente que desperta o sentimento – não o pensamento, mas o
sentimento – de “eu existo”. Respirar com isso. Uau. É. Muitos saem, mas tudo
bem. Pelo menos, é uma pausa. Pelo menos, não ficam na mente. Pelo menos, estão
apenas relaxando. Pelo menos, acontece uma mudança biológica quando dizemos a
palavra “respirar”. É como hipnose: “Respirem.” [Ele faz como se caísse
dormindo.] “Hah, certo.”
Ótimo. Ótimo. Melhores
respiradores.
MARTY: Hã-hamm.
ADAMUS: Sim, e o que mais? O que
mais dizer dos Shaumbra?
MARTY: Hum. Achamos que somos
melhores que os outros. [Risadas]
ADAMUS: Ah. Gostei. Gostei disso.
[Ele escreve: São melhores que os outros.]
MARTY: Quero dizer, não de forma
arrogante.
ADAMUS: Não.
MARTY: Eu...
ADAMUS: Nããao.
MARTY: Não! Não! [Mais
risadas]
ADAMUS: Não! [Adamus
ri.]
MARTY: Somos anjos que arrasam. Eu
quero dizer...
ADAMUS: Quem você acha que
eles...?
MARTY: Não é se gabar, se for
verdade.
ADAMUS: Claro, claro, claro. Não.
Não, de fato, vejam, essa é uma dinâmica interessante – “ser melhor que os
outros” –, o que é ótimo. Agora, muitas pessoas diriam: “Oh! Que vergonha pensar
que você é melhor.” Tipo, por quê? Por que não? Digo...
MARTY: Exatamente.
ADAMUS: Eu Sou o que Sou. Não
posso evitar!
MARTY: Isso! [Risadas]
ADAMUS: Sinto muito pela sua
sina.
MARTY: Não posso evitar se sou tão
bom!
ADAMUS: Eu sou o que Sou. Então,
sim, sim. E a pergunta que eu tenho pra você... Muitas vezes, eles realmente
acham que são melhores que os outros, e eu brinco com isso de propósito. Adoro
isso. E adoro dizer aos Shaumbra que adoro trabalhar com eles, porque adoro
mesmo. Seria realmente chato trabalhar com esses outros grupos. É
sério.
Mas a pergunta que me faço às
vezes é: Será que isso é apenas um doce? É só uma droguinha, a cocaína do dia? É
algo só pra fazer com que se sintam bem, só pra dar aos Shaumbra um estímulo pra
saírem pela porta e enfrentarem a vida? Eu não sei. Não estou julgando. [Algumas
risadas quando ele faz cara de “que mentira!”] Mas... Mas... E será que é ruim
pensar que sou diferente dos outros? Diferente de um modo que eu gosto e que eu
aprecio, mesmo que eles não...
MARTY: Exatamente.
ADAMUS: ... e, sim, eu sou melhor.
Então. Sim. É uma observação bem interessante. Como você se sente?
MARTY: Hum...
ADAMUS: Digamos que você vá à igreja amanhã, o que não vai
acontecer, mas digamos que você fosse. Você entra numa igreja e o padre está lá
na frente fazendo as coisas de padre. Você vai pensar “Pffft! Sou melhor que
isso”?
MARTY: É muito interessante você
dizer isso.
ADAMUS: Eu sei que é. [Linda ri.]
Tudo que eu digo é interessante!
MARTY: Bem, primeiro, eu não entraria, porque provavelmente eu
seria atingido por um raio, mas... Na verdade, ontem eu fui a um funeral e,
quando o padre estava fazendo aquela coisa, sabe como é: “Somos filhos de Deus e
Ele lhe deu a vida...” e todo o resto, eu fiquei... Foi muito interessante o que
se passou comigo, porque não foi assim pffft, psssft, cchhhhtt. Mas foi. [Ele ri.]
ADAMUS: Não entendi muito
bem.
MARTY: Quero dizer, você sabe...
[Risadas]
ADAMUS: O que foi isso? O que foi
isso?
MARTY: Foi pffft, psssft, cchhhhtt.
ADAMUS: Ah! Sei, sei.
MARTY: É.
ADAMUS: É tipo “que p__ é essa”,
certo, mas gostei mais de como você colocou. Pode fazer de novo pra gente passar
no vídeo no mês que vem?
MARTY: Claro!
ADAMUS: Certo.
MARTY: Claro. Pffft, psssft, cchhhhtt. [Risadas e alguns
aplausos]
ADAMUS: É simples
assim!
MARTY: Fácil como
respirar.
ADAMUS: Já estou vendo a Vicki ou
quem for fazer a edição, repetindo isso muitas e muitas vezes.
MARTY: Podemos transformar numa
música.
ADAMUS: É. Ohhh! Isso. Ótimo. Ótimo. E o que aconteceu no funeral,
depois do seu pfft, che, pfft?
MARTY: O mesmo de sempre. Todo
mundo ficou, sabe como é...
ADAMUS: Fora do corpo.
MARTY: É.
ADAMUS: Sempre ficam assim nos
funerais.
MARTY: Hã-ham.
ADAMUS: É. Ficam bem fora do
corpo. É, sim.
MARTY: E depois todo mundo volta
lentamente pra mesma velha rotina em que normalmente vivem.
ADAMUS: Sim. É interessante. Eu
vou a alguns funerais agora só pra rir.
MARTY: Pra dar risadas.
ADAMUS: As coisas andam meio
devagar com os Mestres Ascensos. E eu vou lá, e é tão interessante, porque, nos
funerais, é como se houvesse uma noção, meio que uma fachada de tristeza, e de
vez em quando realmente é assim. Mas venham comigo um dia... Vamos fazer um
DreamWalk ao funeral de alguém. [Algumas risadas] Mas venham comigo um
dia. As pessoas ficam pensando no que vão jantar. Ficam pensando nas férias.
Pensando em sexo. Pensando... É, quando estão num funeral. Pensam em todas essas
coisas. E sentem muita culpa. Muita culpa. Elas não pensam: “Ei, como será que
está o Bob? Como será que ele está se saindo do outro lado?” Elas têm medo de
saber que o Bob está sentado bem do lado delas, e que ele não está nem um pouco
satisfeito. [Algumas risadas] Ótimo. Ótimo.
Mais alguma coisa? Mais alguma
coisa pra nossa lista de fofocas?
MARTY: Acho que encerramos por
aqui. Já devo ter ofendido muita gente.
ADAMUS: Ah, tudo bem. Tudo
bem.
MARTY: Eles não estão aqui. Não
estão aqui.
ADAMUS: Não estão aqui.
LINDA: De quem foi o
funeral?
MARTY: De uma
recepcionista.
ADAMUS: Vejam, talvez a razão pra
eu estar fazendo isso aqui seja pra que, de agora em diante, eles venham pra cá
porque, do contrário, vamos falar mal deles.
MARTY: Que sirva de
lição.
ADAMUS: Que sirva de lição. Mas
ótimo. Ótimo. Obrigado. Vamos para mais algumas pessoas. Ótimo.
LINDA: Certo.
ADAMUS: Nada como fazer um pouco
de fofoca sobre os Shaumbra. Que coisa sobre os Shaumbra realmente aborrece
você?
LINDA: Essa não era a pergunta
original. [Risadas]
MICHELLE: É!
LINDA: [rindo] Essa não era a
pergunta original! [Mais risadas]
ADAMUS: Eu desenvolvi a pergunta.
Mas o que dizer dos Shaumbra? Pronto.
MICHELLE: Estamos todos esperando
pela nossa iluminação. A cada mês...
ADAMUS: Oh!
MICHELLE: Estamos esperando,
esperando, esperando.
ADAMUS: Sim, sim.
MICHELLE: E, daí, facilmente nós
nos distraímos.
ADAMUS: Isso.
MICHELLE: Mas estamos bem
empenhados, eu acho.
ADAMUS: [escrevendo] Estão
esperando pela iluminação.
MICHELLE: Tipo: “Onde está?
Quando?!” [Alguém grita: “Quando?!”]
ADAMUS: Esperando pela
iluminação.
MICHELLE: É. Em 2012,
2013...
ADAMUS: Mas, veja, isto está no
topo da minha lista.
MICHELLE: ... 2020...
ADAMUS: O que dizer dos Shaumbra?
Estão todos esperando. Digo, realmente estão esperando. Posso ficar por aqui
durante um tempo, não pra sempre, mas por um tempo. Posso distraí-los, porque
esse é o meu trabalho, a propósito. Posso distraí-los por um tempo, mas eles
estão todos esperando. Volto de um monte de encontros, vou pro meu castelo, um
dos muitos castelos que tenho, e eu... [Alguém ri.] E vejo que eles estão todos
esperando! Eu não me importo – estou me divertindo, se nada mais acontecer –,
mas estão todos esperando. Sim. Por quê?
MICHELLE: Porque é a coisa mais
importante pra nós?
ADAMUS: Não, por que estão
esperando? Por que não estão fazendo isso?
MICHELLE: Ah, por que não estamos
nos iluminando?
ADAMUS: Isso, é.
EDITH: Porque ele é um ótimo
amante!
ADAMUS: Ahh, obrigado. Shhh! Não
conte, Edith. Edith não quer a iluminação dela, porque ela acha que não voltarei
a visitá-la à noite e...
EDITH: Você não sabe o que eu
quero.
ADAMUS: Você sussurrou isso no meu
ouvido outro dia.
EDITH: Talvez eu tenha
mentido.
ADAMUS: [rindo] Ótimo. Então, por
que a espera? Por que esperar?
MICHELLE: Não sei. Acho que talvez
a gente esteja esperando um momento mágico, em que as coisas mudem
instantaneamente.
ADAMUS: Isso mesmo. Peowww!
MICHELLE: Em que a gente acorde e
se sinta diferente, se sinta conectado, se ame.
ADAMUS: Isso.
MICHELLE: Em que a gente não se
importe em ser famoso, não se importe com nada, porque a gente está tão... sei
lá.
ADAMUS: Eh, vamos parar por aí
– vocês não se importam com nada.
MICHELLE: Bem...
ADAMUS: Bem, não,
realmente.
MICHELLE: É, eu só...
ADAMUS: Não, não, realmente. Não, quero dizer, não realmente.
Vocês não se importam com nada. Ponto final. Talvez essa seja uma pequena pista
secreta no nosso jogo de fofocas. Vocês não se importam com
nada.
Agora, a maioria das pessoas
diria: “Bem, parece horrível. Isso parece tedioso. É pra gente se importar com
as coisas.” Sério? Digo, imaginem um instante se o poder deixasse a vida de
vocês, se vocês parassem de jogar o jogo do poder. O poder está em todo lugar.
Está na política. Está no dinheiro, nos negócios, nos seus relacionamentos com
as pessoas, em todo lugar. Todo mundo brinca com o poder. O poder surgiu porque
havia uma crença de que a quantidade de energia era limitada e vocês tinham que
roubá-la dos outros, uma vez que vocês, certamente, não iriam se incomodar em
buscar dentro de si a energia, a consciência ou as respostas. Assim começou todo
o jogo do poder, que nunca acabou realmente. Mas é tudo uma ilusão. O poder é
uma ilusão absoluta, porque tudo está dentro de si, e isso que está dentro atrai
toda a energia que vocês possam precisar sem ter que roubá-la de ninguém. Mas
todos vivem nessa ilusão do poder. Vivem na ilusão de que precisam fazer alguma
coisa e têm que se importar com alguma coisa.
Eu contradigo isso. Vocês não têm
que se importar com coisa alguma. Daí, vocês se libertam pra realmente
aproveitar tudo. Sem poder. Sem ter que entrar nos jogos. Vocês podem, de fato,
começar enfim a apreciar o fato de terem um corpo físico e não se preocuparem se
ele envelhece ou fica doente. Vocês podem realmente desfrutar do convívio com
outras pessoas sem se preocuparem se elas estão roubando a sua energia,
confundindo vocês, mentindo pra vocês, enganando vocês e tudo mais. Ah, é tão
fácil.
Então, gostei quando
você disse “não se importar com nada” – ponto final. [Ele faz o gesto para boca
fechada.] Hum. Mas os Shaumbra vão preencher as lacunas. Eles têm sempre... vou
acrescentar uma coisa minha à lista... o que eu chamo de o infame “mas” dos
Shaumbra. [Ele escreve.] Usam o “mas” dos Shaumbra. Então, falaremos num
workshop ou em nosso estado de sonho, e vocês vão chegar bem... não
vocês, eles. Eles vão chegar bem nesse limiar da iluminação, “mas”... Oh! O que
eu posso fazer? O que eu posso fazer? Tragam o carrinho de mão, encham com todos
os “mas” e descarreguem tudo isso lá do outro lado por um tempo. É aquele “mas”
– “Mas!” É. Assim mesmo. Vamos fazer mais uma vez! Há sempre as inspirações, e
tudo mais, e, então, quando chegam bem no momento da iluminação: “Mas!” [Adamus
“congela” pra foto e ri.] Ótimo. O que mais? O que mais? Oh, eu estou me
divertindo.
LINDA: Espera, eu tenho um “mas”.
Não entendi essa coisa do Sart aqui.
ADAMUS: Eu não quero ver a coisa
do Sart. Realmente não quero.
LINDA: Ele está usando esse
Palfinger. [Sart está com um crachá que diz “Palfinger”.] O que é
um Palfinger?
SART: Oh, é um guindaste
enorme.
LINDA: Claro. [Adamus vai até
ele.]
SART: Ah, tenho que me levantar e
falar?
ADAMUS: Poderia se levantar, Sart?
Isso. Quero ter certeza de que a câmera está pegando você. Venha pra
cá.
SART: Ah, não!
ADAMUS: Ah, sim! Sim. [Sart está
rindo.] Padre Sart. Sim. Ótimo. Então, o que Linda disse sobre a sua
coisa?
SART: Não sei o que ela
disse.
ADAMUS: Que coisa?
LINDA: Ele tem um
Palfinger. Que diabos é um Palfinger? Parece
assustador.
SART: Oh, é um equipamento pesado,
um caminhãozinho. [Risadas]
ADAMUS: Não quero saber sobre
isso. Realmente não quero... não quero saber sobre – como é que se chama agora
– um Palfinger?
SART: Quem quer saber?
ADAMUS: Sim. Sim. É só... ahh.
Então, Sart, enquanto está aqui na frente, vamos continuar. É. [Sart se coloca
na frente do púlpito do Adamus.] Bem legal, não é?
SART: É legal!
ADAMUS: É. Quero trocar de lugar
com você. Me desculpe, Linda. [Risadas quando Adamus vai se sentar na cadeira
onde o Sart estava, e que a Linda estava ocupando por enquanto.] Sim,
e...
SART: Lição de hoje, todos
precisam usar uma destas camisetas [que ele está usando] pra gente saber onde
todos estão. [Algumas risadas]
ADAMUS: Então, Sart, o que dizer
dos Shaumbra? [Ele se levanta e volta pra frente da sala.]
SART: Gostei da parte de se sentir
melhor que as outras pessoas. Na minha vida, neste momento, acho que ainda tem a
ver com regras.
ADAMUS: Não, fale dos outros
Shaumbra. Vamos falar deles.
SART: Acho que os Shaumbra estão
cansados das regras.
ADAMUS: Mas eles ainda as
têm.
SART: É. Ainda vivemos através
delas, mas acho que estamos cansados delas.
ADAMUS: [escrevendo] Estão
cansados das regras.
SART: Cansados das regras,
buscando a liberdade.
ADAMUS: Regras. Ainda... [continua
escrevendo] ainda estão presos a elas.
SART: Quero dizer, o velho sinal
com a luz vermelha e a luz verde – isso é bom; temos que ter isso –, mas outras
regras que temos... [Algumas risadas]
ADAMUS: Ótimo. Ótimo. É. Cite um
exemplo de uma regra dos Shaumbra.
SART: Humm, a gente ter que se
enquadrar.
ADAMUS: Isso, é. Não vai
acontecer.
SART: E não aguentamos mais
isso.
ADAMUS: Não vai
acontecer.
SART: Não precisamos mais nos
enquadrar.
ADAMUS: Eh, [escrevendo] têm
que se enquadrar. Certo. É uma boa resposta.
SART: A gente arriava a cabeça pra
isso lá atrás, nos velhos tempo, mas acho que isso também mudou.
ADAMUS: É. Ótimo.
SART: Podemos estar mais
iluminados. E reparei nos restaurantes, ou seja lá onde for. Vejo as pessoas e
elas meio que se encolhem quando eu digo que tive umas 1.400 vidas,
e...
ADAMUS: Sei, sei.
SART: Mas eu não posso
provar.
ADAMUS: Certo, certo.
SART: Mas elas também não podem
provar pra mim que só estão na primeira vida.
ADAMUS: Claro. Você tem essas
conversas quando vai aos restaurantes. [Algumas risadas]
SART: É, e tipo...
ADAMUS: Sei, sei. É.
Sei.
SART: As pessoas estão prestando
mais atenção, no meu ponto de vista, mesmo assim.
ADAMUS: Sei, sei.
SART: É.
ADAMUS: Ótimo. Mais alguma coisa
sobre os Shaumbra?
SART: Oh, somos um bando de
loucos.
ADAMUS: [escrevendo] São um
bando de loucos. Certo. Ótimo. Obrigado, Sart. Pode levar seu equipamento de
volta pra cadeira.
SART: Tem certeza? Eu
só comecei a minha enrolação aqui. [Risadas]
ADAMUS: É por isso... Certo. Eu
sei. Eu reparei. Certo, Linda, mais alguns. Mais alguns antes de
prosseguirmos.
Fofoca sobre Shaumbra. O que dizer
dos Shaumbra, hein? Falem com a mente, falem com o coração. Não vamos nos
segurar.
JOYCE: Ora, estou bem com
eles.
ADAMUS: Como é que é?
JOYCE: Eles estão bem.
ADAMUS: Eles estão bem.
JOYCE: Isso.
ADAMUS: Tudo bem.
JOYCE: É.
ADAMUS: Mas e quanto... e
quanto... Quais são os desejos deles?
JOYCE: A iluminação e pensar que,
com a iluminação, a abundância deles virá.
ADAMUS: Ah, certo. Pensam que
iluminação... I é igual a dinheiro. [Ele escreve: Acham que I = $.]
Iluminação é abundância. Essa é uma forma interessante de abordar a iluminação.
[Adamus ri.] Tudo bem. E vice-versa, abundância é igual a iluminação?
JOYCE: Bem,
funcionaria. [Algumas risadas]
ADAMUS: [rindo] Funcionaria muito
bem!
JOYCE: Se a abundância estivesse
lá pra começo de conversa.
ADAMUS: É. Por que será que tantos
Shaumbra estão sem dinheiro, bem no limite? Talvez não mais do que as pessoas em
geral. Bom, talvez um pouco mais. Mas você pensava – você sentia – que os
Shaumbra, sabendo tudo sobre energia e consciência e conhecendo a física que
todos nós apresentamos bem aqui nesta sala de aula, que eles seriam tão
descontroladamente abundantes que nem saberiam o que fazer com todo esse
dinheiro. Eles simplesmente o trariam pra cá e queimariam na lareira pra manter
a sala aquecida por terem tanto. Não vejo sequer a lareira acesa hoje, nem
madeira e, certamente, nenhum dinheiro. Você achava.
O que mais sobre os Shaumbra? Dá
pra ver que você está pensando. O que mais sobre os Shaumbra?
JOYCE: Bem, nós meio que gostamos
de fazer as coisas do nosso jeito, e não gostamos que as pessoas nos digam o que
fazer. [Ela ri.]
ADAMUS: Meio que... Certo. [Ele
escreve.] Fazem as coisas do jeito deles.
JOYCE: Então, talvez seja por isso
que não temos abundância, porque acabamos sempre gastando tudo por
aí.
ADAMUS: Sim, é, ou não estão
dispostos a ter um emprego.
JOYCE: Ou fazemos de um jeito
novo.
ADAMUS: Não estão dispostos a ter
um emprego.
JOYCE: Bem, comigo é
assim.
ADAMUS: Não estão dispostos a ter
um emprego. [Ela ri um pouco.] Não querem um emprego.
JOYCE: Eu sou meio assim
mesmo.
ADAMUS: Se pareço um disco quebrado é porque muitos Shaumbra são
assim. Ah, eh... Mas tem essa coisa mental que diz: “Nossa, preciso arranjar um
emprego pra ter dinheiro.” Quem inventou isso? É a maior baboseira que já ouvi
em toda a minha vida. Na verdade, ter um emprego vai limitar a sua abundância.
É. Não estou dizendo pra largar sua bunda de Shaumbra no sofá,
mas vocês
não precisam trabalhar pros outros. De fato, acho que foi Tobias que disse que
vocês precisam trabalhar pra si mesmos.
JOYCE: Bem, eu
trabalho.
ADAMUS: É, sim. É, não estou
falando... Estamos falando dos Shaumbra.
JOYCE: Bom, certo.
ADAMUS: Estamos apenas fofocando
sobre aqueles que não estão aqui. Sim, ótimo. O que mais sobre os
Shaumbra?
JOYCE: Humm, às vezes, eles cansam
a gente.
ADAMUS: Eles cansam a
gente?
JOYCE: É, eles podem cansar a
gente.
ADAMUS: Está dizendo isso pra
mim?! [Risadas] Ah, desculpa! [Adamus ri.]
JOYCE: Eu pego o carro e vou
correndo pra casa.
ADAMUS: É, é. Isso é o que
chamamos de fator makyo? [Ele escreve: Agem com o fator
makyo.]
JOYCE: Sim.
ADAMUS: É, é. Certo.
Se estão se perguntando aonde vamos com isso, não faço ideia. [Risadas] Mas
vamos assim mesmo. Isso é que importa. Nós vamos. Nós vamos. Certo,
obrigado.
JOYCE: De nada.
ADAMUS: Muito obrigado. Eu digo
mais dois. Rápido. O que é... Ah, sim? O que dizer dos Shaumbra? Você estava –
hum-hum – pensando por aí. O que dizer dos Shaumbra?
KATHLEEN: Estão
empacados...
ADAMUS: Empacados.
Obrigado.
KATHLEEN: ... na... empacados na
integração. “Tenho que integrar. Tenho que rever a história.” Empacados na
história.
ADAMUS: Ah, bem, vamos
colocar...
KATHLEEN: Na mente.
ADAMUS: [escrevendo] Estão
empacados, processando as coisas.
KATHLEEN: Eternamente
reciclando.
ADAMUS: Reci... Gostei. Ótimo,
ótimo, ótimo. [Ele escreve.] Reciclando. Sim. De fato, no próximo
encontro, vamos colocar uma placa na porta: “Não reciclamos.” É engraçado porque
existem placas por aqui de reciclagem – reciclem seus traseiros e suas latas.
Mas, sim, reciclar. Ótimo. Ótimo. E voltar de novo e de novo e de novo. A mesma
coisa. Ótimo. E o que mais sobre os Shaumbra?
KATHLEEN: Bem, nós somos foda,
muito especiais. [Linda se espanta.]
ADAMUS: Tá, é. Eu não teria usado
essa palavra, mas... “Somos especiais.”
KATHLEEN: Por que não? [Adamus
ri.]
ADAMUS: Não, é...
KATHLEEN: Por que não? É uma boa
liberação.
ADAMUS: Posso escrever isso no
quadro?
KATHLEEN: Por favor, escreva.
[Linda se espanta de novo.]
ADAMUS: Vamos dizer só
[escrevendo]: São especiais. Muito especiais.
KATHLEEN: Bem, tem até
uma música.
ADAMUS: Especiais.
KATHLEEN: Tem na
música.
ADAMUS: É. Ótimo,
ótimo.
KATHLEEN: Só estou citando a
música, mas não sei bem como é.
ADAMUS: Sim. Ótimo. Quer cantar um
pouco?
KATHLEEN: Não,
agradeço.
ADAMUS: O que mais sobre os
Shaumbra? E quanto à saúde? A saúde deles?
KATHLEEN: Bom, eu sou
saudável.
ADAMUS: Não. Estamos fofocando
sobre os outros.
KATHLEEN: Oh.
ADAMUS: É, é.
KATHLEEN: Estão usando coisas fora
do eu deles pra tentarem se equilibrar, em vez de conseguirem isso com o próprio
eu.
ADAMUS: É. Sempre buscando uma
cura externa em algum lugar, quando a cura mais simples vem de dentro. É. Ótimo.
Ótimo. Que tipo de coisas eles usam, porque eu tento fingir que não vejo? O que
eles usam pra essa cura?
KATHLEEN: Qualquer medicamento
disponível no momento.
ADAMUS: [escrevendo] Buscam
cura externa. Me dê alguns exemplos.
KATHLEEN: Bem, tem acupuntura. Tem
florais de Bach. Óleos. Todo tipo de medicamento.
ADAMUS: Sim.
KATHLEEN: De todo tipo.
ADAMUS: E curadores. E um monte de
curadores também pra ajustá-los.
KATHLEEN: E curadores.
ADAMUS: Com certeza.
KATHLEEN: Sim.
ADAMUS: Ótimo. Obrigado. Mais uma
pessoa. O que dizer dos Shaumbra?
EDITH: Tem algo errado em fazer
uma fofoca boa?
ADAMUS: Eu só disse fofoca. Eu não
a defini como boa ou má.
EDITH: Bom, todo mundo só está
falando das porcarias.
ADAMUS: Será que isso não
significa algo? Incrível, não é? Sim. Bem, você pode ser a última, então, a
falar conosco.
LINDA: Segunda última.
ADAMUS: Vá em frente.
ANDY: Acho que o ponto em comum
dos Shaumbra é “esse algo melhor”. Todos nós viemos pra cá pra este lugar pra
recebermos nossa medalha de honra do universo, e quando chegamos aqui é tudo
muito ruim.
ADAMUS: Certo.
ANDY: Daí, encontramos pessoas
como você que dizem “Existe algo melhor e é a iluminação”, ou qualquer que seja
o termo do dia, e acho que o ponto em comum dos Shaumbra...
ADAMUS: Estou gostando.
ANDY: ... é que estamos buscando
algo melhor.
ADAMUS: Como se fosse uma família,
um vínculo com uma família agradável. Com certeza.
ANDY: Isso.
ADAMUS: É. Ótimo. Viu? Isso foi
uma coisa boa, Edith.
EDITH: Melhor.
ADAMUS: Um ponto em
comum.
ANDY: Oh, é a vez da
Edith.
ADAMUS: Síndrome de espírito afim.
Isso. [Alguém ri.] E, e... [Adamus poderia ter escrito: Têm síndrome de
espírito afim.]
ANDY: [entregando o microfone pra
Edith] Prossiga!
ADAMUS: Edith, agora é a sua vez.
Fofoca. Fofoca não tem que ser o que chamam de coisa negativa.
EDITH: Os Shaumbra, eu acho, estão
pensando em como é grandioso e glorioso ser um Mestre Ascenso, ser um grande
criador e amar a si mesmos.
ADAMUS: Ah, ótimo, ótimo. Adorei,
Edith. [Alguns aplausos] Pode repetir o que disse? [Ele escreve.] São Mestres
Ascensos, e o que mais?
EDITH: Que são grandes
criadores.
ADAMUS: Grandes – ah, sim, são
muito bons nisso. [Ainda escrevendo] São grandes criadores. [Algumas
risadas]
EDITH: E que amam a si
mesmos.
ADAMUS: E eles são realmente bons
em amar a si mesmos. [Ele escreve: Amam a si mesmos.] Certo, ótimo.
Gostei. Obrigado!
EDITH: De
nada.
ADAMUS: Já era hora de alguém
colocar coisas bacanas nesse quadro.
EDITH: Concordo
totalmente.
ADAMUS: Isso, alguém tem que
assumir a posição de defender a honra dos Shaumbra. [Edith entrega o microfone
pra ele.] Tome. [Ele entrega o microfone pra Linda, depois de quase atirá-lo pra
ela.] Então, ótimo.
LINDA: Eu agarro bem.
ADAMUS: Agora, temos algumas
coisas no quadro aqui. Vamos... Vamos terminar logo com isso. Vamos respirar
fundo.
O que estamos fazendo hoje? Vamos
chegar em um ponto aqui. Estamos listando as peculiaridades dos Shaumbra, e o
fato é que estamos fazendo fofoca dos outros, mas realmente é de todos nós. Bem,
de todos vocês. De todo mundo; é de todo mundo.
E o que eu quis hoje, ao listar
nossas peculiaridades: Eu não sei como vocês conseguem passar o dia. Realmente
não sei. Se olharem este quadro... E estas são as respostas de vocês; temos
algumas coisas que vocês chamariam de boas, outras não tão boas. Mas temos
coisas que são totalmente discordantes, absolutamente dissonantes com
outras.
Há um conjunto de crenças... Vamos
começar com os desejos. Um desejo de ser Mestre Ascenso, um desejo de amar, um
desejo de curar, um desejo de viver muito tempo, um desejo de ser feliz. Estou
surpreso de não termos paz, amor e alegria no quadro, porque essas coisas
normalmente surgem – paz, amor, alegria e felicidade. Bom, todos esses
desejos.
Depois, temos as realidades –
“Não tenho dinheiro, estou doente, ninguém me ama e nem mesmo eu gosto de mim.”
– em oposição direta, em conflito, com eles. É uma desconexão monumental, e os
Shaumbra ainda conseguem viver dia após dia, após dia.
Que Droga!
Agora, vamos fazer um joguinho
aqui, enquanto prosseguimos. Espero que não se importem. A hora é agora, Suzy.
Vamos jogar um jogo chamado Que Droga! [Algumas risadas] Que Droga! E eu pedi
que a Suzy preparasse um presentinho especial pra todos. E toda vez que eu
mostrar a vocês por que as coisas estão em desalinho e disser “Que droga!”, ou
vocês disserem espontaneamente “Que droga!”, vocês têm que tomar um golinho do
meu próprio licor de Saint Germain. [A plateia vibra e aplaude.] Feito do puro
fruto do sabugueiro. Sim?
LINDA: Tome. Fruto do sabugueiro.
Ha, ha.
ADAMUS: Fruto do sabugueiro, sim.
É meio... E temos também tequila. [Adamus ri; a equipe está distribuindo na
plateia copinhos com as bebidas.]
Então, o objetivo aqui é celebrar
a vida, é claro. Mas o objetivo... Eu fico com o Saint Germain. Isso. Mas,
agora, ninguém vai ficar bêbado. Sim. Ah, é um licor delicioso. E, se estiverem
dirigindo, por favor, peguem dois. [Risadas]
LINDA: Que ruim!
ADAMUS: E depois arranjem outro
motorista ou chamem um táxi. É, pra vir aqui em cima em Coal Creek
Canyon.
[As pessoas começam a conversar
enquanto as bebidas são distribuídas.]
Ah, aham. [Adamus limpa a garganta
várias vezes pra chamar atenção porque ele ainda não recebeu seu
licor.]
LINDA: [gritando] Que
droga!
ADAMUS: Que droga! Nem consigo uma
bebida neste maldito bar! Que droga. [Joanne entrega seu copo ao Adamus.] Oh,
mas você precisa de um.
JOANNE: Preparamos o suficiente
pra você.
ADAMUS: Ahh...
EDITH: Ela é a motorista. Ela é
motorista.
ADAMUS: Ahh! Não. Vejam, eu disse
“que droga”, agora vocês têm que tomar um gole. [Adamus dá um gole.] Ahhh! Isso
traz um pequeno alívio. Não, verdade. Ah, é delici... ah, delicioso.
Algumas vezes, meus caros amigos,
a dissonância é muito gritante naquilo que acontece na vida de vocês, de todos
vocês, de todos os Shaumbra. É incrível observar, às vezes. É incrível que vocês
consigam permanecer no corpo. É incrível que vocês consigam ter comida
suficiente pra se alimentarem. E, mais que tudo, é incrível vocês não perderem a
cabeça totalmente num colapso.
Falamos de coisas como iluminação, mas ainda me pergunto
se vocês sabem o que é iluminação. Na verdade, eu diria mesmo que os Shaumbra
não sabem o que é iluminação. Vocês ouvem a palavra, e é igual a respirar – “Ah,
iluminação” – whoosh! –, deixam o
corpo, vão pra outro lugar.
Já fizemos isso em outros
encontros em que Linda passou o microfone, e eu perguntei: “O que é iluminação?”
E vocês não fazem ideia. Não têm a menor noção. Eu pergunto o que é iluminação e
as respostas que surgem dão pra encher a lixeira de makyo de todas as
formas: paz, amor e alegria. Tipo: O que é amor? O que é paz? O que é
alegria?
Daí, isso cria esse rodopio mental
que fica se repetindo o tempo todo. “Estou buscando a iluminação. Estou buscando
a iluminação, mas não sei o que ela é.” Não daria um excelente livro infantil,
um livro pra crianças? Buscar algo e não saber nem que diabos isso é. Mas ainda
assim levantar todas as manhãs, com aquela compulsão pra fazer isso de novo e de
novo, buscando a iluminação. E os Shaumbra, em sua maioria, sinto informar, em
nossa sessão de fofocas, não fazem a menor ideia.
A boa notícia é que vocês não
precisam realmente fazer ideia. Não é uma exigência saber o que é iluminação.
Mas que droga! [A plateia concorda.] Tudo bem. Ótimo. Sim, vocês dão um gole.
Ah, ah. Vejam, isso ajuda a quebrar a tensão. Ajuda a quebrar a
tensão.
Então, os Shaumbra estão por aí,
de certa forma, se sentindo um pouco melhor consigo mesmos, mas ainda assim,
eles... A vida sexual dos Shaumbra – vamos ser muito honestos aqui – não está
nada boa. Não está nada boa. [Alguém diz: “Que droga!”; muitas risadas] Ele
disse; vocês bebem! Que droga! Agora, não para todos, mas é quase como se sexo
fosse um pecado e vocês têm, repito, essa contradição interna.
Às vezes, os Shaumbra dirão: “Sim,
estamos aqui como Mestres Encarnados. Estamos aqui pra viver a realidade física.
Os Mestres Ascensos, no passado, deixaram o corpo físico, mas estamos aqui pra
viver no nosso corpo.” Mas, ainda assim, vocês nem mesmo querem se tocar – o que
não vou fazer diante da câmera aqui. [Algumas risadinhas] Não estão dispostos a
tocar o outro, com todo tipo de preconceito sobre se é homem com homem, mulher
com mulher, homem com mulher ou um grupo ou o que for. Todos esses julgamentos
bem bizarros, ideias mentais e toda essa coisa sobre sexo. Sexo é uma coisa
grandiosa. Infelizmente, foi distorcido ao longo das eras. Mas, meus queridos,
sexo é uma coisa maravilhosa.
Mas vocês têm essa energia
dissonante. Fico realmente surpreso que, em alguns dias, vocês consigam chegar
ao fim deles. Vocês estão todos por aí procurando almas gêmeas – nem todos, mas
muitos estão por aí procurando almas gêmeas –, mas fazem de tudo pra tornar isso
impossível. Fazem de tudo, assumindo uma atitude ruim, tendo essa lista longa de
exigências para uma alma gêmea. E o que é uma alma gêmea? É o seu eu. Não é
outro ser.
Um relacionamento, tudo bem. Mas
muitos Shaumbra por aí, neste momento, estão fazendo de tudo pra afastar os
relacionamentos, mesmo que isso esteja na lista dos 10 maiores desejos: “Eu
quero um relacionamento.” E eu olho e vejo: “Mas você está afastando todo mundo,
incluindo a si.” Que droga! [Adamus ri, enquanto a plateia diz isso junto com
ele.]
E, para aqueles que ainda são
novatos e estão assistindo online, eu disse que aqui seria um pouco
diferente.
E essa coisa toda de abundância.
Uma das coisas mais tristes é que vocês têm um desejo enorme de ter abundância,
um desejo enorme de ter dinheiro no bolso. Por que não têm? Dois motivos:
primeiro, ainda existe... E não estou falando de nenhum de vocês, é sobre
aqueles de quem estamos fofocando. Primeiro, porque muitos de vocês [apontando
pra câmera, disfarçando que não é com a plateia que ele está falando] ainda não
têm certeza se querem ficar aqui neste planeta. Vocês ainda estão têm certeza se
querem viver. Vocês ainda estão esperando por alguém ou que alguém diga: “Eis a
resposta. É por isso que você deve viver.” Mas, fora isso, há muita dúvida. E é
interessante, ao mesmo tempo em que temos conversas grandiosas sobre
DreamWalker Life (DreamWalker da Vida) e Mestres Encarnados, com
frequência os Shaumbra dizem: “Não sei se realmente quero ficar aqui.” Bem,
então, vocês não vão ser abundantes. Ponto final. Porque o básico da energia, a
física, é que vocês não vão atrair energia.
Há também uma outra dinâmica
interessante ocorrendo, apesar dos grandes sentimentos e pensamentos do tipo
[falando cantarolando]: “Estamos em nosso caminho para a iluminação.” Ou também:
“Se eu tiver dinheiro, vou fazer as mesmas merdas que fazia antes. Se eu tiver
dinheiro, vou ter mais problema do que eu tinha antes.” Então, o que vocês fazem
é manter uma dieta financeira, porque vocês acham que, no passado, quando tinham
dinheiro, vocês o usavam em nome do poder e da manipulação. Vocês usavam drogas.
Vocês ficavam bêbados. Vocês abusavam de si mesmos e dos outros com ele. Então,
algo dentro de vocês entrou nessa dieta da não abundância. E vocês se sentem
mais confor... [dirigindo-se para a câmera]; não estou falando com vocês
[plateia], mas com eles lá. Os Shaumbra se sentem mais confortáveis à míngua do
que sendo abundantes. É um fato simples, porque qualquer um – aham – qualquer um
poderia ter dinheiro neste exato momento. Mas vocês têm medo: “Se eu tivesse
dinheiro, eu voltaria a ser o humano ruim de antes.”
Que droga! [A plateia fala junto com Adamus.]
Inacreditável. Inacreditável. Vocês estão vendo como as contradições atuam. E
mal consigo entender às vezes como vocês chegam ao fim do dia. Mas eu sei, sim,
como vocês chegam ao fim do dia, às vezes. Vocês se enchem de mais baboseira
espiritual. Vocês escutam mais informações espirituais. Vocês se abastecem um
pouquinho. Vocês usam aquelas frases feitas bacanas e, de repente, se sentem
realmente bem por um tempo. É o açúcar espiritual que vocês ingerem. Vocês
chegam a uma boa comprovação e pensam: “Bem, amanhã será melhor. Eu
sei que
amanhã será melhor.” Não será. Não será. Amanhã será semelhante a hoje. E como é
hoje? Que droga! [A plateia fala junto com ele de novo, e todos
riem.]
JOANNE: Eu achava que a gente
sobreviveria comendo chocolate.
ADAMUS: Comendo chocolate e
fazendo todas essas outras coisas.
O que eu estou pedido a vocês hoje
é que deem uma olhada na dissonância, no total conflito acontecendo no seu eu
humano, no seu eu espiritual. Vocês têm essa persona espiritual – a
pessoa espiritual que está no caminho da iluminação – e meio que fica lá num
nível acima. Vocês consideram assim: “Esta é a coisa que vai me salvar; este é o
ser grandioso.” E ela acumula um monte de lixo. Junta um monte de doce e reúne
um monte de makyo que, depois, de alguma forma, vem pro humano, que está
aqui nesta realidade. A realidade geralmente, nem sempre, mas muitas vezes, se
apresenta sem dinheiro, sem muito dinheiro, sem nenhum relacionamento real,
sem... dificilmente com um certo grau de amor próprio e com problemas de saúde.
É física básica.
Agora, não é tão ruim, de fato, se
vocês forem humanos comuns sem consciência, se estiverem adormecidos. Não é tão
ruim, porque daí vocês passam o dia e, entendam, se não têm dinheiro, vocês
culpam o homem; se não têm sexo, vocês culpam a mulher. Se não têm... [Risadas e
Linda diz: “Ohhh!”] Se não têm... as coisas não vão... Mas só se não tiverem
consciência e disserem: “Bem, é assim que as coisas são. É assim
mesmo.”
Vocês realmente não pensam na
morte. Algo dentro de vocês sabe que ela vai acontecer, porque vocês já viram
outros pularem fora, mas vocês meio que ficam adormecidos pra isso. Vocês
realmente não pensam em Deus, porque, bem, não cabe a vocês pensar em Deus. É
pra isso que estão aí os padres, o clero e todo esse pessoal. Supostamente, eles
é que têm que pensar em Deus. E as repostas com relação a Deus são muito
abrangentes pra maioria das pessoas conseguir lidar. Elas dizem: “Oh, não é
função minha. Eu tenho é que viver e tentar fazer um bom trabalho.” É assim que
é a maioria das pessoas.
Vocês são diferentes. Vocês meio
que despertaram. Vocês meio que estão conscientes. O que torna isso realmente
difícil, porque agora vocês ainda têm as mesmas questões, vocês, Shaumbra, têm
as mesmas questões, mas agora de repente vocês estão conscientes. É como ter uma
arma carregada, enquanto os outros têm armas descarregadas. Eles só têm a
arma.
Agora vocês têm uma arma
carregada, então vocês têm essa consciência. Mas o que acontece aqui é esse
tremendo choque que se repete a cada dia, e o que vocês fazem é arranjar
desculpas pra ele. E vocês fingem que não veem. Vocês arranjam novas frases
feitas ou clichês. Vocês vão a novos cursos. Vocês fazem tudo, menos resolver o
que realmente está acontecendo dentro de vocês. E o que realmente conseguem é
dizer um grande “Que Droga”. Ótimo. E tem mais de onde esse veio, por
sinal.
Então, o que vocês fazem? Vocês
bebem! Vocês bebem. É. [Adamus ri.] Não vamos falar sobre isso. Não vamos ficar
processando isso. Vocês bebem.
Seguindo. Esperar pela iluminação.
Esperar pela iluminação. Esta é uma das minhas observações mais contundentes,
porque é uma observação de vocês. (a) Não saber o que a iluminação realmente é;
(b) Vocês estão esperando o quê? Entender? Nunca irão, jamais vai acontecer.
Desculpe dar essa notícia pra vocês. Mas vocês jamais vão entender isso. É
sério.
Vocês estão esperando que alguém
venha e lhes diga como alcançar a iluminação? Nenhum humano fará isso. Vocês
estão esperando, sei lá, o alinhamento certo das nuvens, das estrelas, das
poeiras, dos coelhinhos e de tudo mais pra, de repente, ficarem iluminados? Não
vai acontecer.
Então, vocês mal sobrevivem a cada dia, e se perguntam
às vezes, quando deitam na cama, à noite, como chegaram ao
fim do dia, porque vocês têm essas tremendas forças conflitantes atuando. E é
mais difícil quando se está na estrada para a iluminação. Fica pior, porque o
makyo se fortalece e a manipulação do ser limitado, da consciência
limitada, tentando manipular alguma coisa, que é chamada de espiritualidade,
traz uma sensação boa, faz sentir-se especial. É como uma droga, de certa forma.
É uma enorme distração no caminho. Mas os Shaumbra vão fazer isso. Os Shaumbra
vão ficar com o lixo, e vão pra cama, no fim do dia, pensando que vão ter um
descanso quando dormem.
Mas o que acontece quando vocês
começam a despertar? Seus sonhos não são mais como eram antes. Os sonhos... De
repente, vocês estão conscientes do que acontece. De fato, uma das razões pelas
quais vocês acordam às duas ou três da manhã é que vocês precisam de uma folga
dos sonhos, que eram pra ser uma folga do mundo real. [Algumas risadas e todos
dizem juntos.] Que droga! Que droga! Como vocês chegam ao fim do
dia?!
Meus queridos amigos, todas essas
colisões estão acontecendo no momento, e especialmente quando vocês embarcam em
coisas como a iluminação é que elas se tornam, de fato, bem mais complexas. A
mente começa a trabalhar mais do que nunca, como vocês provavelmente já
descobriram, e agora vocês têm a mente espiritual – vou chamar assim –, a mente
espiritual operando também. Vocês costumavam ter apenas a mente humana; agora,
vocês têm a mente espiritual, o que significa que passam a ter uma noção
limitada e restrita da espiritualidade. Isso é, na verdade, um monte de
porcaria. Realmente é. Realmente é, porque agora a mente começa a tentar abarcar
e se apoderar de muitos conceitos espirituais, e do conceito espiritual que diz:
“Cure-se. Estou na paz, no amor e na alegria. Vou fazer ‘om’ e meditar.”
Esse é o maior monte de porcarias que há.
A propósito, na iluminação, vocês
não ficam de repente cheios de paz! Vocês não passam, de repente, a fazer –
“Mmmmm” – “om”. Esse é possivelmente o maior engano que pode haver. Eh...
Não acontece. Não é assim. Na verdade, a palavra “paz” sai porta afora com a
iluminação. Deixa até de ser uma palavra. Não pertence mais ao vocabulário de
vocês.
Vejam bem, paz – tudo que paz
significa pra muitas pessoas é: “Me dê 15 minutos, talvez 30, para as coisas se
aquietarem um pouco.” Isso é paz. “Só preciso me afastar um pouco. Preciso fugir
de mim.” Isso é paz. Não existe paz. Mas de repente há uma consonância. Há uma
harmonia nas coisas. De repente, não há nada pra entender. De repente, não
ocorrem mais conflitos. De repente, uma graça, uma graça natural acontece, e
vocês caem na gargalhada. Vocês se escangalham de rir, porque é...
PATRICIA: Que droga! [Adamus
ri.]
ADAMUS: É! É! É assim. E
chegaremos lá daqui a pouco. Mas no momento vamos voltar para o Que Droga.
[Alguém diz: “Que droga!”] Que droga. Que droga. Que droga.
E o que vocês fazem? Vocês dão um
gole. Que droga.
Vocês têm todos esses desejos,
verdades – o que vocês consideram verdade – e crenças incompatíveis sobre as
coisas e tudo isso está em conflito. Está tudo conflitando.
A Estrada para a
Iluminação
Seria como... Imaginem-se entrando
num carro – o carro como símbolo de sua jornada espiritual para a iluminação –,
mas não fazendo ideia de pra onde estão indo. Vocês entram...
EDITH: Foi assim pra chegar aqui
hoje.
ADAMUS: [rindo] Pra chegar aqui!
[Algumas risadas] Isso. Atuando com isso, vejam. Não tendo ideia de pra onde
estão indo. Vocês simplesmente entram nesse carro, na estrada para a iluminação,
e começam a andar. Bem, o que vocês percebem primeiro? “Não sei pra onde estou
indo.” Mas vocês dizem pra si mesmos: “Bom, algo vai acontecer ao longo do
caminho. Alguém vai me dizer como chegar lá. De alguma forma, vou conseguir um
mapa pra saber como chegar à iluminação.” Isso não vai acontecer. Não vai
acontecer, sinto muito informar.
Então, vocês estão dirigindo na
estrada para a iluminação e está um dia agradável, e vocês olham pela janela.
Vocês dizem: “Ah, sim. Está tudo bem.” Mas vocês ficam um pouco hesitantes,
tipo: “Espero que esteja tudo bem. Vou me forçar a pensar que está tudo bem. Vou
pensar ‘Oh, que lindo céu e os pássaros...’ Ooh! Atropelei um veado.” [Risadas]
E mas, mas... mas... [Adamus ri.] A fileira da frente riu. [Mais risadas] Que
droga! Que droga. É. [Ele gesticula pra que deem um gole.]
E
então vocês percebem: “Ah, esse carro está fazendo um barulho estranho. Ah,
sabe, vou ignorar esse barulho.” Não fizeram isso? “Simplesmente, vou ignorar o
barulho. Eu ouvi, mas não é possível, porque este é o meu carro para a
iluminação. Então, vou ignorar esse barulho.” E vocês sabem o que acontece. Dois
quilômetros depois, psssss! Você pode
fazer o efeito sonoro pra nós, Caraca?
MARTY: Ppsssss!
ADAMUS: Ah, sim. Então... Leve o
microfone pra ele, Linda, pra que a gente possa ouvir o som de maneira
apropriada aqui? Na estrada pra iluminação, vocês ouvem aquele barulho, aquele
tilintar. Vocês o ignoram, porque vocês estão na estrada para a iluminação. Tudo
vai dar certo e, não mais que de repente...
MARTY: Pffft, psssft, cchhhhtt... bbpprrtt. [Som de pum no final; muitas risadas] Ficou
bom?
ADAMUS: Ótimo. Ótimo. E o carro
morre. O que vocês fazem?
EDITH: Que droga!
ADAMUS: Isso, isso! [Risadas] Lá
vamos nós de novo. Talvez fossem necessárias cinco garrafas pra hoje, com todo
esse ‘que droga’.
O carro morre. Muitas coisas
acontecem. E, de novo, vocês entram nessa dissonância, dizendo: “Tenho que
permanecer na estrada pra iluminação, mas meu carro morreu. Talvez o Espírito
esteja tentando me dizer alguma coisa.” Não. Talvez vocês tenham esquecido de
mandar ver o carro antes de saírem na jornada. Talvez tenham esquecido de checar
o óleo – estava um pouco baixo – ou de verificar se tinha algo no radiador. O
Espírito não está tentando lhes dizer coisa alguma. O Espírito já é iluminado,
realmente não se importa com a sua jornada, vejam bem. [Uma mulher ri.] Foi
engraçado, não foi? Foi. [Ela ri sozinha de novo.] Ela leva um prêmio de Adamus
só por rir. Por favor, Linda. [Alguém diz: “Dá uma bebida pra ela.”] É. Ela
precisa de outra bebida! É. Sim. Onde estão aqueles prêmios de Adamus, por falar
nisso? Linda? Onde está a Linda, por falar nisso? Um prêmio de Adamus pela
risada.
LINDA: Eu não trouxe hoje. Você
nunca mais distribuiu prêmios. Você é tão mesquinho que eu esqueci
deles.
ADAMUS: Que drooooga! Oh! Justo no
dia... Então, você leva todo o dinheiro... Não faço ideia de quanto tem aí. [Ele
entrega pra ela o dinheiro do bolso de Cauldre.]
MARTY: Oooh! Dois dólares! [Muitas
risadas, inclusive de Adamus]
ADAMUS: Então, onde estávamos? Oh,
vocês estão na jornada.
Então, de repente, vocês têm que usar suas últimas
economias pra consertar seu carro da iluminação e voltar a seguir a estrada que
vai pra não sabem onde. E vocês estão na estrada para a iluminação e, um dia,
nessa longa, longa, longa, longa, longa jornada, que
dura muitas existências, um dia, vocês vão o mais rápido que podem, e tudo que
conseguem é chegar mais rápido em lugar nenhum. [Algumas risadas] E, no dia
seguinte, a sua mente espiritual diz: “Ah, eu devia ir mais devagar e sentir o
cheiro das rosas, como os Mestres fizeram.” Sabem como é: “Eles seguiam bem
devagar pela estrada para a iluminação, observavam tudo e respiravam enquanto
estavam na estrada para a iluminação.” Então, vocês seguem bem devagar. Daí,
vocês ficam alternando – nessa jornada da iluminação – entre ir muito rápido e,
depois, muito devagar. Pisando no acelerador, pisando no freio. Pisando no
acelerador, pisando no freio. Dá pra ver o conflito em ação
aqui?
Vocês continuam nessa jornada da
iluminação, agora atingindo um nível de frustração e angústia que simplesmente
teria me feito deixar o corpo; eu não conseguiria lidar com aquilo pelo que
vocês estão passando. Vocês estão seguindo agora; vocês estão nessa jornada há
anos, dirigindo. É a mesma estrada. É o mesmo conjunto de problemas. São os
mesmos hotéis baratos a cada noite ao longo da jornada e as mesmas pessoas
tentando roubá-los sorrateiramente.
Mas vocês continuam seguindo porque vocês são
determinados, e vocês acham que isso é um atributo. Vocês acham que é como um
desses lados positivos da lista – “Eu sou determinado. Tenho força de vontade.
Dane-se, vou ver minha iluminação acontecer, custe o que custar. Nunca vou
desistir.” E quando ouço vocês dizerem isso, eu penso: “Oh, minha nossa. Espero,
espero que alguém venha me ajudar, porque vai ser difícil!” [Algumas risadas]
Quando ouço vocês dizerem “Nunca vou
desistir! É isso que eu vou fazer!”, eu penso comigo mesmo: “Temos um problema
aqui, Houston, porque eles estão determinados a chegar em lugar nenhum!” O que
um Mestre Ascenso faz nessa altura?
Vocês ficam obstinados. Vocês
ficam brutalmente, cruelmente, obstinados na sua estrada pra lugar nenhum.
[Alguém ri.] Mas, dane-se, vocês vão fazer isso, porque vocês assumiram um
compromisso consigo mesmos. E, se não o cumprirem, vocês realmente vão ficar em
maus lençóis na frente dos amigos e da família, porque todos sabem de sua
pequena jornada da iluminação, e eles todos riram dela. [Risadas] E, se vocês
voltarem e disserem “Meu carro enguiçou e fiquei sem dinheiro no meio do
caminho. Estou faminto. Não tenho nada, acabou tudo”, eles vão rir de vocês.
Então, existe esse orgulho da iluminação. Orgulho da mente espiritual, de que é
melhor vocês realizarem bem essa jornada ou vão parecer tolos.
Também há o fator de parecerem
grandes tolos pra si mesmos, e esse é provavelmente ainda pior do que parecerem
tolos na frente dos outros. Vocês estão muito comprometidos com a sua jornada da
iluminação dentro de vocês mesmos. Ela é tudo. É tudo. E se não acontecer, se
essa mágica não for real e vocês tiverem que voltar pra esse velho eu? [Alguém
diz: “Que droga!”; Adamus ri.] Que dro... Que droga!
E
o engraçado é que vocês realmente não conseguem voltar. E o engraçado é que
vocês não conseguem seguir em frente. E o engraçado é que não há lugar algum pra
ir. Isso é realmente uma droga. Que grandessíssima droga! Sobrou bebida, Suzy? [Algumas
pessoas dizem que sim.] Sim. Ótimo, ótimo. Que droga.
Eu espero que, agora, vocês
comecem a entender o conflito, a dissonância de tudo isso, e espero que comecem
a entender que esse é um grande desastre de trem prestes a acontecer.
Então, vocês dirigem nessa estrada
para a iluminação e ela segue indefinidamente e cada dia é igual ao outro, e
vocês continuam tendo esperanças de iluminação. Vocês continuam esperando que,
de repente, eu deixe vocês iluminados. Vocês continuam esperando que, se não for
eu, vocês vão me deixar; vão pra outro lugar buscar a iluminação. Vocês
continuam esperando que haja alguma coisa.
EDITH: Aprove uma lei no Congresso
contra acidentes de trem.
ADAMUS: [rindo] Vocês esperam me
distrair com outras coisas. Mas vou continuar levando a questão pra casa. Está
uma droga lá. Uma droga mesmo. Uma droga de iluminação.
E a boa notícia é que, nessa
estrada pra lugar nenhum, vocês estão exatamente onde deveriam estar.
[Comentário inaudível de alguém] Isso é... Ah, não! Não. Vou reformular a frase
de novo agora pra vocês.
Eu disse que, nessa estrada pra lugar nenhum, na estrada
pra iluminação, com todo o conflito e toda a dissonância que há nela, vocês
estão, absolutamente, exatamente, onde deveriam estar, porque, porque... [Adamus
escreve no quadro.] O quê? É uma droga? Não!
Podem beber por isso. Não. Na
verdade, é perfeito. É perfeito. E todas as coisas que eu disse até agora são...
Precisamos de mais bebida aqui. Mais limonada ou o que for que as pessoas
estejam bebendo.
O quê? É uma droga? Não mesmo. É
absolutamente perfeito.
O Saber
E o que eu gostaria de fazer
agora, especialmente porque vocês estão um pouco mais relaxados do que estavam
uma hora atrás, é pedir que parem e se lembrem dessa coisa toda de iluminação.
Ela não começou com um pensamento. Não começou quando, de repente, um dia,
cansados da velha vida, vocês decidiram que se tornariam iluminados. Não começou
quando alguém levou vocês a uma aula nem quando vocês leram um livro. Não, meus
amigos, não foi assim. Começou com um saber profundo, um saber muito, muito
profundo. Não era um pensamento. Não era uma ação. Não era uma jornada. Era um
saber que emanou bem lá de dentro de vocês.
Ele foi maltratado. Foi
distorcido. Foi muito, muito diluído ao longo do caminho. Mas esse saber sempre
esteve aí. Vocês não sabem o que é iluminação, e nem deveriam saber, pois a
mente limitada não tem como saber. Ela vai tentar fingir que sabe. Vai tentar
imaginar – uma imaginação muito vagabunda – vocês sendo ricos, famosos,
atraentes, tendo todos os tipos de relacionamentos e sendo grandes gurus e
Mestres. Isso é o que a mente faz. É uma distração. Não é real.
Quem sabe o que vai acontecer? Não
importa. Ponto final. Não importa. Então, peço a vocês que voltem pra esse
saber, um saber que não é um pensamento. Nunca houve um carro. Nunca houve uma
jornada. Nunca foi sobre tentar ser um humano perfeito. Nunca foi sobre nada
além de voltar pra si. Não foi por causa do makyo. Não foi por causa das
autoafirmações. Não foi por estarem aqui na plateia de Shaumbra e não foi por se
esforçarem. Não foi por causa do poder. Não foi sequer por sabedoria. Não foi
sobre conquistar nada.
Foi um saber – um profundo saber
amoroso; um saber que não surgiu porque um anjo ou um Mestre Ascenso veio até
vocês; um saber que não foi dado por outros, acionado por outros nem posto em
ação por outros. Ele veio de vocês.
Não foi o seu anjo dourado, seu eu superior nem nada
disso. Foram vocês. Somente e
apenas vocês. Não o humano, não o que vocês chamam de divino. Foi o Eu Sou, o
verdadeiro Eu Sou, que está presente aqui desde que o humano está. Está bem
aqui.
Sentindo o
Saber
Assim, eu gostaria de fazer uma
experiência com o sentimento – não vou nem chamar de merabh, apenas de
sentimento – pra voltar a esse saber. Vamos reduzir as luzes, por
favor.
Depois de toda essa droga, todo
esse caos e essa confusão, depois de toda essa incerteza dentro de vocês –
porque eu vejo e ouço quando vocês se perguntam se isso foi apenas um grande
engano. Vocês se perguntam se a sua jornada espiritual foi uma ilusão. Bem, sim,
ela foi, mas começou com algo muito puro, muito real e muito
profundo.
Agora... vamos colocar uma
musiquinha de fundo.
[A música começa: The Enchanted
Path, do álbum “Day of Life”, de Bernward Koch.]
Não estou pedindo que vocês voltem
e pensem sobre isso, sobre de onde veio esse saber. Não importa. Não tem uma
data. Não tem uma ação. Não veio de nenhum relacionamento. Vejam, parte do
problema na jornada espiritual é que a mente ainda tenta relacionar tudo a tudo
mais. E, quando dizemos a palavra “espiritual” ou “iluminação”, ela tenta
relacionar isso a outras coisas. Ela se apega ao que for, com sua natureza
relacional.
Mas o saber, esse profundo saber
que vocês tinham, não precisa estar relacionado a nada. Ele apenas sabe. Ele
apenas está lá.
A mente tenta esboçar uma estrada
para a iluminação. Ela só está tentando servir vocês. Ela tenta fazer isso por
vocês. Mas ela não sabe como. A mente tenta relacionar isso a alguma outra
coisa. Ela cria a imagem de um carro seguindo por uma estrada e pifando. Ela
cria a imagem de vocês com sua determinação e obstinação pela iluminação. Mas a
realidade é que não existe carro. A realidade é que não há um lugar pra ir, nada
que precise ser feito. Certamente, nada que precise ser consertado. De jeito
nenhum. É um dos truques ou ilusões da iluminação – que algo precise ser
consertado antes que a iluminação possa ocorrer. Não precisa. Nada precisa ser
consertado, seja o que for. Nenhuma coisa precisa ser reparada. Nem uma coisa
sequer. Não quero saber se vocês são alcoólatras ou se são estúpidos. Isso não
precisa ser reparado. Alguns de vocês se identificam com isso, não? [Algumas
risadas] Nada precisa ser reparado.
Assim, peço a vocês que respirem fundo e permaneçam no
corpo neste momento. Voltem pra esse saber. Vocês o criaram. Não foi um grandioso anjo dourado. Não foi o
eu superior. Foram vocês, o saber do Eu Sou.
[Pausa]
Seguindo esse saber, vieram os
pensamentos, os sonhos e as imaginações sobre o despertar e a
iluminação.
Seguindo esse saber, veio uma
mudança na dinâmica energética da sua vida, nos relacionamentos, no modo como
vocês interagem consigo mesmos e com os outros. Mas nada disso é muito
importante. Nada disso. Não são coisas que levam à iluminação.
É o simples saber. Tão simples que
não tem definição; tão simples que a mente não pode relacioná-lo a nada; tão
simples que vocês não podem recriá-lo. Vocês não podem recriá-lo porque ele
ainda está aí, meus amigos. Nunca foi embora.
Esse saber do Eu Sou nunca se
extinguiu.
Na frente dessa chama do saber,
vocês colocaram muitas outras coisas – uma experiência grandiosa e interessante
em direção a seu próprio despertar –, mas essa chama sempre esteve aí. Eu sei
que, às vezes, vocês tentam recriá-la: “Onde está aquele sentimento?” Ele ainda
está aí. Na verdade, é ele que realmente está guiando vocês.
Às vezes, quando vocês se perguntam por que certas
coisas acontecem na sua vida, por que certos eventos ou situações acontecem, é
porque esse saber ainda está aí. Apesar de sua obstinação e sua
determinação, ele conhece
a verdade. Ele sabe que ele é o caminho. Ele sabe que ele é o despertar. É a
única coisa – única coisa, meus amigos – que permanecerá verdadeira e
real.
Quando digo que me encolho todo
quando ouço os Shaumbra dizendo “Vou continuar seguindo, custe o que custar”, eu
realmente desejaria que eles simplesmente parassem. Livrem-se desse carro.
Larguem essa jornada. Larguem todo o makyo. E o makyo é a gasolina
pra jornada. Nunca mais reabasteçam esse tanque. Livrem-se de todas essas
coisas. Simplesmente, voltem para o saber. Nada mais importa. Nada mais é
importante. Nada mais vai trazer a percepção da iluminação.
Nada.
O saber é muito sutil. Não pode
sequer ser definido. A mente não tem nenhum conceito sobre ele. A mente não tem
nenhuma condição de relacioná-lo a nada.
Respirem fundo e deixem-se levar
pelo seu próprio saber.
Aceitem esse lindo abraço do
saber.
O saber nunca ditou regras. Não há
uma regra dizendo: “Você tem que despertar agora.” Não tem nada a ver com
destino nem com momento certo. Vocês têm um vislumbre dele, um vislumbre, apenas
um gostinho dele, quando baixam a guarda, quando se rendem ao Eu Sou, a si
mesmos, por um instante. Esse vislumbre do saber cria muitos pensamentos na
mente, muito makyo, muita determinação. Eu amo vocês, Shaumbra, por sua
determinação. Mas determinação para quê?
Venham agora e larguem toda essa
batalha, determinação, vontade, direcionamento, impulso, força, poder – larguem
tudo. E o incrível é que vocês ficarão bem. Na verdade, melhor do que
nunca.
Vocês podem parar de se esforçar.
Vocês podem parar de sentir medo. Está tudo bem aí, dentro de vocês – não em
mim, em vocês –, o saber, o Eu Sou. O saber de que é hora de voltar pra casa.
Hora de voltar pro Eu Sou, pra percepção. Hora de integrar. É hora de voltar pra
casa.
Não é engraçado que vocês tinham o
saber de que era hora de voltar pra casa, pro Eu Sou, mas que pegaram um carro e
saíram numa longa jornada? Ah, o lar estava bem aí, bem aí mesmo. Acho que é por
isso que eu digo que foi tudo perfeito, de certa forma. Vocês estão exatamente
onde deveriam estar.
Eh, vocês meio que tiveram que
passar por todas as provações e tribulações antes de se recomporem e dizerem:
“Ah, aqui estou eu.” Daí, vocês param de buscar. Deveria haver uma lei contra a
busca espiritual. Deveria haver uma lei contra leis, então... [Algumas
risadas]
Ah, a busca espiritual é uma
indústria, sabem como é. É uma distração. Acho que é uma experiência. É
frustrante, porque... Tudo bem se fazem a busca espiritual e estão conscientes
de que estão apenas buscando em nome da busca. Mas é um pouco triste quando
fazem a busca e acham que ela é real, que de fato vai levá-los a algum
lugar.
Não. O lar – o lar está chamando
vocês. O lar está dentro de vocês. Não há lugar algum pra ir. Não há palavras
ocultas. Nada a fazer. Nada a consertar. Apenas voltar pro lar.
Sem nenhum porém. Sem aquele “mas”
do tipo: “Mas o que vou fazer quando sair por aquela porta?” Absolutamente nada.
Vocês podem sair e fazer fofoca se quiserem, beber, cair na farra, buscar,
pensar, batalhar. Quando saírem por aquela porta hoje, vocês vão fazer isso ao
menos conscientes de que estão fazendo isso, ao menos conscientes de que não
precisam fazer isso, ao menos conscientes de que foi esse saber que os chamou,
que ainda os está chamando. Ele ainda está aí, e não tem nada que precisem
fazer. Nada.
Respirem bem fundo. Tentem ficar
no seu corpo. [Ele dá uma risadinha.]
Liberem um pouco dessa tensão. Oh,
nossa, a tensão relacionada ao despertar e à iluminação. O estresse. Daria uma
boa música: Estresse da Iluminação.
Se eu tivesse dito a vocês, se
Tobias tivesse dito a vocês, há 20 anos, que vocês não precisavam fazer nada,
vocês ainda assim teriam saído nessa busca. Vocês ainda assim teriam ficado sem
dinheiro, tido problemas de saúde e todo o resto. Por isso, acho que vocês estão
exatamente onde deveriam estar neste momento. Neste exato momento.
O lar chama o tempo
inteiro.
Respirem bem fundo.
Assim, meus queridos amigos... Ah,
podem diminuir a música. Ficaremos com essa luz tranquila mais um
pouco.
Olhando Lá na
Frente
Lembrem-se, é o saber de vocês. Se
tiverem problemas quando estiverem aí fora fazendo as coisas humanas do dia a
dia, apenas lembrem-se do que tratamos hoje.
Fico impressionado que tenham
passado por isso. Foi uma droga bem grande, uma grande dissonância. E vocês
continuaram tentando resolver a dissonância. Isso é que foi interessante e que
ocasionou mais dissonância. Vocês continuaram tentando consertar as coisas que
não podiam ser consertadas, jamais. Mas isso fez com que se sentissem bem. Como
se, pelo menos, vocês estivessem consertando as coisas, trabalhando em algo. E,
quanto mais tentavam consertar, mais quebrada a coisa ficava.
É isso. É só lembrar. O lar está
chamando. Sempre está. Isso é tudo. Tudo que precisam fazer.
Eu falei sobre isso agora porque
2014 vai ser um ano interessante para o mundo, para este planeta. Vou chamá-lo
de ano da resistência ao amor para o planeta. Resistência ao amor. E agora não
estou falando dos Shaumbra, de vocês, porque vocês serão capazes de ficar só
como observadores. Vocês serão capazes de se manter afastados. Serão capazes de
realmente se identificar com aquilo pelo qual o planeta, os humanos estarão
passando, porque vocês já conhecem isso – vocês passaram por isso. Vocês já
viram a loucura, o conflito, a dissonância, a luta. Vocês já viram a insensatez
de tudo isso.
Vocês serão capazes de se manter
afastados e, com algumas respirações profundas, serão capazes de dizer: “Ah,
eles estão passando pela experiência deles.”
Vai ser um ano maluco para os sistemas, os países e
realmente para qualquer tipo de estrutura ou método, qualquer coisa que seja
rígida. Vai ser um ano de resistência ao amor. Terá seus altos e baixos. Eu
diria que será, energeticamente, um ano mais difícil do que a maioria dos outros
anos, porque há mais energia agora do que nunca. E, como a consciência de vocês
está se elevando e trazendo mais energia para o planeta, isso está causando mais
percepção de divergência e mais conflitos e lutas. Vocês verão as pessoas e as
instituições determinarem: “Nunca desistirei.
Nunca deixarei ninguém pegar minha terra,
ou meu país, nem mudar meu ponto de vista.” Então, vocês vão ver muita
obstinação e determinação. E verão coisas bizarras e malucas saírem da mente.
Vocês vão ver isso cada vez mais a cada dia.
Vou deixar uma pequena nota aqui.
Como existem por aí mais desses medicamentos para a mente, vocês vão ver coisas
cada vez mais loucas acontecendo, porque vocês podem tampar o esgoto aqui, mas
ele vai explodir lá adiante. E não vai ser bonito quando explodir. Então, vocês
verão cada vez mais esse desequilíbrio. Vocês não têm que acolher isso, ou, se
acolherem, percebam que é só um jogo do qual podem sair a qualquer hora. Mas
será um ano desmedido, uma corrida desenfreada.
Não é pra entrarem em pânico; na
verdade, é pra rirem. Não é pra se retirarem; é pra trazerem mais energia pra
si. Não significa que vocês ficarão sem dinheiro; na verdade, pode ser um ano de
grande abundância pra vocês. Há mais energia do que nunca.
Falaremos mais sobre isso em
nossos próximos Shouds, todos nós. Mas, por agora, meus caros amigos, é pra
respirarem fundo e se lembrarem que o lar está chamando. Ele está aí. Bem
aí.
O quê? Uma droga? Não.
Com isso, lembrem-se também que,
apesar de como as coisas possam parecer, tudo está bem em toda a
criação.
Obrigado. Obrigado. [Aplausos da
platéia]
Fizemos uma fofoca maravilhosa
hoje. Maravilhosa. Obrigado.
Tradução de
Inês Fernandes – [email protected]
verão as pessoas e as
instituições determinarem: “Nunca desistirei.
Nunca deixarei ninguém pegar minha terra,
ou meu país, nem mudar meu ponto de vista.” Então, vocês vão ver muita
obstinação e determinação. E verão coisas bizarras e malucas saírem da mente.
Vocês vão ver isso cada vez mais a cada dia.
Vou deixar uma pequena nota aqui.
Como existem por aí mais desses medicamentos para a mente, vocês vão ver coisas
cada vez mais loucas acontecendo, porque vocês podem tampar o esgoto aqui, mas
ele vai explodir lá adiante. E não vai ser bonito quando explodir. Então, vocês
verão cada vez mais esse desequilíbrio. Vocês não têm que acolher isso, ou, se
acolherem, percebam que é só um jogo do qual podem sair a qualquer hora. Mas
será um ano desmedido, uma corrida desenfreada.
Não é pra entrarem em pânico; na
verdade, é pra rirem. Não é pra se retirarem; é pra trazerem mais energia pra
si. Não significa que vocês ficarão sem dinheiro; na verdade, pode ser um ano de
grande abundância pra vocês. Há mais energia do que nunca.
Falaremos mais sobre isso em
nossos próximos Shouds, todos nós. Mas, por agora, meus caros amigos, é pra
respirarem fundo e se lembrarem que o lar está chamando. Ele está aí. Bem
aí.
O quê? Uma droga? Não.
Com isso, lembrem-se também que,
apesar de como as coisas possam parecer, tudo está bem em toda a
criação.
Obrigado. Obrigado. [Aplausos da
platéia]
Fizemos uma fofoca maravilhosa
hoje. Maravilhosa. Obrigado.
Tradução de
Inês Fernandes – [email protected]